As qualidades do nosso resgatador é um artigo baseado em meditações no capítulo 3 de Rute. Tomamos por referência os livros: “Estudos sobre o livro de Rute” de H. L. Heijkoop, “União com Cristo: Um vislumbre do livro de Rute” de Christian Chen, O Sangue da Expiação de G. H. Lang e An Outline of Genesis de C. A Coates.
“Boaz subiu à porta da cidade e assentou-se ali. Eis que o resgatador de que Boaz havia falado ia passando; então, lhe disse: Ó fulano, chega-te para aqui e assenta-te; ele se virou e se assentou. Então, Boaz tomou dez homens dos anciãos da cidade e disse: Assentai-vos aqui. E assentaram-se” (Rute 4:1,2).
Quem pode ser resgatador?
As três perguntas da redenção:
1. Existe alguém que tem o direito de redenção?
Não importava quão rico alguém fosse, ou quão grande fosse sua simpatia por Noemi e Rute, se aquela pessoa não tivesse parentesco com elas, não teria o direito de redenção.
Anteriormente, vimos que, de acordo com a lei estrita, Rute não tinha direito de buscar o resgate – tanto da herança, como da descendência. Isso porque, com relação a herança, a terra pertenceu originalmente ao sogro de Rute (Elimeleque) e, portanto, de acordo com a lei, deveria ser herdada por um parente da família de Elimeleque (que não era o caso de Rute, a moabita). Já o resgate da descendência deveria ser feito pelo cunhado. Rute também não poderia contar com isso, pois seu cunhado havia morrido.
O que aconteceu então nessa história é que Rute se apossou do direito ao resgate com base na fé, ao pedir que Boaz estendesse sua capa sobre ela. A partir dali, Boaz chama Rute de “minha filha”, considerando-a como sua parente. Boaz, pela graça, inclui Rute em sua família. Agora, ela não seria mais uma Moabita estrangeira, mas uma parente de Boaz.
Esse é um tipo da manifestação da graça de Deus, que fez isso com a gente, pois não tínhamos direito de resgate – éramos estrangeiros, não pertencentes à comunidade de Israel – mas a graça nos redimiu. Isso não ocorreu por um direito nosso, nem por merecimento. No Velho Testamento vemos essa alegoria demonstrando como a graça opera onde existe uma total impossibilidade para o homem.
O Senhor aceitou participar da nossa carne e sangue para se tornar nosso Redentor.
“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2:14,15).
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:5-8).
O Senhor fez isso para possibilitar para nós sermos incluídos na família dEle. Assim Ele pôde ser nosso Redentor. Agora, como nos tornamos parente do Senhor Jesus, Ele está apto para nos resgatar.
2. O redentor tem capacidade (condições) para resgatar?
Boaz poderia ter o direito e a vontade de redimir Rute, porém, se não fosse capaz de pagar o preço da redenção, tanto seu direito quanto sua vontade seriam inúteis.
Mas Rute 2:1 nos diz que Boaz era “senhor de muitos bens”. Ele tinha condições de pagar o preço.
Também vemos isso claramente na vida do Senhor Jesus, que pagou altíssimo preço pela nossa redenção: o justo pelos injustos (1Pe 1:18-20; 3:18). Ele não apenas quis nos resgatar, proveu os meios para nos incluir em Sua família para podermos ser resgatados, mas também Ele pagou o preço alto por nosso resgate.
3. O redentor desejava resgatar?
Boaz poderia ter tanto o direito quanto os meios para a redenção, mas, se ele não desejasse fazê-lo, nada neste mundo seria capaz de proporcionar isso à pobre Rute.
Temos diversas provas incontestáveis na Palavra de como o Senhor nos amou, e por isso desejou nos redimir (Jo 3:16; 15:13).
O Senhor cumpriu todas as condições necessárias para ser nosso Resgatador.
O que a cidade representa
“Boaz subiu à porta da cidade…” (Rt 4:1a)
“Fundada por ele sobre os montes santos, o Senhor ama as portas de Sião mais do que as habitações todas de Jacó. Gloriosas coisas se têm dito de ti, ó cidade de Deus!” (Sl 87:1-3)
Aquela cidade representava o local onde o povo de Deus vivia. Era a cidade de Deus. No Antigo Testamento, a cidade de Deus era Jerusalém. O ponto central daquela cidade era o templo, onde Deus habitava. Ali o homem poderia se encontrar com Ele.
Hoje, nós somos o templo do Espírito Santo, onde o Senhor habita. Encontramos o Senhor no nosso espírito. Quando pensamos na cidade, o que ela pode representar para nós?
A cidade de Jerusalém para nós representa do testemunho de Deus, quando o povo de Deus se reúne em torno da Sua presença, “porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles” (Mt 18:20) – esse é o testemunho da cidade.
Ali, na porta da cidade, seriam resolvidas as questões complicadas entre o povo de Deus. Trazendo isso para nós, podemos dizer que, quando o povo de Deus se reúne em trono da presença do Senhor, encontramos um local onde podemos resolver nossas questões.
Existe algo muito especial no ajuntamento do povo de Deus. Vemos algo importante no sentido do relacionamento coletivo entre o povo de Deus e o Senhor, pois certas respostas não serão encontradas quando estivermos sozinhos, mas apenas quando dois ou três estiverem reunidos em torno do nome do Senhor Jesus.
O Salmo 122:3-5: “Jerusalém, que estás construída como cidade compacta, para onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do Senhor. Lá estão os tronos de justiça, os tronos da casa de Davi”.
Nessa cidade, em Jerusalém, estão os tronos de Justiça. É ali que a justiça é estabelecida.
A cidade está nos lugares altos
Então, se hoje, no nosso espírito, encontramos o templo do Senhor, e na reunião de dois ou três em nome do Senhor encontramos o testemunho da cidade, representado pela cidade de Jerusalém, podemos ver a consumação ou a plenitude de tudo isso ao contemplarmos a Jerusalém que desce do céu, como nos é mostrado em Apocalipse 21.
A Nova Jerusalém desce do céu, pois essa cidade está sendo forjada nas regiões celestiais. Apesar de estar aqui na terra, ela está no céu.
Por isso Boaz precisou subir para as portas da cidade. Não adianta tentar ajudar o povo de Deus em uma base terrena, como fazemos para organizar uma casa ou empresa, mesmo que estejamos tentando fazer isso usando os princípios da Palavra de Deus.
Se a energia ou força usada for terrena, não desfrutaremos dessa manifestação da Cidade Celestial. Esses dois ou três reunidos “em meu nome” é o que faz a diferença. Quando dois ou três estão reunidos na base terrena para resolver algo, teremos uma terrível catástrofe – a carne com sua lei (o nosso resgatador mais próximo) tentando solucionar o problema.
Como já vimos em Romanos 7, a carne tem uma esposa, que se chama lei. Elas estão unidas enquanto a carne viver. Se estivermos na base da nossa natureza, nossa esposa será inseparável. Nesse caso, tudo será resolvido na base da lei, e a lei pura e simples sem a vida do Senhor só pode expor o nosso pecado. Ela nos mostra que não poderemos cumprir a lei. Tudo apenas vai refletir numa exposição de como somos miseráveis.
Se observarmos a história relatada pelo Senhor Jesus a respeito do Bom Samaritano, em Lucas 10:25-37, quando se refere ao sacerdote e ao levita, o Senhor menciona que esses desciam de Jerusalém, pelo mesmo caminho que ia o homem ferido (vs 31, 32).
Entretanto, quando ao falar do samaritano, esse detalhe é omitido, dizendo apenas que ele “seguia o seu caminho” (vs 33).
Talvez essa menção do Senhor Jesus seja um ponto interessante para nossa meditação, que está alinhado a esse princípio de “subir”. Nenhum daqueles que desciam ajudaram o homem em dificuldade, nem se posicionaram corretamente na situação, apesar de serem aqueles que, pela lei, seriam os mais “capacitados” a ajudar – o sacerdote e o levita. Foi o samaritano, rejeitado pelos judeus, que se compadeceu do homem ferido.
O caminho para resolver a situação de Rute e nossa é o caminho dos lugares altos. Nada aqui na terra, nem mesmo a vida religiosa, pode resolver o nosso caso. Somente o Senhor Jesus, nosso Advogado, que está assentado nas regiões celestiais, é capaz de fazer isso.
O advogado celestial conduz a conversa
Foi Boaz quem conduziu tudo na porta da cidade. Era ele quem falava. Os outros apenas respondiam aos questionamentos de Boaz.
Assim também deveria ser conosco. Quando nos assentamos com Cristo nas regiões celestiais, tudo deve ser conduzido pelo nosso Boaz – Jesus Cristo, o nosso Advogado. Ele é quem deve interceder por nós (1Jo 2:1). Ele deve ser quem conduz a reunião dos dois ou três reunidos em nome dEle. Ele deve ser quem toma a iniciativa.
Aquele que subiu é o mesmo que havia descido
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pe 1:3).
“Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas” (Ef 4:8-10).
Um ponto importante a se observar é que, antes de subir à porta da cidade, Boaz havia descido até a eira.
A ressurreição do Senhor foi essencial para possibilitar a Ele essa capacidade plena de estar ali nas regiões celestiais intercedendo por nós. Ou melhor, o Senhor subiu às alturas porque primeiro desceu profundamente. O segredo da capacidade de redenção do Senhor Jesus reside no fato de que Ele primeiro desceu, para então subir até os mais altos céus.
“Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome” (Fp 2:6-9).
Rute, antes de ser resgatada por Boaz, teve que descer à eira. Assim também ocorre conosco. Só iremos conseguir alcançar esses lugares elevados quando passamos pela eira. Por quê? Porque na eira é o lugar de morte, onde o Senhor tira toda a casca da vida do “eu”, deixando apenas a cevada, que é a vida ressurreta do Senhor Jesus. A partir desse ponto, o homem natural é deixado de lado, para que possa de fato ser desposado pelo Senhor Jesus.
Falar da vida mais abundante é encantador, mas com frequência nos esquecemos de que para desfrutar isso é necessário descer primeiro até a eira.
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 3:1).
Há descanso nos lugares altos
Nessas regiões celestiais Cristo vive assentado, assim como Boaz assentou na porta da cidade, nos falando do descanso que há nesses lugares altos, onde também nós podemos nos assentar com Cristo.
“Segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro” (Ef 1:19-21).
“E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2:6).
Boaz cumpriu toda a lei
Se Boaz tinha todas as condições para resgatar Rute, por que ele primeiro foi oferecer a oportunidade de resgate ao outro resgatador, e o que isso tem a ver conosco?
Já vimos anteriormente que o outro resgatador mais próximo tipifica o nosso homem natural, casado com a lei, que convive conosco há muito mais tempo que Cristo.
Na história de Rute, Boaz precisava mostrar para ao outro resgatador, chamado na Bíblia de Fulano, que ele era incapaz de resgatar Rute, assim como nosso homem natural precisa chegar à conclusão de que ele é incapaz de cumprir a lei e o propósito de Deus.
Se o outro resgatador e nosso homem natural são incapazes de cumprir a lei, Boaz da história de Rute e o nosso Boaz, o Senhor Jesus Cristo, a cumpriu plenamente.
Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3:15).
“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5:17).
Todos os passos que Boaz deu para resolver o caso de Rute eram em cumprimento da lei. Assim também o Senhor veio, cumprindo todas as coisas relacionadas às demandas da lei. A lei não é má, pois foi estabelecida por Deus. Jesus a cumpriu integralmente com a intenção final de mostrar ao homem que sozinho com a lei, ele seria incapaz de ser resgatado. Jesus cumpriu toda a lei ao entregar-Se a Si mesmo como o Cordeiro para ser morto.
“Aprendemos pelos sacrifícios descritos no Antigo Testamento que alguma vítima deveria pagar o preço pela transgressão humana. O escritor de Hebreus, no entanto, afirma que a oferta de animais jamais poderia equivaler ao tamanho da transgressão do homem (Hb 10:4). Jeová aceitou aquelas ofertas, temporariamente, porque via a garantia do PERDÃO COMPLETO na oferta de SEU FILHO.
No Antigo Testamento não vemos A REDENÇÃO COMPLETA, porque os sacrifícios precisavam ser repetidos constantemente (Hb 10:1-4). Mas, no tempo devido, DEUS SABIA que seria oferecido UM SACRIFÍCIO PERFEITO.
O homem nunca pode garantir algo no futuro, mas Deus pode. Vemos que Deus vislumbrava a Cruz nos seus tratos com a humanidade, porque a via desde a fundação do mundo (1Pe 1:20, Rm 3:25). Essa fora a base do perdão de Deus no Antigo Testamento inclusive com Davi (2 Sm 12:13).
A paciência de Deus se justificou ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE na futura morte de Seu FILHO. Jesus foi o substituto perfeito, pois somente uma pessoa com total perfeição moral poderia ser um sacrifício por toda a humanidade – nenhum pecador poderia oferecer esse tipo de sacrifício, pois ele mesmo já estava perdido (1Pe 1:18,19/ Ef 1:7).
A lei foi estabelecida para mostrar o padrão de Deus para o homem e para testemunhar que o homem seria incapaz de cumpri-la. Seria necessário algo muito maior do que cumprir aqueles rituais que a lei definia. Tudo apontava para Cristo”.
(Extrato do texto “O Sangue da Redenção”, de G. H. Lang).
“Não há nada mais difícil para o coração orgulhoso do que aceitar este fato: que a salvação é somente pela graça, que não mais é necessária a lei, mas unicamente Cristo. Por isso Deus teve de dar a lei primeiro, para nos mostrar que “ninguém será justificado diante dele por obras da lei” (Rm 3:20). E, somente quando a lei demonstrou sua total impotência para salvar, é que veio a graça — personificada e manifestada no Filho de Deus. “A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1:17). (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4)
Naturalmente pela lei, Boaz não poderia resgatar Rute, assim como não o pode o resgatador Fulano. Mas, pela graça, adotando Rute em sua família, Boaz poderia ser o seu resgatador e cumprir aquilo que o parente mais chegado não era capaz de fazer.
Somente um resgatador com muitos bens poderia cumprir toda a lei, resgatando Rute.
Os dez anciãos
Os dez anciãos presentes naquela transação eram testemunhas do que estava prestes a ocorrer. O número 10 sempre remete ao testemunho, nos lembrando do próprio testemunho da lei de Moisés, que eram os 10 mandamentos, a essência da lei.
Aqueles dez anciãos, por um lado representavam a lei, testemunhando dela, e por outro lado, testemunhariam o resgatador Fulano declarar ser incapaz de resgatar Rute, assim como testemunhariam a total capacidade de Boaz de o fazer.
Assim também ocorre conosco. Temos o testemunho vivo de que a natureza humana carnal, com sua lei, foi incapaz de nos resgatar, mas somente o nosso Boaz foi capaz disso.
O testemunho público sobre isso será visto, quando todo joelho se dobrar e toda língua confessar que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai (Fp 2:10-11).
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Tudo deve ser curvar diante de José
“Teve José um sonho e o relatou a seus irmãos; por isso, o odiaram ainda mais. Pois lhes disse: Rogo-vos, ouvi este sonho que tive: Atávamos feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e ficou em pé; e os vossos feixes o rodeavam e se inclinavam perante o meu. Então, lhe disseram seus irmãos: Reinarás, com efeito, sobre nós? E sobre nós dominarás realmente? E com isso tanto mais o odiavam, por causa dos seus sonhos e de suas palavras” (Gn 37:5-8).
O sonho de José foi uma revelação divina de que todos os seus irmãos iriam derivar grandeza dele. Ele era, de fato, o chefe da família.
Se Cristo entra em cena, Ele precisa ter a primazia em todas as coisas. Percebemos isso claramente em Sua própria vida, pois, quanto mais o propósito de Deus relativo a isso era claramente testemunhado, mais evidente se tornava a inveja e a hostilidade dos judeus. O ápice dessa inimizade foi alcançado quando o Senhor disse: “Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mateus 26:64).
Vemos na história de José que havia prosperidade onde quer que lhe fosse concedida a supremacia. Jeová era com ele, e sempre que lhe era dado seu lugar de direito, tudo prosperava.
Ele foi um tipo de Cristo como Senhor e de como esse senhorio refletiria em bênçãos estendidas muito além de Israel. Por meio desse senhorio, o Senhor se tornou o Salvador do mundo.
Este é um princípio importante: prosperamos na mesma medida que concedemos ao Senhor Seu devido lugar.
Ele é Soberano e, se Lhe concedermos o Seu lugar de primazia, com certeza não seremos encontrados em nenhum caminho mau. Tudo prosperava debaixo da mão de José, fosse na casa de Potifar ou na administração do Egito, e o segredo da sua prosperidade foi revelado aos seus irmãos, a seu pai e sua mãe, nesses sonhos. Tudo deve se curvar diante de José!
— C. A Coates, (trechos selecionados dos capítulo 37 a 39 do livro “An Outline of Genesis”.