Do Encorajamento à Apostasia

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O que Aconteceu com a Cristandade?

No Livro de Hebreus, os Cristãos são avisados diversas vezes do alvo do seu chamamento. Esse é o assunto central na vida Cristã e, portanto, deveria ser a ocupação central em todas as atividades de qualquer Cristão em todos os tempos. Esse é o assunto disposto na Palavra de Deus como importante do ponto de vista Dele.

Princípio da Nossa Confiança

Em Hebreus 3:13a, Cristãos são alertados:

“pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia [Lit. ‘diariamente’, ‘todos os dias’], durante o tempo que se chama Hoje [o tempo presente]…”

Isso deve ser feito para evitar, a todo custo, que venhamos a tomar um curso similar ao que foi tomado pela nação de Israel em Cades-Barneia (cf.Hb 3:8, 13b).

De acordo com as escrituras, os Cristãos vão ocupar posições com Cristo no trono, como seus “companheiros” SE….. Os Cristãos vão ter posições dessa natureza com Cristo nesse dia que virá, SE, durante o presente dia, eles segurarem firme a confiança que desde o princípio tiveram, “guardar até o fim” (Hb 3:14).

(A palavra “companheiros” é melhor que “participantes”, usada na versão King James. Essa seria uma tradução preferível da palavra grega “metochoi” usada nesse texto de Hb 3:14, que é a mesma palavra que o escritor de Hebreus também usou em 1:9 [traduzida por “companheiros”] e 3:1 [traduzida como “participantes”]).

Segurar “desde o início da confiança até o fim”, tendo em vista ser “companheiros” de Cristo naquele dia, deve ser entendido dentro da estrutura do tipo.

Calebe e Josué seguraram desde o início a confiança até o fim; apesar do restante da nação não ter feito o mesmo.

No que diz respeito ao entrar na terra, expulsar o inimigo, e ocupar a posição para a qual eles foram chamados, Calebe e Josué disseram: “Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” (Nm 13:30).

Mas o restante da nação manifestou uma atitude totalmente diferente, tomando uma outra abordagem em relação ao assunto. Eles temeram os habitantes da terra, choraram durante a noite, murmuraram contra Moisés e Aarão e tentaram apontar outro novo líder para sair e retornar ao Egito (Nm 13:21 -14:4). É aí que está a diferença. Esse é o contexto de Hb 3:14, que deve ser entendido tendo esse pano de fundo.

Confissão da Nossa Esperança

Em Hebreus 10:23-25, o mesmo mandamento é declarado de uma forma um pouco diferente, em conexão com os Cristão se congregarem. No verso 23, os Cristão são exortados: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar”. Então, os dois versos seguintes falam aos Cristãos para “considerar uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras…façamos admoestações”. Assim, esta é a maneira que os Cristãos devem conduzir seus assuntos uns com os outros, “tanto mais” quando “verem que o Dia se aproxima [esse dia quando a esperança presente será realizada]”.

Pelo contexto, em Hebreus 10, o propósito central dos Cristãos se congregarem (o propósito central do texto – “não deixemos de congregarmos…” – vs.25) é exortar uns aos outros em relação à esperança do nosso chamado (cf.vv. 23,25).

Fazendo isso, os Cristãos, de alguma maneira, poderiam ser ensinados sobre essa esperança. Eles poderiam falar e discutir sobre essa esperança uns com os outros, porque não poderia haver exortação alheia aos fatos que envolvem o chamado Cristão.

Em outras palavras, à luz de Hebreus 3:13, 10:23-25, os Cristãos devem se congregar, tendo em vista o falar e discutir entre si sobre as coisas que se relacionam ao seu chamado. Eles devem falar da terra diante deles (aquela terra celestial), o inimigo nela (Satanás e seus anjos), a necessidade da presente vitória sobre o inimigo (através da batalha espiritual), e da esperança diante de nós (de um dia ocupar essa terra celestial com o “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”, e Cristo e os Cristãos ascenderem ao trono juntos [ocupando o lugar que hoje está tomado por Satanás e seus anjos], exercitando os direitos de primogenitura).

E, com essas coisas em vista, os Cristãos deveriam ocupar tempo exortando uns aos outros (“diariamente” no texto [3:13]) no que se relaciona à importância de ter os olhos fixos no objetivo diante de nós, devendo continuar com este intercâmbio uns com os outros tanto mais quanto eles vêem “que o Dia se aproxima”.

Este é exatamente o tempo em que estamos hoje – um tempo onde os Cristãos deveriam se exortar mutuamente “tanto mais quanto” estamos vivendo bem próximos do fim da presente dispensação, bem próximo do final do tempo do homem de seis dias (6.000 anos), imediatamente antes do sétimo dia que rapidamente se aproxima (o Dia do Senhor, a Era Messiânica, os últimos 1.000 anos).

Mas…

Será que os Cristãos estão se congregando hoje com esse propósito em vista? Dificilmente! Os Cristãos, em sua maioria, sabem pouco ou nada sobre esse assunto. Esse não é um assunto sobre o qual eles falam ou discutem; tampouco é algo que esteja nos seus mais importantes pensamentos, governando suas ações, possibilitando que se exortem mutuamente dia a dia.

Consequentemente, os Cristãos estão se congregando hoje com propósitos que ignoram completamente o que está descrito em Hb 10:23-25. Isso mostra quão completo tem sido o trabalho do fermento no seu processo de destruição [Mt 13:33].

As condições vão melhorar? Será que os Cristãos vão acordar um dia?

Não durante a presente dispensação! A presente dispensação, de acordo com as escrituras, terminará em total apostasia no que tange aos Cristãos entenderem e manifestarem um interesse na Palavra do Reino; e é exatamente essa direção que a Igreja tem tomado pelos séculos.

E, não tem apenas tomado essa direção, mas a Igreja continua a seguir nela ainda hoje – uma direção que, por todos os propósitos práticos, tem carregado a Igreja a um ponto completamente distante “da fé” que era sustentada quase que universalmente entre os Cristãos durante o primeiro século.

A afirmação de Cristo “até que esteja tudo levedado” (Mt 13:33), e Sua semelhante afirmação de que no tempo de Seu retorno Ele não encontraria “a fé na terra” (Lc 18:8), devem ser tomadas pelo seu real valor. Cristo, em Sua onisciência, sabendo do futuro, tanto quanto do passado e presente, afirmou como será exatamente no final desta dispensação.

Depois de dois milênios, no final da dispensação, o processo de fermentação, de acordo com a afirmação de Cristo (cf. Mt 13:3-33), seria tão completo que, correspondentemente, a mensagem relacionada “a fé” não seria mais ouvida nas Igrejas – tanto nas Igrejas fundamentalistas como nas liberais. E a Igreja como um todo, no que diz respeito a essa mensagem, seria como a Igreja de Laodicéia em Ap 3:14-21, “infeliz, miserável, pobre, cego e nú”.

Tradução do texto do mesmo nome de Arlen L.Chitwood

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