Vislumbres sobre o Levirato em Rute é um artigo baseado em meditações no capítulo 4 de Rute. Tomamos por referência o livro “Estudos sobre o livro de Rute” de H. L. Heijkoop.
“Seja a tua casa como a casa de Perez, que Tamar teve de Judá, pela prole que o SENHOR te der desta jovem. Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho. Então, as mulheres disseram a Noemi: Seja o SENHOR bendito, que não deixou, hoje, de te dar um neto que será teu resgatador, e seja afamado em Israel o nome deste” (Rt 4:12-14).
***
Falamos da oração do povo e anciãos por Boaz. Já vimos que eles desejavam que Rute fosse, na casa de Boaz, como Raquel e Lia, que edificaram a casa de Israel.
Tanto Raquel quanto Rute, em um primeiro momento, não puderam gerar filhos. Assim também nós, enquanto “moabitas”, vivendo na carne, pelo homem natural, somos estéreis, não podendo gerar frutos para o Senhor. Mas, logo que nos unimos ao nosso Boaz, nos tornamos frutíferos nEle para toda a boa obra.
Vimos também que, assim que deixaram a terra de Harã em direção à Betel, as duas famílias (de Lia e Raquel) se tornaram uma, junto com Jacó. Da mesma forma aconteceu com o mistério de Cristo – “que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho” (Ef 3:6).
Para Boaz, o povo desejou que ele se tornasse valoroso em Efrata (“terra frutífera”) e afamado em Belém (“casa de pão”). Sim, de Boaz nasceria Aquele que reinaria em Israel, “e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5:2), “o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel” (Mateus 2:6), Jesus, cujo nome se tornou “afamado”, e mais do que isso, “o nome que está acima de todo nome” (Fp 2:9).
A casa de Perez, filho de Judá
Agora, a oração daquele povo e anciãos prossegue:
“Seja a tua casa como a casa de Perez, que Tamar teve de Judá, pela prole que o SENHOR te der desta jovem. Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho”. (Rt 4:12,13).
“Por que Perez? Provavelmente porque ele, como Obede, era fruto de um casamento debaixo da lei do levirato, semelhante ao de Rute e Boaz. Tamar era a esposa não israelita do filho de Judá, Er (Gn 38:6), que ficou viúva (Gn 38:7) e enfrentou a esterilidade.
Foi-lhe recusado o casamento em levirato com o filho mais jovem de Judá, Selá (Gn 38:14). Tamar então usou de engano, disfarçando-se de prostituta e induzindo Judá numa ligação pecaminosa, que resultou no nascimento de meninos gêmeos.
Perez, o primogênito dos gêmeos, tornou-se no principal ancestral dos Efratitas e Belemitas.
Embora Perez tenha nascido em circunstâncias escandalosas, sua prole se tornou um dos clãs mais proeminentes de Judá. Dele também nasceu um dos homens mais piedosos dessa tribo: Boaz.
Tamar e Judá pecaram, mas Rute e Boaz agiram com retidão, e Deus os recompensou. Ainda assim, todos eles estão na linhagem do Grandioso Redentor”.
Temos um tesouro em vasos de barro
“É notável que aqui não se menciona aqui a “casa de Judá”. O nome Judá — “Ele será louvado” — é mencionado, mas a ênfase recai sobre o nome Tamar — “Palmeira”. Ela tomou a iniciativa e deu à luz a Perez. Apesar das muitas coisas vergonhosas que nos são relatadas em Gênesis 38, o nome de Tamar aqui é mencionado com honra.
Quando Judá se recusou a dar-lhe Selá como redentor, suscitando assim uma semente para seu irmão morto e perpetuar seu nome, Tamar sacrificou sua honra em prol desta semente. O resultado foi o nascimento de gêmeos, que depois se tornaram chefes de famílias.
Mas não foi apenas isso. Perez, que de acordo com a opinião humana deveria ter nascido por último, tornou-se o primogênito, e dele vieram duas gerações (Nm 26:21). Perez significa “brecha, abertura”. Vemos nele e em Tamar um símbolo do poder Divino que opera em nós e que por nosso intermédio produz frutos que glorificam o nome do Senhor (Cl 1:10, 11)” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).
O Espírito Santo deixou registrada a história de Tamar de uma forma muito especial, pois consiste na primeira menção do levirato na Bíblia.
A primeira menção de qualquer coisa na Palavra sempre tem um peso e importância, pois geralmente nos trás o princípio daquilo que está sendo mencionado.
No caso de Tamar, vemos a linha gloriosa da graça, operando onde, para o homem, seria totalmente impossível. Como, dentro dos padrões humanos, o Messias poderia vir de histórias tão controvertidas como a de Tamar e Perez?
Mas é assim que a graça opera, “para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4:7).
Na história de Tamar, não havia esperança de continuidade da VIDA. Seu marido havia morrido sem deixar descendentes – sem herdeiros, a herança se perdeu. A vida não pode continuar.
“O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23).
Como Jacó, Tamar buscou resolver tudo por seus meios, que foram absolutamente errados e enganosos.
Somos como Tamar. Queremos gerar vida usando artifícios da carne. Todavia, não há esperança de perpetuidade de vida na carne.
Apesar de seus métodos, Tamar recebeu a mais elevada dignidade de fazer parte da genealogia do Senhor (Mt 1:3). Como isso pode ser possível? PELA GRAÇA.
“MAS DEUS, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor, e estando nós mortos em nossos delitos e pecados nos DEU VIDA JUNTAMENTE COM CRISTO, pela GRAÇA SOIS SALVOS, e JUNTAMENTE COM ELE, nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus – para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em CRISTO JESUS” (Ef 2:4-7).
Isso é também ilustrado em outras mulheres citadas na genealogia do Messias, em Mateus 1:1-17, como Raabe e Bate-seba – a graça coroando a genealogia do Senhor Jesus, do início ao fim! Apesar de vermos a morte em todos os sentidos, o Senhor nos revela a grandiosidade de Sua graça.
Que o Senhor nos use para manifestar essa graça e misericórdia recebida e para transmitir isso para os outros com quem convivemos. Devemos expressar essa graça maravilhosa.
Pensar que nós somos essa Rute, Tamar, Bate-seba… e fomos plenamente restaurados, como está escrito em Efésios, vemos que pela Igreja, a multiforme sabedoria de Deus é conhecida pelos principados e potestades nos lugares celestiais. Por meio de nós – aqueles que eram inimigos de Deus, sem esperança, sem Deus no mundo, fomos redimidos – os principados que conheceram a Deus antes de nós aprendem de Sua sabedoria em Sua obra em nossa vida.
“Não viu iniquidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel” (Nm 23:21)… Que mistério! Diante de toda a história controvertida daquele povo, como Deus poderia não ver iniquidade em Jacó e nem contemplar desventura em Israel? Eles estavam prestes a entrar na Terra Prometida, haviam colocado Deus à prova por pelo menos 10 vezes, não obedecendo Sua voz (Nm 14:22). Mas ali, diante dos gentios, Deus diz que não via iniquidade em Jacó.
Misteriosa graça! Maravilhosa graça! Imerecida graça! Devemos nos lembrar que o Senhor trata conosco como filhos, e assim, Ele reserva para Si o direito de conduzir, disciplinar aqueles a quem Ele escolheu. Como Ele fez com Jó, trabalhando profundamente no Seu servo, mas considerando-o ainda assim justo diante dos seus amigos (Jó 42:7,8). Que o Senhor nos guarde de proferir qualquer julgamento contra os nossos irmãos (Rm 14:10/ Tg 4:11,12).
Tudo isso coloca a graça de Deus em maior evidência. Hoje sabemos que não precisamos agir como Tamar, não precisamos buscar artifícios para tentar viver a vida cristã. Devemos saber que o Senhor da graça é Quem concede dessa graça a cada um de nós. Diremos: “Não sou eu, mas é o maravilhoso Jesus que vive em mim”.
A progressão do levirato
Apesar de estar na mesma situação de Tamar, Rute tomou um caminho totalmente diferente – o caminho da dependência e da obediência.
O princípio do Levirato é descortinado:
- Em Tamar, nos é revelada a figura da GRAÇA na restauração da MORTE – uma descendência foi gerada, onde havia morte.
- Em Rute, vemos esse mesmo princípio, porém agora Deus nos revela um pouco mais. Rute não só gerou uma descendência, como também gerou o REI (Davi).
- Em Jesus, temos a ampliação máxima desse tipo, a realidade do levirato. A morte foi tragada pela vida. A ressurreição do Senhor gerou vida em todos nós.
Jesus trouxe a solução para o pecado humano. Ele derrotou:
- Nosso primeiro inimigo, o Acusador.
- Nosso segundo inimigo, a carne, restaurando o caminho para o trono.
- Nosso inimigo final, a morte, que foi tragado pela vida.
Nele temos a vida eterna, em Cristo o homem foi plenamente restaurado.
O renovo que vem do Senhor
“Seja a tua casa como a casa de Perez, que Tamar teve de Judá, pela prole que o SENHOR te der desta jovem”. (Rt 4:12).
“O povo também se referiu a Rute como “esta jovem”. Aqueles que se chegam a Boaz como Rute fez e que são redimidos por Ele caracterizam-se pela vitalidade juvenil. Em Sua presença, ninguém envelhece nem é estéril” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).
“Mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Is 30:31).
O Senhor nos renova, e a Sua força nos leva a ter sempre um espírito jovem, renovado.
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia” (2 Co 4:16).
A estrangeira se torna esposa
“Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho” (Rt 4:13).
“Os dez anos em Moabe trouxeram miséria, mas poucas semanas em Belém trouxeram bênçãos. A progressão social de Rute agora estava completa. Primeiro, ela era uma nochriyah, uma estrangeira (Rt 2:10). Então, ela se tornou uma shiphah, uma serva inferior (Rt 2:13). A seguir, ela foi elevada a amah, uma serva (Rt 3:9). Agora, finalmente, ela se tornou uma iishah, uma esposa (Rt 4:13)” (FRUCHTENBAUN – Ariel’s Bible Commentary: The books of Judges and Ruth).
“Rute já não era mais a respigadora nos campos de Boaz; ela agora compartilha de tudo o que este “senhor de muitos bens” possui. Ela não é mais viúva, pois foi comprada por Boaz para ser sua esposa. Ela era agora “uma só carne” (Gn 2:24) com aquele poderoso homem” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).
O que isso tem a ver conosco. Paulo, o apóstolo dos GENTIOS, interpreta assim:
“Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. MAS, AGORA, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. E, VINDO, EVANGELIZOU PAZ A VÓS OUTROS QUE ESTÁVEIS LONGE E PAZ TAMBÉM AOS QUE ESTAVAM PERTO; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da FAMÍLIA DE DEUS” (Efésios 2:11-19).
Filhos com Boaz
“E o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho” (vs 13).
“Aqui se tem uma indicação da ação Divina, o Senhor “lhe concedeu”. Antes, Rute era estéril, agora, se tornara frutífera. O mesmo testemunho é encontrado em Gênesis:
“Vendo o SENHOR que Lia era desprezada, fê-la fecunda; ao passo que Raquel era estéril… Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda ” (Gn 29:31; 30:22).
Deus tinha sido gracioso com Rute em Moabe, dando-lhe a fé suficiente para confiar nEle e ser salva. Sua graça continuou crescendo quando ela se mudou para Belém, pois Ele a conduziu até os campos de Boaz, onde Boaz se apaixonou por ela. A graça de Deus continuou operando no portão da cidade, onde o parente mais próximo rejeitou Rute e Boaz a redimiu. Após o casamento, Deus derramou Sua graça sobre Rute e Boaz, dando-lhe a capacidade de conceber e, em seguida, dando-lhe um parto seguro de um filho, a quem chamaram de Obede (significa “servo”).
A CAPACIDADE DE GERAR VIDA VEM DO CASAMENTO COM BOAZ. RUTE SAIU DE MOABE ESTÉRIL E, COM BOAZ, ELA PÔDE GERAR VIDA DE FORMA NATURAL”.
As obras do SENHOR devem ser geradas por Ele, não nas nossas habilidades da carne. A obra do Senhor começou na vida de Rute quando ela decidiu sair de Moabe. Ali, uma fé já estava sendo gerada em seu coração. Isso é o que o Senhor vem fazendo conosco desde que saímos da terra de Moabe e temos seguido na direção desse relacionamento com Ele.
“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:4,5).
“Este princípio é verdadeiro tanto para os indivíduos quanto para a Igreja como um todo. Sardes colocou-se sob a proteção do mundo, portanto não poderia produzir fruto. Suas obras somente testificaram que ela estava morta (Ap 3:1). Somente após a Igreja conscientizar-se de que ela é uma com a Cabeça glorificada no céu (Ef 1:22-23) e trazer essa realidade à vida prática, é que ela poderá produzir frutos verdadeiros. Somente depois disso ela poderá andar nas boas obras, “as quais Deus de antemão preparou” para aqueles que Ele ressuscitou e que estão assentados juntamente com Cristo nos lugares celestiais (Ef 2:6-10)” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE- Capítulo 4).
Tudo que é gerado pelo Senhor, mesmo que pareça pequeno aos nossos olhos, é grande, tem valor eterno. Isso porque foi feito por Ele.
É impressionante observar a posição de Jesus, porque Ele era 100% equilibrado em todos os aspectos. Ao mesmo tempo que Ele advertia, também percebia que seus ouvintes eram pecadores, imperfeitos. Ele morreu por eles. Uma das coisas mais duras que Paulo disse trazia em si a nota de uma grande compaixão e misericórdia:
“Em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]” (1Co 5:4,5).
Não devemos ser condescendentes com o pecado, mas também devemos ter extrema compaixão do pecador. Nosso papel não é mandar a pessoa para o inferno, ainda que tivéssemos o poder para fazer isso.
Noemi havia dito para Rute que Boaz não descansaria enquanto não resolvesse sua questão “ainda hoje” (Rt 3:18). De fato, Boaz não resolveu apenas o problema imediato de Rute, que era o sustento material, mas não DESCANSOU enquanto não resolveu plenamente sua situação, a tornando uma com ele, senhora de muitos bens.
Assim também é com Jesus: Ele não se contenta em só nos tirar do pecado, mas também deseja nos santificar, nos preparar, e deseja ser um conosco, se casar conosco, para que sejamos coerdeiros com Ele. Ele deseja que sejamos herdeiros de tudo que possui junto com Ele.
Efésios 1:3 nos diz que Ele “nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”. Ele é o Senhor de muitos bens, repartindo TUDO que tem conosco. Não se trata do suprimento de bens, uma mesada, mas é a divisão de toda a Sua riqueza conosco. Isso é o que o Senhor tem feito com a Igreja.
Alguns vivem a vida cristã com perspectivas muito limitadas, focando nas ruas de ouro que poderão encontrar no céu, em não mais ter lágrimas no céu, etc. O que devo ansiar, de fato, é pela união com o Senhor. Podemos começar a experimentar isso agora, gerando filhos com o Senhor, frutificando com Ele, gerando frutos que permaneçam e perdurem eternamente. Essa é a nossa esperança, nosso foco.
A esperança da Igreja
“Você pode imaginar Rute envergonhada de seu noivo? Seria possível ela ter vergonha de reconhecer o “senhor de muitos bens” que a salvara de uma vida miserável e que não satisfeito em apenas lhe dar bênçãos materiais, entregou-se por completo a ela? Esta é a razão pela qual nada é dito sobre o intervalo de tempo entre a declaração de Boaz aos anciãos e o casamento. Da mesma maneira, não há nenhuma menção à jornada de Rebeca pelo deserto quando ela foi encontrar-se com Isaque; o registro tem o foco no encontro dos dois (Gn 24:61-67)” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).
Agora Rute estava casada com o “senhor de muitos bens”, e assim, como sua esposa, ela poderia desfrutar de toda a riqueza de Boaz.
Assim também aconteceu conosco. Fomos resgatados pelo Senhor Jesus, e nos tornamos “uma só carne” com Ele, porque agora somos parte do Seu corpo.
Jesus agora divide conosco toda a Sua herança.
“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8:17).
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1:3).
“Qual é a esperança da Igreja? Qual é a sua esperança? O que você espera encontrar no céu? Uma casa? Ruas de ouro e a muralha de jaspe (Ap 21:18-21)? Graças a Deus encontraremos muito mais que isso lá. O próprio Senhor é a nossa esperança. A graça divina jamais se satisfaria em nos dar apenas uma casa, por mais bela que fosse. Cristo Se entregou por nós. Ele é o “Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20).
Agora que a redenção está cumprida, as profundezas de Deus podem ser reveladas… Haviam sido rompidos todos os laços com o seu passado, com Moabe e com os mortos. A pobre forasteira moabita tornou-se parte da linhagem real ao dar à luz a Obede, avô de Davi, do qual, segundo a carne, nasceu Jesus, Emanuel, o Herdeiro de todas as coisas. O ribeiro da graça que estamos seguindo na história de Rute transformou-se num oceano de glória eterna” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).
Leia mais sobre Rute aqui.
