Cidades de Refúgio (Josué 20) – Parte 2

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Participante de Cristo

“Para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta” (Hb 6:18).

A Cidade de Refúgio no Novo Testamento

O texto de 2 Timóteo nos traz uma alusão a esse princípio no Novo Testamento, o princípio da cidade de refúgio, isso porque o estado da cristandade se tornou como aquele descrito ali. Os homens são amantes de si mesmos, mais amantes dos prazeres do que de Deus, vivendo de forma inconsistente com o desfrute de sua herança. Esse é o estado público da profissão cristã.

Paulo diz: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (2 Tm 3:1-5).

Como pessoas com o caráter descrito pelo apóstolo Paulo podem desfrutar da herança? A grande pergunta é: Desejamos desfrutar da herança? Se a resposta for afirmativa, devemos correr para a cidade de refúgio.

No momento em que a Igreja está em processo de queda, como descrito na Epístola à Igreja de Éfeso, no livro de Apocalipse, vemos um chamado para o arrependimento. Eles podem ter caído naquele estado sem perceber, mas não poderão permanecer nele involuntariamente, depois que o Senhor chamou atenção para isso. Se o Senhor chama atenção de algo que é contrário à Sua vontade, não permaneceremos mais nesse estado inconscientemente, e a nossa resposta será nossa escolha deliberada. A posição da cristandade hoje é análoga a posição de Israel. Quando Deus, por meio de Seus servos chamou a atenção deles a respeito do que fizeram, a partir dali a questão não era mais “involuntária”; a luz divina tinha sido derramada na posição deles – a partir daquele ponto eles foram divididos em dois grupos.

Houve os que se arrependeram e buscaram as cidades de refúgio, e aqueles que, por assim dizer, concordaram com o que aconteceu e continuaram na mesma posição. Eles foram em frente no seu erro até caírem nas mãos do vingador de sangue; e é isso que acontecerá com a Cristandade de hoje. Eles entrarão no mais certo e apavorante julgamento. É algo muito solene voltar atrás e escolher deliberadamente fazer algo que Deus já advertiu que O desagradava. Houve a possibilidade entre os Hebreus, que correram para o lugar de refúgio, de voltarem e se colocarem deliberadamente sob a culpa do que Deus tinha dito que era involuntário – crucificar o Filho de Deus.

Cidades Levíticas

Essas cidades de refúgio eram levíticas, e isso é muito sugestivo. Poderia indicar que elas eram marcadas pelo ministério da palavra, que responde à linguagem do Novo Testamento naquilo que chamamos de doutrina dos Apóstolos. Deus levantou nesses últimos dias um maravilhoso ministério da palavra, algo caracterizado por um ministério espiritual em contraste com as ideias erradas ao nosso redor. Cada cidade de refúgio era cheia de Levitas. Paulo chamou muita atenção à importância da doutrina quando deixou suas últimas instruções à Timóteo; que ele deveria atentar para o que tinha aprendido dele, que essas coisas deveriam ser repassadas para homens fiéis (2 Tm 2:2;15 / 2 Tm 3:10; 14-17 / 2 Tm 4:2-4). Paulo chamou atenção para as Santas Escrituras, e deu grande lugar ao ministério e instrução divina. É esse o caráter da cidade de refúgio. Os Cristãos em geral tinham deixado a cidade de refúgio; “todos me abandonaram” (2 Tm 4:16). Os cristãos tinham deixado o que era levítico e sacerdotal – tomando o ministério do Apóstolo Paulo como exemplo.

Hoje, temos a caminhada dos santos restrita à mesma base, que é o princípio da cidade de refúgio. As limitações da cidade refúgio não devem ser sentidas como uma privação, mas como um privilégio. Que coisa maravilhosa é ser mantido em uma esfera onde não temos a intrusão de todo tipo de mal. Olho para meus amados Cristãos professos! Eles estão expostos a todo tipo de mal, e sabem disso, gemendo sob essas condições, mas não tem limites para mantê-los dentro dessa esfera protegida. Que posição terrível para estar! A cada ano percebemos uma nova vereda de erro. Por que? Porque não existem muros na cidade; ela é como um lugar aberto sem nenhuma proteção contra o mal.

Em uma cidade de refúgio, o homem recebia de tudo que era especificamente do ministério levítico e sacerdotal. Os Levitas e Sacerdotes construíram uma cidade de refúgio, e eles serviam todo o Israel, assim como os sacerdotes. Não recebemos o desfrute daquilo que é universal pelo contato com nossos irmãos, mas pela luz do ministério e sacerdócio espiritual. Como poderia ser diferente? Os Levitas servem a todo o Israel, e cada sacerdote tem um interesse universal no povo de Deus.

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Bibliografia:

  • Commentary on Joshua – C.A.Coates
  • Christ in the Bible – Joshua – A.B.Simpson
  • Site bridgetothebible.com
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