Conhecendo a Soberania de Deus

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“Conhecendo a soberania de Deus” é uma meditação nossa a respeito do governo e providência amorosa do Senhor sobre nós, que nos conduz à adoração, coisas que Ele ocultou dos sábios e instruídos, mas revelou aos Seus pequeninos.

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“Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou” (Hebreus 11:21).

“Caem-me as divisas em lugares amenos, é mui linda a minha herança” (Salmo 16:6).

“Tudo de Deus acontece na esfera da Sua soberania – quer seja o fato de sermos levados a conhecê-Lo, ou qualquer posição que ocupemos no Israel de Deus – tudo é determinado por Ele e Sua autoridade suprema. Nada produz um espírito mais submisso e entregue ao Senhor do que o reconhecimento disso. Sem essa percepção, jamais seremos adoradores. Ninguém pode adorar sem reconhecer o fato da autoridade Divina. Jacó se apoiou na fidelidade de Deus, pois é isso que representa o bordão que ele tinha. Deus colocou o bordão em sua mão, mas nunca compreenderemos a fidelidade de Deus, sem nos submetermos à Sua soberania. A vida de Jacó é o resultado de uma longa vida de disciplina. Ele tornou-se uma testemunha impressionante da necessidade de tal disciplina, porque foi conduzido, no final da sua vida, a reconhecer esse princípio da soberania Divina. Sua própria bênção foi devida a isso” (COATES, C.A.).

A compreensão da soberania Divina, do Seu governo e providência amorosa sobre nós, muda a nossa perspectiva de tudo ao nosso redor. Se aceitarmos isso como verdade, então seremos felizes seja qual for o lugar onde estivermos, pois saberemos que ele foi designado por Deus. A falta de contentamento, por outro lado, indica que ainda não aceitamos esse princípio tão essencial.

“É correto desejar um bom lugar na herança, ambicionar os melhores dons, mas, ao mesmo tempo, devemos aceitar a soberania de Deus. Vemos no Salmo 16, que é um Salmo Messiânico, que o Senhor estava perfeitamente feliz com aquilo que Lhe havia sido designado. Ele foi rejeitado nas cidades onde realizou Suas maiores obras, entretanto disse: ‘Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado’ (Mt 11:25,26). Se não compreendermos esse segredo, jamais compreenderemos Suas próximas palavras, quando disse: ‘Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados… achareis descanso para a vossa alma’ (Mateus 11:28,29). Devemos ir até Ele baseados no descanso da soberania Divina, e esse é o lugar da absoluta satisfação. Isso não é apenas ir até Ele como Salvador” (COATES, C.A.).

“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29). Isso indica um convite à entrega para uma vida de disciplina e aprendizado. A mansidão é uma característica maravilhosa do Senhor Jesus, sempre totalmente disponível para o Pai! A mansidão é uma prerrogativa para a herança (Sl 37:11; Mt 5:5). Só aceitando a soberania e autoridade do Senhor, entregando nossos caminhos a Ele, poderemos descansar e viver uma vida de plena satisfação Nele. Afinal, Ele é a herança:

“O SENHOR é a porção da minha herança e o meu cálice; tu és o arrimo da minha sorte” (Salmo 16:5).

Essa foi a fonte da força do Senhor Jesus. O Pai era o Seu desejo, herança, alvo e satisfação.

“O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado… Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16:8,11).

O segredo é Ele mesmo! A presença Dele é a fonte de toda a alegria para aquele que passa a conhecê-Lo e que a Ele entrega seus caminhos. Mas como nossa natureza humana não tende a isso naturalmente, precisamos permitir que o Senhor trabalhe em nossa vida para que, pelo Espírito, possamos ser conduzidos a esse ponto, onde Ele é Tudo.

Só assim poderemos adorá-Lo em espírito e verdade (Jo 4:24). Na carne é impossível agradar a Deus (Rm 8:8), e só iremos conseguir andar no espírito se permitirmos que Seu Espírito nos conduza. Só assim seremos amadurecidos e poderemos viver essa vida de adoradores.

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos [maduros – huios] de Deus” (Rm 8:14).

Que possamos ser conduzidos, pela soberania de Deus, à uma vida de adoração! Assim como Jacó, que possamos terminar nossos dias louvando ao Senhor por Seus caminhos, e como Jó, possamos afirmar: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2). Essa é a linguagem do adorador. Que possamos ter os olhos do coração iluminados! Que o Senhor em nós possa completar essa obra.

As citações de C. A. Coates (1862-1945) foram retiradas do seu comentário sobre o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus chamado “An Outline of the Epistle to the Hebrews”.

 

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