T. Austin-Sparks
À sombra da cruz, naquele momento especial no cenáculo, o Senhor Jesus faz um convite aos seus discípulos – peçam em Meu nome! Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa. Dessa forma, ao desconsiderarmos esse grandioso privilégio, estaremos nos privando de uma alegria especial, algo que o Senhor reserva para aqueles que desejam fazer parte do Seu círculo mais íntimo.
Mas quem já tentou orar, sabe que a oração é a coisa mais simples e mais misteriosa, afinal, não existe honra mais elevada do que essa, ter acesso direto ao trono de Deus, exercer nossa função de sacerdotes diante do Pai (Hb 5:4). Mas se o Senhor nos convida à orar, vamos abrir mão dessa tão grande honra, privilégio e alegria?
O irmão T. Austin-Sparks compartilha conosco cinco aspectos da oração: a oração como comunhão, como submissão, como petição, como cooperação e como um combate.
Apesar de sabermos muito bem que apenas o Senhor Jesus é qualificado a nos ensinar e nos conduzir por esse caminho debaixo da direção do Seu Espírito, também temos a convicção que esse mesmo Espírito conduziu muitos servos do Senhor por esses caminhos.
Que o Senhor nos conceda esse privilégio tão grandioso, que será plenamente cumprido um dia, quando estaremos para sempre diante dEle, face a face, para servilo por toda a eternidade.
“Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro… Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 22:1-5).
Sobre o autor
T. Austin Sparks (1888-1971) nasceu em Londres e estudou na Inglaterra e na Escócia. Aos 25 anos, iniciou seu ministério pastoral, que perdurou por alguns anos, até que, depois de uma crise espiritual, o Senhor o direcionou a abandonar aquela forma de ministério, passando a segui-Lo integralmente naquilo que parecia ser “o melhor que Deus tinha para ele”. Sparks foi um homem peculiar, que priorizava os interesses do Senhor em vez do sucesso do seu próprio ministério.
Sua preocupação não era atrair grandes multidões, mas ansiava desesperadamente por Cristo como a realidade de sua pregação. Por isso, suas mensagens eram frutos de sua visão e intensas experiências pessoais. Ele falava daquilo que vivenciava, e sofria dores de parto para que aquela visão se concretizasse primeiramente em sua própria vida. Pelo menos quatro linhas gerais podem ser percebidas em suas mensagens: (a) o grandioso Cristo celestial; (b) O propósito de Deus focado em ganhar uma expressão corporativa para Seu Filho; (c) a Igreja celestial – a base da operação de Deus na terra e (d) a Cruz – o único meio usado pelo Espírito para tornar as riquezas de Cristo parte da nossa experiência.
Sparks também acreditava que os princípios espirituais precisavam ser estabelecidos por meio da experiência e do conflito, quando finalmente seriam interiorizados no crente, tornando-se parte de sua vida. Sparks desejava que aquilo que recebeu gratuitamente fosse também assim repartido, e não vendido com fins lucrativos, contanto que suas mensagens fossem reproduzidas palavra por palavra. Seu anseio era que aquilo que o Senhor havia lhe concedido pudesse servir de alimento e edificação para os seus irmãos. Suas mensagens são publicadas ainda hoje no site www.austin-sparks.net e seus livros são distribuídos gratuitamente pela Emmanuel Church.