O Espírito Santo, o Administrador da Igreja

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Participante de Cristo

“Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente” (1 Co 12:11).

Nos tempos em que vivemos, ouvimos muitas vozes… somos chamados à muitas coisas, temos estímulos abundantes por todos os lados. Entretanto, vemos que uma carência geral nos dias de hoje é encontrar pessoas que ouvem o Espírito Santo. Muitos movimentos são gerados e fomentados pelas melhores intenções, na maioria das vezes reconhecidamente motivados por idéias humanas, pela demanda e necessidade, ou por experiências de sucesso de outros irmãos. Nunca foi tão difundida a idéia de “coaching”, “discipulado”, “mentoria”… sempre colocando uma pessoa na coordenação, orientação, supervisão da vida de outra. Tudo isso tem o claro objetivo de ajudar o próximo a cumprir o propósito de Deus, obter sucesso em seus empreendimentos, etc. Apesar da motivação ser pura, o método é antigo e reconhecidamente falho. O uso de um “mediador” entre Deus e o homem nunca serviu para aproximar os dois, ao contrário, acabou por dar ao “meio” uma proeminência que o torna indispensável. Como hoje vivemos na dispensação da habitação do Espírito Santo, Ele tem a prerrogativa de ensinar cada filho de Deus, de conduzi-los à verdade, de revelar Cristo e admoestar o cristão, diretamente na sua consciência. Esse Espírito pode usar meios humanos, mas certamente deseja falar diretamente com cada um de nós em primeiro lugar.

É premente dizer que no Novo Testamento, nosso Mestre Jesus deixou bem claro em diversos textos dos Evangelhos que, a partir da nova dispensação as coisas mudariam. Agora o Mestre viria habitar dentro de nós:

“Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo” (Mt 23:8-10).

“Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (Jo 14:26).

“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou” (1 Jo 2:27).

Não podemos nos esquecer que hoje o Espírito Santo é o Administrador da Igreja! Essa é uma verdade fundamental!

“Reconhecer ou não a autoridade do soberano governo do Espírito Santo determina se a Igreja será uma anarquia ou uma unidade, uma sinagoga de corruptos, ou o templo do Deus vivo. A chave para a grande apostasia, cuja sombra hoje cobre 2/3 da cristandade nominal, é a desconsideração da Igreja para com o governo e autoridade do Espírito Santo. Os servos da casa apropriam-se do poder e usurpam mais e mais as prerrogativas da Cabeça, a ponto de um homem colocar-se como o administrador da Igreja e, temerariamente se apoderar da posição de representante de Cristo.

Quando o Espírito do Senhor, falando por meio de Paulo, quis retratar o mistério da iniquidade e o auge da apostasia, Ele nos deu uma descrição inequívoca:

"A ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Ts 2:4).

O que é o templo de Deus? Sem dúvida nenhuma é a Igreja: “não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3:16). De quem é a prerrogativa de assentar-se ali? Do Espírito Santo, Seu soberano administrador e de ninguém mais. 

Em cada estágio da apostasia da Igreja se ouve uma voz do céu dizendo: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas”. (extraído do livro “O Ministério do Espírito” – A .J. Gordon. Publicado pela Editora dos Clássicos).

Devemos nos lembrar, nos dias difíceis que passamos hoje como Igreja, esse é o chamado para os Vencedores – ouvir o Espírito! Essa capacidade vai fazer toda a diferença na vida de quem a obtiver! Esse chamado séptuplo deve capturar nossa atenção, principalmente se pensarmos que essas sete igrejas (Ap 2 e 3) podem representar a história da Igreja. Não existe sequer um momento nesta dispensação que não seja prioridade máxima dar ouvidos ao Espírito Santo! Ele fala todo o tempo, e cabe a nós ouvir e atentar para o que Ele diz. 

Uma advertência séptupla na palavra de Deus não acontece por acaso. Esse chamamento, registrado pelo apóstolo João, soa como uma trombeta aos nossos ouvidos – “quem tem ouvidos, ouça… quem tem ouvidos, ouça…”. Cada advertência soa com uma promessa especial, reservada àqueles que dão ouvidos e guardam as palavras que recebem, além de garantir a preservação em meio à decadência daqueles ao seu redor. Esse é o meio de escapar e permanecer no Senhor.

Louvamos a Deus por Sua misericórdia abundante, e contamos com Sua graça e poder para nos levar a essa condição – de nos assentarmos aos pés do Senhor e ouvirmos o que Ele diz pelo Seu Espírito – dando a Ele, e a Ele somente, a primazia e governo de nossa vida.

Na linguagem do escritor de Provérbios – ‘Não clama a Sabedoria nas praças, não faz ouvir a sua voz?’ (Pv 1:20 / 8:1)? 

“Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham. Riquezas e honra estão comigo, bens duráveis e justiça. Melhor é o meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado; e o meu rendimento, melhor do que a prata escolhida. Ando pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo, para dotar de bens os que me amam e lhes encher os tesouros” (Pv 8:17-21).

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