Essas são nossas notas baseadas no capítulo 3 do livro “The Battle for Life”, de T. Austin-Sparks, disponível para leitura no site www.austin-sparks.net. É importante salientar que não se trata de uma tradução do texto original, mas da nossa compreensão daquilo que o autor escreveu, podendo conter divergências em relação ao seu entendimento. Recomendamos fortemente àqueles que leem em inglês e se sentirem movidos pelo Espírito Santo a irem direto à fonte, pois certamente receberão ainda mais edificação ali.
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“Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Filipenses 3:10).
Reconhecemos que a cruz é o objetivo final da vida ressurreta, não apenas o seu início. Se nos esquecermos de tudo mais, pelo menos disso devemos nos lembrar. A Cruz é o alvo da vida ressurreta, assim como o seu começo. As pessoas me perguntam por que em Filipenses 3, Paulo só menciona a morte no final, “conformando-me com ele na sua morte”? Certamente o correto seria fazer o contrário, não é mesmo? ‘Que possa ser conformado com a Sua morte, conhecê-Lo no poder da Sua ressurreição, e na comunhão dos Seus sofrimentos!’.
Mas não, de fato não existe nenhum erro aqui, pois a ordem foi estabelecida pelo Espírito Santo. O poder da Sua ressurreição já pressupõe que houve morte, mas a própria vida de ressurreição nos conduz novamente para a Cruz. O Espírito Santo, no poder da vida ressurreta, está sempre nos conduzindo de volta para a Cruz, em direção à conformidade com a Morte.
Você precisa de vida? O Senhor então dirá: ‘Bem, vamos tirar algumas coisas do caminho!’ Quando Ele tira essas coisas do caminho, encontramos vida. Você deseja mais vida? Bem, vamos então tirar algumas coisas do caminho!
Normalmente, quando as pessoas se entregam diante de Deus na busca por crescimento espiritual, imediatamente passam por experiências muito ruins e por um período muito difícil.
Será que já chegamos ao ponto onde nos entregamos na busca por algo novo que Deus estava nos revelando, e logo a seguir passamos por um tempo de trevas, provações e dores? É sempre assim, não está errado. É como se o Senhor estivesse apenas dizendo: ‘Você deseja mesmo isso?’ Sempre existe algo a ser tirado do caminho. Pode ser que nós estejamos desejando o crescimento espiritual, por acreditarmos que isso nos tornará em pessoas mais felizes.
Essa motivação deve sair do caminho, de forma que não mais desejemos nada para nós mesmos, mas para o Senhor. Se passarmos por um período difícil e o elemento dominante for o ego, diremos: ‘Oh, bem, não importa, prefiro desistir, se é isso que representa o que estou buscando!’. Essa é a forma egoísta de ver as coisas.
Mas, se ao passar pelo período de trevas em relação à revelação, chegarmos ao ponto de dizer: ‘Bem, não importa o preço, o Senhor precisa ter isso em minha vida!’, então teremos a indicação de que chegamos ao ponto de deixar o ego para trás. O Espírito Santo sempre trará essa questão à tona. Ele busca a vida mais abundante, e isso só poderá ser obtido quando Ele nos conduzir de volta para a Cruz. A Cruz é básica para a vida, porque foi ali que o Senhor conquistou a morte e concedeu vida aos santos.
Que o Senhor nos conduza à vida.
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Essas são nossas notas baseadas no capítulo 3 do livro “The Battle for Life”, de T. Austin-Sparks, disponível para leitura no site www.austin-sparks.net. É importante salientar que não se trata de uma tradução do texto original, mas da nossa compreensão daquilo que o autor escreveu, podendo conter divergências em relação ao seu entendimento. Recomendamos fortemente àqueles que leem em inglês e se sentirem movidos pelo Espírito Santo a irem direto à fonte, pois certamente receberão ainda mais edificação ali.
T. Austin Sparks (1888-1971) nasceu em Londres e estudou na Inglaterra e na Escócia. Aos 25 anos, iniciou seu ministério pastoral, que perdurou por alguns anos, até que, depois de uma crise espiritual, o Senhor o direcionou a abandonar aquela forma de ministério, passando a segui-Lo integralmente naquilo que parecia ser “o melhor que Deus tinha para ele”. Sparks foi um homem peculiar, que priorizava os interesses do Senhor em vez do sucesso do seu próprio ministério. Sua preocupação não era atrair grandes multidões, mas ansiava desesperadamente por Cristo como a realidade de sua pregação. Por isso, suas mensagens eram frutos de sua visão e intensas experiências pessoais. Ele falava daquilo que vivenciava, e sofria dores de parto para que aquela visão se concretizasse primeiramente em sua própria vida. Pelo menos quatro linhas gerais podem ser percebidas em suas mensagens: (a) o grandioso Cristo celestial; (b) O propósito de Deus focado em ganhar uma expressão corporativa para Seu Filho; (c) a Igreja celestial – a base da operação de Deus na terra e (d) a Cruz – o único meio usado pelo Espírito para tornar as riquezas de Cristo parte da nossa experiência. Sparks também acreditava que os princípios espirituais precisavam ser estabelecidos por meio da experiência e do conflito, quando finalmente seriam interiorizados no crente, tornando-se parte de sua vida. Sparks desejava que aquilo que recebeu gratuitamente fosse também assim repartido, e não vendido com fins lucrativos, contanto que suas mensagens fossem reproduzidas palavra por palavra. Seu anseio era que aquilo que o Senhor havia lhe concedido pudesse servir de alimento e edificação para os seus irmãos. Suas mensagens são publicadas ainda hoje no site www.austin-sparks.net e seus livros são distribuídos gratuitamente pela Emmanuel Church.
“Nenhum homem é infalível e ninguém ainda ”obteve a perfeição”. Muitos homens piedosos precisaram se ajustar, seguindo um senso de necessidade, após Deus lhes haver concedido mais luz.” (De uma Carta do Editor publicada pela primeira vez na revista “A Witness and A Testimony“, julho-agosto de 1946).