Stephen Kaung (1915—)
“Fui, pois, deixado sozinho, e vi esta grande visão, e não ficou força em mim; porque se mudou em mim a minha formosura em corrupção, e não retive força alguma” (Daniel 10:8).
Você se lembra de Daniel. Daniel é como uma pessoa perfeita. Quem pode ser comparado a Daniel? Ele era o primeiro ministro do maior império do mundo daquele tempo. Ele administrava tantas coisas, mas seu inimigo não pode encontrar nenhuma falha pela qual acusa-lo. E, contudo em Daniel 10, quando ele viu a glória do Senhor, disse: “Minha beleza se tornou em corrupção”.
A razão para não sermos pobres de espírito, a razão porque somos soberbos e arrogantes de espírito é porque não vimos ao Senhor. Sempre nos comparamos a outros irmãos e irmãs. Mas uma vez que o Espírito de Deus revela Cristo a você, então sua beleza se torna em corrupção. Você não se jactará mais de sua força ou da sua beleza. Você cairá diante Dele como se estivesse morto. Nosso problema é que vemos a nós mesmos, vemos a outros, mas não vemos a Cristo. Este é o nosso problema. Quem está disposto a abandonar a si mesmo? Quem está disposto a reconhecer que não é nada a menos que veja o Único que é perfeito?
Precisamos ter uma revelação, a visão de nosso Senhor Jesus. Isto é o que precisamos porque somente isto pode nos humilhar. Mas então quando o Espírito Santo começa a operar, é mais do que apenas revelar a nós a beleza de nosso Senhor; Ele também opera em nós a obra do esvaziamento. Ele começa a nos esvaziar de tudo aquilo que nos orgulhamos, tudo aquilo que consideramos como nossa beleza e nossa força. Ele começa a aplicar a cruz em nossa vida. É um processo doloroso, mas é uma coisa necessária porque abre espaço para sermos cheio com Cristo. Assim a obra da cruz em nossa vida é necessária para abrir espaço para Cristo. Somos cheios de nós mesmos. Somos tão cheios de nossas opiniões. Somos tão cheios de auto pretensão. Tudo isso tem de ir-se. Precisamos ser diminuídos para crescermos, porém o que cresce não é mais nós mesmos; é Cristo. Por isso dizemos que é a obra do Espírito Santo, mas ela precisa de nossa cooperação. Precisamos estar dispostos. Precisamos permitir que o Espírito Santo opere em nossa vida, e se estamos dispostos, Ele o fará.
Extraído do livro “Meditações sobre o Reino”, de Stephen Kaung, publicado pela Editora Restauração.