Participante de Cristo
“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13,14).
Nesse texto da epístola aos Filipenses, vemos um trecho autobiográfico do Apóstolo Paulo, onde ele cita sua experiência pessoal como fonte de motivação para os irmãos. Primeiro ele pede aos irmãos para se acautelarem dos maus obreiros, da falsa circuncisão. Ele deixa claro o que a circuncisão representava para ele: (1) Adorar a Deus no Espírito, (2) se gloriar em Cristo e (3) não confiar na carne (vs 3).
Paulo descreve para os irmãos como todas as suas “riquezas” eram nada perto do conhecimento de Jesus Cristo! Ele considerava tudo o que tinha como lixo, que ele jogou fora em troca de ganhar a Cristo. A partir daí, ele estaria nEle, a sua justiça viria dEle, pela fé.
Então, Paulo fala de seu grande desejo, de experimentar mais de Cristo, do Seu poder de ressurreição, que só era possível por meio da participação da comunhão dos Seus sofrimentos, porque agora eles seriam um. Ele ansiava por uma vida plena em Cristo, para então ser qualificado para a primeira ressurreição (Ap 20:1; 5; 6) – a ressurreição de entre os mortos. Esse era um prêmio que ele cobiçava, desejava profundamente.
Então, o Apóstolo fala do segredo de seu progresso constante: o fato de que apesar de saber que não tinha alcançado tudo, não se apegava a essas coisas – não olhava para si mesmo, mas olhava para o alvo, para o prêmio!!! Ele não se embaraçava consigo mesmo, porque não tinha mais esperança de justiça própria. Ele sabia que deveria viver em Cristo, conhecer Cristo experimentalmente, deveria seguir até o trono, experimentando dos sofrimentos do Mestre. Isso lhe daria a experiência da VIDA TRANSCENDENTE DE CRISTO em si mesmo.
Em outra epístola bem autobiográfica, a de 2 Coríntios, o Apóstolo diz:
“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos” (2 Co 1:8,9).
Que possamos progredir em direção à Cristo! Que possamos deixar nosso ego no passado, nos esquecer de nós mesmos e nos absorver totalmente com Cristo, ansiando pelo prêmio! Que desejemos conhecer o prêmio, conhecer aquilo que o Pai deseja nos conceder – para sermos bem aventurados! Felizes! Não vamos perder tempo com as pequenas coisas dessa vida, mas desejar aquilo que é de valor!
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos” (Ap 20:6).
** Se você quiser conhecer mais sobre o assunto da Primeira Ressurreição, leia A Corrida e a Coroa.