O Ponto Máximo da Fé

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O ponto máximo da fé são extratos selecionados do capítulo 6 do livro “Fé em Alargamento pela Adversidade” de T.Austin-Sparks.

T. Austin-Sparks (1888 – 1971)

“Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:17,18).

“Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”  (Ap 12:11).

A luz se origina de uma ou de muitas experiências contínuas do poder da ressurreição. Através do constante exercício da fé, alcançaremos o seu objetivo final, que é a ressurreição. Ao falar sobre a fé de Abraão, o escritor da epístola aos Hebreus menciona que o ápice de sua fé foi atingido quando ele recebeu Isaque de volta da morte. Este sempre será o ponto máximo a ser alcançado pela fé.
Não me refiro aqui à doutrina nem ao fato histórico da ressurreição de Jesus Cristo, mas falo da fé na ressurreição de Cristo como um poder presente e ativo. A ressurreição de Cristo não deve ser apenas lembrada uma vez por ano na Páscoa, não se trata de uma coisa sentimental.
A ressurreição do Senhor deve ser real todos os dias de nossas vidas. Cada nova manhã deve ser uma nova ocasião para provarmos do poder da Sua ressurreição. Para que isso ocorra, precisaremos ter necessidade dela. O Senhor irá nos sustentar nessa base: na dependência diária da Sua vida de ressurreição. Por meio da necessidade iremos conhecer, de forma prática, o poder da Sua ressurreição.
Se você, de alguma forma, está no ministério ou na obra do Senhor, não importa o quanto você estuda, o quanto você lê sobre o assunto, o quanto você é diligente em suas pesquisas, nada disso contará se por trás disso não houver uma experiência pessoal de ressurreição – isto é, uma experiência profunda que te levou a experimentar a ressurreição como sua única saída.

O Senhor não tem lugar para pregadores mecânicos, reprodutores de matéria de segunda mão. O princípio do Senhor é trazer tudo para dentro do seu instrumento, estabelecer uma relação experimental com a pessoa para que a mensagem seja preservada em poder, frescor e realidade.

Assim, a própria definição de Isaías 60 – “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti” – indica a ressurreição na experiência dessas pessoas em questão.

Deixe-me repetir: preocupe-se mais em conhecer o Senhor de forma pessoal. Não deixe que a preocupação com o ministério prevaleça. Lembre-se também que a única maneira de conhecê-Lo é pelo poder da Sua ressurreição.

Podemos ter certeza de que, se tivermos isso como a base e pano de fundo da nossa vida, teremos um ministério frutífero! Não estou dizendo que o estudo não seja importante, o que eu estou dizendo é que, embora isso possa ter o seu lugar, algo mais é necessário para produzir frutos no Senhor.

Devemos ser experimentados naquilo que estamos dizendo – precisamos conhecer, pela experiência, o que é a vida do Senhor nos salvar quando passamos por situações profundas e desesperadoras. Essa é a base sobre a qual o Senhor sustenta Seus verdadeiros servos. Pois, afinal, a luz não será mais algo objetivo para nós. A Luz se tornará parte do que somos – “vós sois a luz do mundo” (Mt.5:14) – e isso acontecerá enquanto vivermos uma história secreta e profunda com Deus em nossas vidas.

Essa é a forma que Deus nos torna em luzeiros.

Gostou? Leia mais sobre esse tema aqui.

 

T. Austin Sparks (1888-1971) nasceu em Londres e estudou na Inglaterra e na Escócia. Aos 25 anos, iniciou seu ministério pastoral, que perdurou por alguns anos, até que, depois de uma crise espiritual, o Senhor o direcionou a abandonar aquela forma de ministério, passando a segui-Lo integralmente naquilo que parecia ser “o melhor que Deus tinha para ele”. Sparks foi um homem peculiar, que priorizava os interesses do Senhor em vez do sucesso do seu próprio ministério. Sua preocupação não era atrair grandes multidões, mas ansiava desesperadamente por Cristo como a realidade de sua pregação. Por isso, suas mensagens eram frutos de sua visão e intensas experiências pessoais. Ele falava daquilo que vivenciava, e sofria dores de parto para que aquela visão se concretizasse primeiramente em sua própria vida. Pelo menos quatro linhas gerais podem ser percebidas em suas mensagens: (a) o grandioso Cristo celestial; (b) O propósito de Deus focado em ganhar uma expressão corporativa para Seu Filho; (c) a Igreja celestial – a base da operação de Deus na terra e (d) a Cruz – o único meio usado pelo Espírito para tornar as riquezas de Cristo parte da nossa experiência. Sparks também acreditava que os princípios espirituais precisavam ser estabelecidos por meio da experiência e do conflito, quando finalmente seriam interiorizados no crente, tornando-se parte de sua vida. Sparks desejava que aquilo que recebeu gratuitamente fosse também assim repartido, e não vendido com fins lucrativos, contanto que suas mensagens fossem reproduzidas palavra por palavra. Seu anseio era que aquilo que o Senhor havia lhe concedido pudesse servir de alimento e edificação para os seus irmãos. Suas mensagens são publicadas ainda hoje no site www.austin-sparks.net e seus livros são distribuídos gratuitamente pela Emmanuel Church.

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