Lilias Trotter
“Temos uma profunda percepção agregada nessas antigas palavras. Isso porque no conceito natural do homem a morte indica um final sombrio, em decadência e decomposição. Se adotarmos seu ponto de vista, ele está certo: a morte como punição do pecado é, de fato, um fim.
Mas o conceito de Deus da morte ao redimir o mundo é bem diferente. O Senhor toma exatamente a morte, que é fruto da maldição do pecado, e a torna no caminho da glória. A morte se torna num começo, em vez de ser um fim, ela se torna propriamente o meio de liberar uma nova vida” (Lilas Trotter).
A irmã Lilias Trotter compartilha nesse livro os segredos que ela descobriu ao trilhar o caminho da cruz, e talvez por isso esse registro seja tão encorajador. Ela graciosamente nos convida a perceber como a cruz está gravada na natureza, e nos ajuda a perceber as grandiosas lições espirituais ensinadas pelo Senhor para aqueles que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir.
“Uma flor que interrompe seu processo após o florescimento perde de vista seu propósito. Fomos criados para algo mais, além do nosso próprio desenvolvimento espiritual. Sim, reprodução, não mero desenvolvimento, é o objetivo do ser amadurecido – reprodução em outras vidas.
Vemos uma tendência em alguns espécimes, que é gastar toda a sua energia na produção de flores, às custas das sementes. Flores que se empenham em aperfeiçoar-se, tornando-se dobradas, acabam por se tornar estéreis.
O mesmo ocorre à alma cujos interesses estão todos concentrados em seu próprio bem-estar espiritual, sem levar em consideração as necessidades ao seu redor.
A flor ideal é aquela que usa seus dons como meios para um propósito; o seu brilho e a doçura não visam sua própria glória; mas são apenas usados para atrair as abelhas e borboletas que a fertilizam, tornando-a frutífera. Tudo pode ser abandonado, quando o trabalho estiver concluído: “é mais abençoado dar do que receber”. (cap 3).
Sobre o autor
Isabella Lilias Trotter (1853-1928) era uma amante da beleza e de Deus, e isso foi demonstrado em sua vida como artista, autora e missionária. Nascida em 1853 em uma família rica de Londres, seu talento foi notado pelo famoso crítico de arte John Ruskin. No entanto, em vez de seguir uma carreira artística, sentiu-se comissionada para ir à Argélia como missionária. Após ter sido rejeitada por uma sociedade missionária, seguiu para aquele país de forma independente, junto com outras duas mulheres solteiras. Ali viveu até sua morte, em 1928. A mensagem do livro “The Parables of the Cross” é simples e, ainda assim, de grande profundidade espiritual. Todas as imagens anexadas aos posts são de sua autoria. Mas a grande contribuição de Lilias Trotter não se resumiu em fazer belas ilustrações, mas principalmente pela capacidade de ilustrar verdades espirituais profundas que lhe eram percebidas a partir da natureza e da vida ao seu redor.
Mais informações sobre sua vida podem ser lidas na Wikipedia e em outros sítios na Internet, também em diversos livros escritos sobre sua vida.
1 Comentário. Deixe novo
Muito enriquecedor os estudos.