O outro resgatador

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O outro resgatador é um artigo baseado em meditações no capítulo 3 de Rute. Tomamos por referência os livros: “Estudos sobre o livro de Rute” de H. L. Heijkoop e “União com Cristo: Um vislumbre do livro de Rute” de Christian Chen.

“Ora, é muito verdade que eu sou resgatador; mas ainda outro resgatador há mais chegado do que eu. Fica-te aqui esta noite, e será que, pela manhã, se ele te quiser resgatar, bem está, que te resgate; porém, se não lhe apraz resgatar-te, eu o farei, tão certo como vive o SENHOR; deita-te aqui até à manhã. Ficou-se, pois, deitada a seus pés até pela manhã e levantou-se antes que pudessem conhecer um ao outro; porque ele disse: Não se saiba que veio mulher à eira. Disse mais: Dá-me o manto que tens sobre ti e segura-o. Ela o segurou, ele o encheu com seis medidas de cevada e lho pôs às costas; então, entrou ela na cidade. Em chegando à casa de sua sogra, esta lhe disse: Como se te passaram as coisas, filha minha? Ela lhe contou tudo quanto aquele homem lhe fizera. E disse ainda: Estas seis medidas de cevada, ele mas deu e me disse: Não voltes para a tua sogra sem nada. Então, lhe disse Noemi: Espera, minha filha, até que saibas em que darão as coisas, porque aquele homem não descansará, enquanto não se resolver este caso ainda hoje” (Rute 3:12-18).

Estende a tua capa

“Disse ele: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador” (Rute 3:9).

“O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do SENHOR, Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio” (Rute 2:12).

Já falamos que a expressão usada por Rute para pedir que Boaz estendesse sua capa sobre ela é a mesma encontrada no capítulo 2, verso 12, onde fala que Rute veio buscar refúgio sob as asas do Deus de Israel. 

Desta forma, quando Rute pede que Boaz estenda sua capa sobre ela, está se colocando em uma posição debaixo da proteção e dependência dele. Ela está dizendo que desejava ser unida à ele. Ou seja, é como se ela estivesse dizendo: “casa-se comigo”.  Aquele foi um pedido ousado, um pedido de fé. Devemos nos lembrar que, como já dissemos, Rute não tinha direito a esse resgate, e ainda assim ela o pleiteou. 

Voltando para esse aspecto das asas, podemos nos lembrar que no Velho Testamento havia a arca do testemunho, que ficava no Santo dos Santos. Sobre essa arca havia o propiciatório, que era feito de ouro puro, e sobre este, dois querubins com as asas abertas. Esse propiciatório era o local onde o sumo sacerdote derramava o sangue da expiação, satisfazendo a justiça de Deus. 

Esse foi o efeito do sacrifício do Senhor, quando morreu e derramou Seu sangue por nós. Ali, onde o sangue foi salpicado, debaixo das asas dos querubins, é o lugar onde encontramos segurança. Hoje vivemos essa realidade, encontramos o verdadeiro Cordeiro de Deus, e o verdadeiro sangue que nos purifica. É debaixo dessas asas que encontramos refúgio. Ali encontramos o sangue do Cordeiro.

Deus habita nos céus e a arca era o estrado dos Seus pés. 

“Ouvimos dizer que a arca se achava em Efrata e a encontramos no campo de Jaar. Entremos na sua morada, adoremos ante o estrado de seus pés (Sl 132:6).

Mesmo estando nos céus, Deus estende Sua presença até a terra. 

“Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de seus pés…” (Mt 5:34,35).

“O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso?” (At 7:49).

Quando estamos aos pés do Senhor, estamos em Sua presença. Deus habita nos céus, mas é aos Seus pés que O encontramos, pois é ali que Sua presença se estende a nós aqui na terra.

Onde é esse estrado dos pés do Senhor? No Santo dos santos, onde está a arca. E onde fica hoje o Santo dos santos? Hoje somos o templo do Espírito Santo. O Santo dos santos fica na parte mais interior nossa – no nosso espírito.

Ali, no nosso espírito, encontramos a presença de Deus (a arca). Ali encontramos o estrado de Seus pés e os querubins com suas asas abertas. Sob essas asas encontramos refúgio, porque estamos aos pés do Senhor. “Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio” (Rt 2:12).

Aos pés do Senhor

“Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lc 10:38-42).

Sabemos que onde o Senhor Jesus está, o Pai está (Jo 12:45; 14:9). Por isso, quando Maria se assentou aos Seus pés, ela estava escolhendo a boa parte. 

O Senhor disse à mulher Samaritana: “é chegada a hora em que os verdadeiros adoradores adorarão em espírito ou em verdade” (Jo 4:24). Agora não dependemos mais de um local, e não experimentamos mais uma adoração baseada em formas e ritos como as pessoas no Antigo Testamento desfrutavam. Agora, na pessoa do Senhor Jesus, temos a realidade de tudo que vimos no passado registrado no Antigo Testamento.

O Senhor não deseja que continuemos vivendo na esfera exterior, onde somos influenciados pelas coisas de fora, pelo sistema deste mundo. Também não devemos viver sob a influência da nossa alma, os altos e baixos da nossa emoção, vontade e mente, mas precisamos nos voltar para o mais interior, no nosso espírito, onde o Espírito Santo habita e onde então poderemos nos refugiar sob Suas asas.

Podemos ser exercitados nisso, aprender isso com Ele. Ele nos conduzirá por meio da Sua disciplina à exercícios espirituais, quando aprenderemos a não mais olhar para aquilo que é visível, mas olharemos para o Senhor, independente daquilo que estiver acontecendo ao nosso redor. Quanto mais cultivarmos um relacionamento íntimo com Ele, mais rápido poderemos retornar da esfera exterior para Ele. Queremos olhar as coisas do ponto de vista do Senhor. 

Nosso refúgio está lá, onde o Espírito Santo habita!

A resposta de Boaz: “Agora, pois, minha filha, não tenhas receio; tudo quanto disseste eu te farei” (Rt 3:11), nos mostra em figura como o Senhor tem prazer em nos ver com um coração desejoso dessa união com Ele. 

O Senhor anseia por isso também. Por isso, diante de um coração desejoso dessa união com Ele, só há uma resposta do Senhor: “não tenhas receio; tudo quanto disseste eu te farei”.

O outro resgatador

“Ora, é muito verdade que eu sou resgatador; mas ainda outro resgatador há mais chegado do que eu. Fica-te aqui esta noite, e será que, pela manhã, se ele te quiser resgatar, bem está, que te resgate; porém, se não lhe apraz resgatar-te, eu o farei, tão certo como vive o Senhor; deita-te aqui até à manhã” (Rute 3:12,13).

Aqui aparece outro personagem novo, que é o outro resgatador, que aparentemente teria mais direito de redenção que Boaz. Pensando em Boaz como o Senhor Jesus, sabemos que verdadeiramente não há outro que possa nos resgatar, nos redimir do pecado e nos conduzir até a glorificação. Já sabemos que o único que pode fazer isso é o Senhor Jesus. 

Mas aqui em Rute encontramos outro resgatador. Para entender melhor isso, precisamos compreender o processo descrito pelo apóstolo Paulo em Romanos 7. 

“Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus” (Rm 7:1-4).

Aqui Paulo utiliza a figura do casamento para explicar a ligação que a Lei tem com o nosso velho homem, o homem natural. Enquanto o velho homem viver, estaremos ligados à lei. A única forma de sermos livres da lei é deixarmos que o velho homem morra. A partir daí estarei livre para me casar com o Senhor.

O velho homem, dominado pela lei, vive no dilema: “o bem que quero fazer, não faço, o mal que não quero, esse faço”. Vivendo sob a lei, estou constantemente debaixo desse jugo: “você errou aqui, errou ali”. As paixões pecaminosas são postas em realce pela Lei! Conheci o pecado por intermédio dela. 

De fato, o mandamento acabou me mostrando aquilo que era errado em mim. Paulo chegou à conclusão que o pecado habitava nele por meio da lei, e devemos perceber que ele não indica ali pecados, no plural. Paulo percebeu que dentro dele havia algo que o levava a pecar constantemente, mesmo que ele não desejasse fazê-lo. Paulo chamou isso de “o pecado” (no singular). 

Isso tem relação com a natureza pecadora do homem natural. O descendente de Adão, sem Jesus, tem uma natureza pecadora, que peca naturalmente (vs 5-21). Todos os pecados (no plural), se originam dessa natureza pecaminosa. 

Paulo constatou que havia “o pecado que habitava nele”. Ao querer fazer o bem, ele descobriu pela lei, que o mal residia nele também. No tocante ao homem interior (como o Santo dos santos), ele tinha prazer na lei de Deus, MAS, na parte mais exterior, ele percebeu que havia outra lei que o fazia prisioneiro da lei do pecado nos seus membros.

“Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7:24).

Aqui vemos o ponto central para entender o outro resgatador de Rute. Existe alguém mais próximo de nós do que Boaz, e essa pessoa é o nosso homem natural. Ele veio primeiro e tenta nos enganar, dizendo que pode nos “tornar santos” pelo cumprimento da lei. 

Então, tentamos isso por uma vida inteira, conseguindo algumas vezes, outras parcialmente, e nesse processo parece que acreditamos na teoria da evolução, como se fosse possível evoluir. Como isso seria possível?

Qual é a solução do Senhor? Temos esse testemunho bem claro no nosso batismo. Nosso testemunho foi que deixamos para trás o velho homem, morto, dentro d’água, partindo dali para seguir o Senhor. Dissemos isso com a nossa boca e com o testemunho que demos ao nos batizar, que sepultamos o nosso velho homem e que ressuscitamos com Cristo em novidade de vida. Então, por que ainda desejamos ser conduzidos por esse velho homem, até mesmo nas coisas de Deus? Por que ainda acreditamos que podemos nos esforçar para cumprir a lei e então sermos santos?

Essa é a tipologia desse resgatador que tem mais tempo de relacionamento conosco que o Senhor. Esse homem natural convive conosco desde que somos bebês. 

Entretanto, o Senhor perdoou todos os meus pecados – os que eu cometi e ainda porventura posso cometer – Ele também morreu para crucificar o nosso velho homem com Ele naquela cruz. 

Boaz disse: se ele quiser te regatar, tudo bem, senão te resgatarei. Ou seja, o velho homem precisa chegar ao ponto de dizer “na minha carne não habita bem algum”, “desventurado homem que sou”, ele precisa desistir. 

Sabemos que Paulo já era salvo em Romanos 7, e ainda assim, ele afirma que houve um período que viveu nessa esfera do homem natural. Ele descobriu que o homem natural tinha “uma esposa”, a lei, que sempre o condenava. Sempre que tentamos cumprir a lei, ela nos acusa: “você falhou aqui”, “você falou demais”, “você se irritou”. 

Graças a Deus por Jesus! Quando permitirmos ao Senhor agir, Ele toma as rédeas. Infelizmente aprendemos isso muito tarde, depois de muitos anos de caminhada com o Senhor.

O Senhor nos chamou para viver uma vida impossível.

“Tentações, assim como as distrações, são os principais problemas que encontraremos no início de nossa aventura para as profundezas de Deus. Sejamos muito cuidadosos com nossa atitude em relação a elas. Se tentarmos combatê-las diretamente, apenas as fortaleceremos, e nesse esforço, nossa alma será afastada de sua relação íntima com o Senhor.

Veja, um relacionamento íntimo com Deus deve sempre ser o propósito de sua alma. Portanto, quando for atraído pelo pecado ou pelas distrações – não importa o tempo, lugar, nem o tipo de provocação – simplesmente vire as costas para eles. À medida que você faz isso, se aproxima de Deus. É simples assim. O que uma criança bem pequena faz quando vê algo que a apavora ou confunde? Ela não permanece ali para lutar. De fato, dificilmente olhará para aquilo que a assusta! Pelo contrário, essa criança irá correr rapidamente para os braços de sua mãe. Ali, nos braços da mãe, ela está segura.

É exatamente assim que funciona, devemos nos afastar dos perigos da tentação e correr para Deus”.

(Mme Guyon, “100 Days in the Secret Place”).

Não devemos tentar lutar, melhorar, mas devemos sair correndo e buscar refúgio no Senhor. O Senhor é e sempre será o nosso refúgio. “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração” (Sl 90:1).

Não devemos olhar para o nosso pecado e tentar ser melhores amanhã. Não! Não tem jeito! Preciso olhar para o Senhor, porque aquilo será impossível para mim. No lugar de comunhão com o Senhor não existe dificuldade. Preciso aprender a correr para os pés do Senhor. Não vou melhorar, ficar mais santo, como diz a teoria da evolução, mas vou continuar o mesmo, só que aos pés do Senhor estarei satisfeito nEle. A natureza de Adão estará comigo até o dia que morrer.

Precisamos aprender a nos refugiar debaixo das asas do nosso Senhor. 

Só quando o velho homem chega à conclusão de que não pode resgatar a si mesmo é que vemos Boaz sendo capaz de viver em união com Rute. 

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Ef 3:20).

***

Boaz, nosso resgatador

A. B. Simpson

Este é o belo tipo do nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Parente Redentor. Por nós, Ele sacrificou Seus próprios direitos divinos. Isso é o que o apóstolo quis dizer quando disse: “Estando na forma de Deus, não pensou que fosse avidamente agarrado e retido ao ser igual a Deus; mas fez-Se sem reputação e assumiu a forma de servo e foi feito à semelhança de homens; e sendo encontrado na forma como um homem, Ele se humilhou e tornou-se obediente até a morte, sim, a morte de cruz”.

Cristo desistiu para sempre de Seu lugar de dignidade e direitos no trono celestial, onde era conhecido como Deus, e Deus somente. Doravante, Ele passou a ser conhecido para sempre como homem, ainda que Divino, mas não mais exclusivamente Divino. Agora, Ele estaria unido à pessoa, carne e forma de um ser criado, e toda a Sua herança seria fundida à nossa. Ele renunciou a Seus direitos e honras, assumindo nossos erros e reprovações, nossas responsabilidades e deficiências.

Ele é o comerciante em busca de boas pérolas que, tendo encontrado uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía e comprou aquela pérola. 

A Igreja, Sua Noiva, é tudo o que Ele possui; Ele investiu tudo em nós. A porção do Senhor é Seu povo; portanto, vamos compreender Seu sacrifício e amor, e deixá-Lo encontrar em nós Sua recompensa suficiente e eterna. 

Mas o redentor não apenas sacrificou sua própria herança, mas também trouxe de volta a herança perdida do marido morto. Nosso precioso Goel [resgatador em hebraico] trouxe de volta para nós tudo o que perdemos em Adão, e acrescentou a isso infinitamente mais – toda a plenitude de Sua graça, as riquezas de Sua glória, todas as eras que ainda estão por se desenrolar em Seus planos poderosos, vitória sobre a morte, a restauração da imagem Divina e da filiação, triunfo sobre Satanás, a possibilidade de um mundo restaurado, as coroas e os tronos do reino vindouro e todas as riquezas de Sua graça e bondade para conosco, que nos tempos vindouros Ele ainda nos mostrará. 

Tudo isso e muito mais recebemos com Sua redenção. Mas, a melhor de todas as bênçãos trazidas pelo Parente Redentor é ELE MESMO. Ele não apenas redime a herança, mas também compra a noiva e se torna SEU NOIVO. Quando Boaz comprou a herança de Elimeleque, aceitou Rute também e ela se tornou sua noiva. E assim, nosso bendito Parente Redentor também é nosso MARIDO. Ele não apenas desce até nós na encarnação, mas nos conduz à Sua pessoa naquele maravilhoso noivado que deve atingir sua consumação nas BODAS DO CORDEIRO.

Mais uma vez, vemos no exemplo de Rute o padrão de uma fé que ousa reivindicar e entra em todas as possibilidades de sua herança. Foi necessário da parte dela um ato muito ousado e decidido para reivindicar seus direitos na lei do Levirato. Eles não teriam sido concedidos a ela naturalmente, como flocos de neve, mas precisaram ser reconhecidos e definitivamente reivindicados. É neste sentido que Noemi orienta a Rute, lhe mostrando que não estaria fazendo nada indecente ao se colocar aos pés de Boaz, dando a ele a responsabilidade de aceitá-la ou recusá-la. É assim que a fé deve sempre reivindicar seus direitos prometidos. Cada vitória demanda uma postura ousada, e a bênção é proporcional ao custo. A fé deve ver sua herança na promessa e dar um passo ousado para receber o que Deus concede.

Finalmente, o fruto da união foi a dinastia de Davi e o nascimento de Jesus Cristo, o Filho do homem, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. A fé de Rute a trouxe para uma família de príncipes e um reino de glória. Também para nós, a redenção significa uma coroa e um trono na gloriosa vinda do Mestre.

Mas atrás do trono e da coroa está a história de amor da redenção e a ousada apropriação da fé. Devemos aprender a conhecer o Noivo agora se quisermos nos assentar com Ele em Seu trono e compartilhar a glória do Seu reinado milenar. Oh! devemos tomá-Lo como nosso Redentor, nosso Marido e nosso Senhor, para ouvi-Lo dizer em Sua vinda: “Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra” (Is 54:5).

Tradução de partes selecionadas do cap 10 do livro A Larger Christian Life”, de A.B. Simpson.

Veja mais sobre o capítulo 3 de Rute aqui.

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