A Solução que Abrange Tudo

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A Solução que abrange tudo é uma porção selecionada do livro  “The practice of the presence of God the best rule of a holy life, being conversations and letters of Nicholas Herman of Lorraine (Brother Lawrence)”.

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Irmão Lawrence (1614-1691)

“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3:2,3).

Através de sua carta vejo que sua amiga está cheia de boas intenções em relação a Deus, mas ela quer avançar mais rápido do que a própria graça. Um cristão não vira santo de repente, não importando quanto tempo ele persevere ou tenha experiência nisso. Recomendo que ela fique aos seus cuidados. Devemos nos ajudar uns aos outros e nos encorajarmos, sobretudo através de nossos bons exemplos.

Sempre que possível, devemos lembrar que a nossa única tarefa na vida é agradar ao Senhor e que tudo mais é sem valor.

Será que esses muitos anos de vida monástica foram empregados para amar ao Senhor? Afinal, foi por Sua misericórdia que fomos chamados e escolhidos para isso. E com que propósito? Para amá-lo.

Quando me dou conta dos grandes favores que Deus me concedeu e continua concedendo, e como aproveitei tão pouco de tanta misericórdia e favores no sentido de alcançar a perfeição, sinto-me envergonhado. Mas, honre o Seu nome, pois através da Sua misericórdia, Ele deu a nós dois um pouco mais de tempo. Portanto, sejamos sérios em relação a Ele. Querida irmã, recupere o tempo perdido. Retorne, com segurança, ao Único que é misericordioso e que concede graça. Retorne a seu Pai que sempre e a qualquer momento está pronto para recebê-la. Ele a receberá com profunda afeição.

Deixemos que o nosso amor transborde e renunciemos a tudo que não seja Ele. Deus merece isso e muito mais. Pensemos Nele permanentemente e coloquemos nEle a nossa confiança. Não tenho dúvidas de que logo sentiremos os efeitos disso. É necessário que deixemos tudo e fiquemos apenas com Cristo. Oh, basta-nos a abundância de Suas graças! Através delas podemos fazer todas as outras coisas. Sem elas, nada podemos a não ser pecar.

Não há maneira de escapar dos perigos da vida, sem a ajuda contínua da presença de Deus. Oremos, então, para que Ele continue a nos ajudar.

E como orar a Ele sem estar com Ele? E como estar com Ele sem pensar sempre nEle? E como pensar nEle sem adquirir o santo hábito de estar na Sua presença?

Você vai dizer que estou sempre repetindo a mesma coisa. É verdade, porque este é o método melhor e mais rápido que conheço. Nele está a solução para todos os problemas espirituais. Como não conheço outro método, aconselho a todos a seguirem este.

Direi isso em outras palavras: antes de podermos amar, precisamos conhecer. É preciso que conheçamos a pessoa, para que possamos amá-la. Como poderemos manter o nosso “primeiro amor” para com o Senhor? Conhecendo-O cada vez mais!

Como poderemos conhecer o Senhor? Estando sempre voltados para Ele, pensando nEle e O contemplando. Então, nossos corações encontrarão os Seus tesouros.

Este é um argumento que merece a sua consideração!

Leia mais artigos do mesmo autor aqui.


Pouco se sabe sobre o Irmão Lawrence (1614-1691). O que se difunde a seu respeito é que seu nome era Nicholas Herman, e que nasceu em Lorraine, na França, em condição de pobreza. Aos 18 anos já havia se convertido à Cristo. Tornou-se soldado, um lacaio (empregado que abria porta de carruagens, servia mesas), e com aproximadamente 55 anos ingressou na comunidade religiosa chamada Carmelitas, em Paris. Tornou-se um “Irmão Leigo” entre os devotos descalços de Cristo, assumindo o nome de Irmão Lawrence, como é conhecido. Passou 25 anos nessa comunidade, onde faleceu com aproximadamente 80 anos. Ali, serviu na maior parte do tempo na cozinha do hospital. Tornou-se conhecido por sua serena e tranquila experiência da “presença de Deus”. Dali, eventualmente esclarecia pessoas sobre como poderiam desfrutar de experiência similar em Cristo. Muito pouco do que disse foi deixado para nós, apenas algumas poucas cartas e documentos denominados “conversações”, transcritos por pessoas que registraram o que ele lhes falara. Essas cartas foram publicadas pela primeira vez há 300 anos, e foram publicadas na língua portuguesa sob o título “Praticando a Presença de Deus”. 

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