Quem Subirá ao Monte do Senhor?

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“Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar?” –  Sl 24:3

“Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil…São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.”  – Ap 14:1-5

Podemos perceber que essas duas passagens constituem uma pergunta e uma resposta. Temos a pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar?” Então, a resposta: “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil”. Nesses textos temos o início e o fim da história, a antecipação do evento e sua realização, a pergunta e a resposta.

Qual é o nosso objetivo final? Considerando a determinação de Deus, deve haver uma companhia trazida à uma maior unidade com Seu Filho. “São ELES os seguidores do Cordeiro por ONDE QUER QUE VÁ” [Ap 14:4] – seguidores em sua natureza, caráter e comunhão – a unidade entre eles é completa. Penso que isso, falando superficialmente, é o que está representado pelo Cordeiro no monte Sião. Isso não é a história toda, não cobre todo o campo da redenção, porque você pode notar pelo contexto, que outros serão trazidos a esse ponto na grande vindima [Ap 15:15]. Mas esses seguidores do Cordeiro são as “primícias a Deus” [vs.4], e eles parecem indicar que Deus terá um grupo que corresponde ao Seu Filho de forma plena.

Esse é o objetivo final, tudo o mais está atrelado e depende disso. Toda a criação está com os olhos fixos nessa companhia. Esse é o coração de tudo. Você sabe que, em qualquer esfera de cultivo, o lavrador trabalha com grande paciência, dia a dia, até chegar o tempo da colheita. Ele se move ansiosamente para olhar os primeiros sinais de uma resposta ao seu trabalho, esforço, desejo e anseio. O dia virá onde ele terá o suficiente para assegurar que tudo não foi em vão. Naquela primeira colheita, nas primícias, ele recebe como que um símbolo do que ainda virá. Ele encontra sua satisfação nesses frutos primeiro. Penso que é isso que as primícias representam. Deus tem a Sua primeira satisfação naquilo que é apresentado ali. Esse será um grande momento na direção para onde tudo está se movendo, será um momento tremendo.

Vamos então trazer isso ao nosso contexto, desafiando nossos próprios corações. Devemos nos perguntar se essa grande hora, e tudo o mais que isso representa, não pode estar ligado ao fato de sermos conduzidos a contemplar esta questão neste momento. Será que nossa meditação, pela vontade de Deus, não está relacionada com a realização de algo que é totalmente focado na satisfação e prazer do Senhor? Todo aquele que é do Senhor e permanece na luz de Seu pleno propósito na redenção deve acreditar, em primeiro lugar, que um fim em glória e vitória já está garantido para nós no Senhor Jesus. Esse fim não demanda que nada seja feito para garantir sua realização; está realizado e consumado. Certamente esse é o fato que deve levantar a nota mais profunda de adoração e louvor em nossos corações, que o fim está assegurado. Está assegurando em glória.

Colocando isso de outra maneira, vamos dizer que há um fim glorioso garantido para o povo de Deus. Do ponto de vista de Deus não há nada a ser feito para tornar o fim mais glorioso do que já é. Isso, claro, é a base fundamental da nossa fé simples no Senhor Jesus, mas ainda assim, é a base de contínuo desafio e conflito. Naquilo que diz respeito a obra de Deus, o Cordeiro está agora no monte Sião com os cento e quarenta e quatro mil; isso está garantido. Oh, se o Senhor conseguisse tornar isso definitivamente resolvido nos corações de Seu povo! Essa é a única base para o verdadeiro descanso, segurança, estabilidade de nossa vida e alegria. “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (Sl 11:3).

O Cordeiro permanece no monte Sião com essa companhia assegurada, no que tange todos os intentos e propósitos divinos. O final na glória e a vitória estão garantidos em Cristo.

Texto de T.Austin-Sparks (Extraído do livro “Spiritual Ascendancy”)

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