O Sermão do Monte

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Stephen Kaung (1915—)

“Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado” (Mateus 13:11).

O reino dos céus é um termo muito especial na Escritura. É uma seção no reino de Deus, pois o reino de Deus é de eternidade a eternidade. E o reino dos céus é esta seção no reino de Deus que vai desde a primeira vinda de Jesus nosso Senhor, o Rei dos céus, a esta terra, e termina com Sua segunda vinda para estabelecer Seu reino sobre a terra.

O reino dos céus tem relacionamento especial conosco, os crentes, Seus discípulos, a igreja. Por isso é muito, muito importante que tenhamos um entendimento claro do que é o reino dos céus e quanto ele significa para cada um de nós. Ele governa nossa vida diária como cristãos, e determina nosso destino no futuro. Assim ele tem tudo a ver conosco os crentes.

Sabemos que o evangelho segundo Mateus é o evangelho do reino. Em Mateus você tem o escopo completo do que é o reino dos céus. Este é um termo especial usado por Mateus, e no livro de Mateus há três máximas concernentes ao reino dos céus.

Mateus 5-7 é a revelação da natureza, a realidade e a verdade eterna do reino dos céus – o que é realmente o reino dos céus. Em Mateus 13 você tem os mistérios do reino dos céus contados pelo Senhor em parábolas. Ele nos fala do desenvolvimento, a história do reino dos céus como ele é neste mundo. Ele somente é entendido por aqueles que são os discípulos de nosso Senhor Jesus. Ele não pode ser entendido pelo mundo. O mundo olha para o reino dos céus como um mistério; eles não podem entendê-lo. Mas nós, que somos do Senhor, deveremos entender seu desenvolvimento através da história. Mateus 24-25, o assim chamado discurso das oliveiras, é uma profecia que nosso Senhor deu quanto à vinda do reino dos céus para esta terra, a manifestação pública daquele reino. Assim, no evangelho de Mateus você encontra todo o escopo do reino dos céus.

Em Mateus 5-7, o assim chamado Sermão do Monte, nosso Senhor não está falando para a multidão. A Bíblia diz que a multidão veio a Ele, mas Ele falou aos Seus discípulos. A multidão o ouviu por acaso, porém é aos discípulos para quem nosso Senhor dirigiu este assim chamado Sermão do Monte.

O Sermão do Monte não é uma nova lei. Moisés deu a lei, e as pessoas dizem que nosso Senhor Jesus deu uma nova lei. De jeito nenhum, porque ninguém pode guardar tais palavras. Nosso Senhor não espera que alguém esteja capacitado para guardar as palavras que Ele falou em Mateus 5-7. Quanto mais você tenta guardar estas palavras, mais você entende que é humanamente impossível. Assim o que é o Sermão do Monte? O Senhor está nos dizendo o que o reino dos céus realmente é, o que Seu reinado realmente é, e como as pessoas que são discipuladas a Ele tomam sobre si o caráter do Rei dos céus. Isto é o que ele é. Em outras palavras, ele é graça; não é lei. Ninguém pode fazê-lo, mas a graça está bem capacitada para nos transformar na semelhança do Rei e, fazendo isso revela o reino dos céus. Isto é Mateus 5-7.

Mateus 5 nos mostra o produto da Sua graça, o que Sua graça fez em Seu povo. Mateus 6 nos diz o processo – como ele funciona, como pode ser que pessoas como nós podem ser transformadas e se tornarem semelhantes ao que Ele é. E Mateus 7 nos diz como possuí-lo. Em outras palavras, qual é nossa resposta, nossa responsabilidade com a graça de Deus? Não podemos tratar em detalhes, por isso destes três capítulos tomaremos somente um verso para meditarmos juntos.

Eu procurei pela palavra meditar. A palavra meditar em grego me surpreendeu. Sempre pensei de meditar como uma questão da mente. Usamos nossa mente para meditar. Mas ela me surpreendeu porque a palavra meditar em grego, primeiro de tudo, significa “colocar seu coração nisso, praticá-lo”. Meditação é mais do que uma questão da mente; é uma questão do coração. Esta é a razão pela qual em Salmos 19 é dito: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração”. Meditação é mais do que usar sua mente; é usar seu coração. Você coloca seu coração sobre ela, e então pondera sobre ela, não com sua mente natural, mas com sua mente renovada. Isto é meditação.

Nosso Senhor Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus”. A quem pertence o reino dos céus? O que é o reino dos céus, o reino do Rei celestial? Quem são eles? É dito: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus”.

As assim chamadas bem-aventuranças realmente são uma imagem do que é o reino dos céus. Estas bem-aventuranças nos relatam o caráter do Rei e que Seu caráter deve caracterizar aqueles que estão em Seu reino.

Extraído do livro “Meditações sobre o Reino”, de Stephen Kaung, publicado pela Editora Restauração.

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