O Ministério Celestial de Cristo

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O Ministério Celestial de Cristo é parte de uma coletânea baseada no livro homônimo de Witness Lee. Livro publicado pela Editora Árvore da Vida (esgotado). Nessas mensagens vamos meditar a respeito da obra do Senhor Jesus em nossa dispensação, pois apesar de ter cumprido plenamente a obra da redenção, o Senhor continua exercendo um ministério de extrema importância para a Igreja.

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Witness Lee (1905-1997)

“Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens… Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão. Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei (…) embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir.” (Hebreus 5:1-11).

A Bíblia tem uma conclusão maravilhosa! É claro que seu início também é maravilhoso. A Bíblia se inicia com Deus e segue com Sua criação. O centro da criação é o homem, feito à imagem de Deus e conforme Sua semelhança. Se você analisar, verá que o ser humano foi formado especificamente com a finalidade de ser um com Deus. Também vemos a árvore da vida. Quando nos voltamos para o fim da Bíblia, entretanto, vemos que é ainda mais excelente do que o início.

Podemos considerar que esse registro final se inicia pelo livro de Atos seguindo até o livro do Apocalipse!

O Senhor Jesus levou uma vida frutífera durante os trinta e três anos e meio em que esteve na terra. O registro daquilo que Ele realizou, contudo, se resume num período de três anos. O Senhor passou trinta anos vivendo uma vida oculta, até que começou a ministrar. Quase tudo aquilo que é pregado e ensinado entre os cristãos atualmente refere-se a Seu ministério terreno.

Alguns até dizem que Cristo já concluiu Sua obra, tomando por base Suas palavras pronunciadas ainda na cruz: “Está consumado!” (Jo 19:30). Dessa forma, prega-se que após Sua morte, Ele permaneceu no túmulo ainda por três dias. Então ressuscitou e ascendeu aos céus não para trabalhar, mas para ficar lá sentado. Quando o Senhor se assentou, isso indicava que Sua obra estava concluída, e agora Jesus está lá no céu aguardando que Deus ponha Seus inimigos como estrado de Seus pés (At 2:34-35).

Seria esse o quadro completo? Será que Cristo concluiu Seu ministério a favor da igreja? A resposta seria sim e não. Sim, Seu ministério terreno já está concluído. Seu ministério celestial, entretanto, prossegue até dos dias de hoje.

A Pessoa de Cristo abrange esses dois aspectos, assim como Seu ministério. Enquanto estava na terra, Ele era o homem Jesus. Desde a ascensão aos céus, Ele é o Cristo glorificado. Seu ministério terreno durou um tempo limitado, enquanto Seu ministério celestial é eterno, jamais terminará.

É lamentável que tantos cristãos atentem apenas para a primeira parte do ministério de Cristo.

Dois aspectos do ministério de Cristo

A intenção de Deus final de Deus para a Igreja é a Nova Jerusalém. Durante o ministério terreno de Cristo nem a igreja nem a Nova Jerusalém haviam sido trazidas à luz. A igreja e a Nova Jerusalém não são vistas nos quatro Evangelhos. Somente quando chegamos ao livro de Atos é que encontramos a igreja. Em Atos, o primeiro livro que abrange esse período do qual discorremos, a igreja passa a existir e, no último livro, Apocalipse, temos a Nova Jerusalém. Sim, em Atos o Evangelho é pregado, mas não como um fim em si mesmo. A pregação do evangelho tem por objetivo gerar a igreja. A igreja é o ponto mais importante de Atos. Depois, em Apocalipse, os dois primeiros capítulos dizem respeito à igreja, mas nos dois últimos capítulos vemos a Nova Jerusalém, a consumação suprema.

Se tivermos uma visão panorâmica de Atos a Apocalipse, descobriremos que a igreja e a Nova Jerusalém tem grande destaque.

A igreja e a Nova Jerusalém são levadas a termo por intermédio do ministério celestial de Cristo, não seu ministério terreno. Seu ministério terreno proporcionou a redenção para que a igreja fosse gerada, entretanto um ministério ainda mais elevado, rico e amplo se faz necessário para a concretização do propósito eterno de Deus com referência à igreja e à Nova Jerusalém.

O ministério terreno do Senhor Jesus já foi consumado. A redenção foi assegurada por meio da cruz. Essa consumação, porém, apenas O introduziu em Seu ministério celestial. Hoje Ele está envolvido num ministério de alcance muito mais abrangente do que o que teve na terra.

Não pense que o Senhor Jesus está assentado nos céus sem nada para fazer! Ele administra os assuntos de todo o universo! Em Sua vida terrena, Ele vivenciou outras coisas, sofreu, foi perseguido e por fim foi à cruz para consumar a redenção. Agora tudo mudou. Ele tem o absoluto controle de tudo.

O Cristo

O título Cristo significa ungido. A Bíblia se refere ao Senhor como o Ungido de Deus (Sl 2:2; At 4:26). Mas quando e como Cristo foi ungido? Em Seu batismo, quando o Espírito de Deus desceu sobre Ele. Lá no rio Jordão, logo depois que foi batizado, Deus ungiu o Senhor Jesus com o óleo celestial, isto é, com o Espírito. Essa unção representava Sua designação, eleição por Deus.

Quando Cristo foi “empossado“? Depois de ser eleito (em Seu batismo), um presidente é empossado no cargo. Dois ou três meses após a eleição, temos uma cerimônia de posse, quando então o presidente é conduzido a seu novo gabinete e inicia oficialmente seu trabalho nessa posição. Quando ocorreu o ato da posse de Cristo? Em Sua ascensão. Quando Ele foi exaltado ao terceiro céu, essa exaltação representou Sua “cerimônia de posse” nessa posição oficial.

Durante a encarnação, conforme registrado nos quatro Evangelhos, encontramos um humilde homem de Nazaré chamado Jesus. Atualmente, esse Jesus está gloriosamente diferente! Acaso nosso Cristo seria o Jesus dos Evangelhos ou Aquele que ascendeu aos céus?

No período da Lei, as ofertas que as pessoas traziam podiam ser diferentes, conforme vemos no livro de Levítico. Alguns traziam um boi, outros um cordeiro e outros ofereciam ainda duas rolinhas. Isso é um retrato de que, em nossa experiência, Cristo pode ser grande como um boi ou pequeno como uma rolinha. Ele continua sendo o mesmo Cristo, mas nosso deleite nEle difere na medida de nosso conhecimento, consideração e experiência com relação a Seus diferentes aspectos. Já conhecemos o Cristo em Sua encarnação. Já é hora de conhecê-Lo em Sua ascensão.

Leia a próxima mensagem da série aqui.

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