Permanecendo em Deus

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Permanecendo em Deus é nosso resumo do Capítulo 1 do livro Abiding in God de Stephen Kaung, publicado pela Christian Fellowship Publishers.

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Stephen Kaung (1915–)

“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração” (Salmos 90:1).

Escrito por Moisés, o homem de Deus, o Salmo 90 é o mais antigo dentre os 150 registrados na coleção algumas vezes intitulada como “O Tesouro de Davi”. Conhecido como o mavioso salmista de Israel (2 Sm 23:1), Davi compôs, por inspiração Divina, a maioria dos salmos contidos nesse livro. O Salmo 90, entretanto, foi escrito por Moisés.

É bem provável que Moisés o tenha escrito no final dos quarenta anos da peregrinação no deserto, que seguiram à saída do povo de Deus do Egito sob a sua liderança. Como um homem de Deus, ele olhou para o passado, refletindo sobre tudo o que aconteceu, e então ofereceu uma oração a Deus. Num sentido muito real, esse Salmo é relevante para nós hoje, porque nós também estamos vagando por um deserto. Somos estrangeiros e peregrinos nessa terra e, à medida que passamos por esse deserto terreno, especialmente ao chegarmos ao final da nossa jornada – isso porque o Senhor está voltando em breve – precisamos refletir. Essa reflexão pode nos levar ao arrependimento, se necessário for, nos trazendo restauração.

Existem muitos princípios e verdades que podem ser aplicados a nós e a nossa vida espiritual. Logo no início, Moisés disse: “O Senhor tem sido o nosso LUGAR DE HABITAÇÃO de geração em geração”. Numa versão mais moderna, poderíamos traduzir: “O Senhor tem sido NOSSO LAR em todas as gerações” – porque a palavra “lar” expressa melhor o sentimento que está na expressão “lugar de habitação”. O Egito não era o lar do povo de Israel, apesar de eles terem peregrinado por lá por 400 anos. Ao contrário, o Egito era uma fornalha terrível de provas severas. O deserto, apesar de ter sido um lugar de peregrinação para alguns por 40 anos, não era o lar do povo de Israel. Podemos pensar que Canaã possa ser considerado a casa deles, pois Deus tinha prometido que ali seria a herança deles. Entretanto, vemos que a paz em Canaã estava atrelada a obediência do povo a Deus e aos Seus mandamentos, e isso nunca aconteceu realmente.

Onde, então, deveria ser o lar daquele povo? Sem dúvida, deveria ser o próprio Deus. Deus sempre foi e sempre seria o “lar” do Seu povo. Então, quando escreveu esse salmo, Moisés olhou para trás, não apenas para sua própria geração, mas para todas as gerações que o precederam – desde Abraão, Isaque e Jacó – e assim, pela fé, pôde declarar que Deus era o LAR do Seu povo por todas as gerações. Que declaração de Fé! Será que também podemos dizer isso em nossos dias e na nossa geração?

É verdade que algumas vezes nas Escrituras, Deus é referido como nosso refúgio. Assim, quando estamos com problemas, podemos pensar que nós, sendo como os Israelitas dos tempos antigos na Terra Prometida, podemos correr para uma cidade de refúgio (Números 35:6-32). Mas Deus é mais do que um lugar de refúgio para nós em momentos de tribulação; Ele é verdadeiramente nosso LAR. Não devemos apenas fugir para Ele ocasionalmente, quando estamos com problemas, ao contrário, devemos habitar Nele permanentemente. Não existe nada melhor que um LAR.

Quando estava na terra, Jesus disse que não tinha um lugar para reclinar a cabeça (Mateus 8:20). Ele era um peregrino, mas sempre Se sentia em casa, porque Deus era Sua Casa. Essa deveria ser nossa condição. Não temos morada permanente aqui na terra, mas, se somos um povo de fé, não interessa onde estivermos ou qual for a nossa situação, estaremos sempre em casa. Será que fazemos de Deus nosso lar? Será que verdadeiramente permanecemos Nele? Em Colossenses 3 vemos que “nossa vida está oculta com Cristo em Deus” (vs 3). Devemos permanecer ali.

“Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens” (Salmo 90:2,3).

Por um lado, Moisés percebeu que Deus é eterno. Mesmo antes do mundo ser formado, de eternidade em eternidade Deus é Deus. Ele é o Deus eterno. Apesar de Deus ser o início, Ele mesmo não teve início. Sendo Ele o fim, Ele não tem fim (Ap 22:13). Esse é o nosso Deus. Por outro lado, Moisés reconheceu, por contraste, que o homem é mortal, feito do pó, já que Deus disse: “Voltem ao pó, filhos dos homens” (conforme Gênesis 3:19).

Por estas palavras, somos lembrados do grande contraste entre o eterno caráter da existência de Deus e da breve natureza da existência do homem terreno. Somos também lembrados do enorme contraste entre o poder de Deus, em sua criação da terra e do mundo, e da fraqueza e mortalidade do homem caído: “Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens” (vs 3).

Gostou? Veja outro texto do mesmo autor que a gente selecionou para você Aprendendo a Descansar o Senhor.

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