O Exemplo de Israel, um Encorajamento

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G. H. Lang (1874-1958)

“Digam-no os remidos do SENHOR, os que ele resgatou da mão do inimigo e congregou de entre as terras, do Oriente e do Ocidente, do Norte e do mar. Andaram errantes pelo deserto, por ermos caminhos, sem achar cidade em que habitassem…Conduziu-os pelo caminho direito, para que fossem à cidade em que habitassem” (Salmo 107 2-4;7).

Israel, um Exemplo e Encorajamento

O Salmo 107, em sua concepção original, é uma previsão dos últimos dias da presente era da história humana. Isto pode ser atestado no versículo 3, que descreve o ajuntamento do povo de Israel dos quatro cantos do planeta. No passado, eles foram tirados do Egito para Canaã, do oeste para o leste. Depois do cativeiro da Babilônia, alguns da nação foram trazidos de volta para a Palestina, do leste para oeste. Mas ainda não aconteceu deles serem ajuntados na sua cidade do leste e do oeste, do norte e do sul. Isso está por acontecer, como predito por Isaías (45:5,6; 49:12). Os judeus foram dirigidos por Deus no passado e novamente o serão no futuro, assim como são todos aqueles que andam humildemente com Ele.

Do versículo 4 em diante, o profeta volta a contar as experiências pelas quais Israel está sendo e ainda será conduzido, para acarretar neste alegre ajuntamento. Aprendemos que a direção de Deus já está à nossa disposição, e irá continuar assim até que homens de fé sejam trazidos para o Seu propósito. Não há necessidade de vagar sem rumo através da vida, como perdido em um deserto. Deus vai nos guiar, se nos deixarmos conduzir.

A Direção Descrita

“Conduziu-os pelo caminho direito, para que fossem à cidade em que habitassem” (Sl 107:7).

As duas frases concisas citadas no versículo citado acima, cobrem quase que todo o tópico da direção Divina:

1. “Conduziu-os”. Quem conduziu? Ninguém menos que Jeová, o eterno, fiel, poderoso, vigilante Deus. Portanto aqueles que seriam guiados por Ele, deveriam O honrar como Deus, com total confiança e obediência.
2. “Conduziu-os”. O Líder vai adiante; o conduzido O segue. Isto praticamente cobre todas as condições para ser dirigido. Algumas delas serão notadas no devido tempo.
3. “Conduziu-os”. Quem? Aqueles que sabiam que estavam perdidos no deserto, que estavam famintos, sedentos, desmaiados, atribulados, angustiados, incapazes, e aqueles que clamaram a Deus (vs. 4-6).
4. “Conduziu-os pelo caminho”, uma estrada. Nenhum outro olho além do Dele viu nenhuma estrada; aquele era um lugar selvagem, deserto, sem trilhas, uma região impossível para o homem, onde facilmente ele iria se perder e morrer. Mas Deus viu um caminho ‘através de’ e ‘para além’ dele.
5. “Conduziu-os pelo caminho direito”. Direito aqui não é no sentido de uma linha direta, ou o ponto mais curto entre dois pontos, mas o caminho direto, ou: “O menor caminho para você é assim e assim; é mais longo, mas é mais direto; siga em frente, não vire, o caminho mais curto é mais difícil de encontrar e é mais duro.” O caminho de Deus é sempre o único caminho certo, o caminho verdadeiramente reto. Veja a palavra em Esdras 8:21. O caminho da Assíria para Canaã era, na verdade, um grande desvio, norte-oeste, oeste e sul; mas era o caminho direito sob as condições da viagem.
6. “Conduziu-os pelo caminho direito, para que fossem”. Aquele que vai escapar do deserto deve seguir em frente. Letargia da alma é fatal. Aquele que se estabelece não pode ser conduzido; não precisa de um guia. Contentamento com este mundo, satisfação com o presente, impede o direcionamento. Assim temos o mortal perigo da prosperidade terrena e facilidade,  conduzem à sonolência no deserto.
7. “Conduziu-os … para … à cidade”. A jornada longa demanda um espírito de peregrino, um avanço incessante e persistente resistência contra o desejo de dormir neste vale encantado: nós não temos cidade permanente, mas buscamos a que há de vir, portanto, deixemo-nos levar (Hb.13:14; 6:1). Mas Deus está conduzindo peregrinos à uma cidade – lugar de estabilidade, de permanente segurança e paz, para um reino que não pode ser abalado. Ele sabe a única rota de lá: a fé segue fervorosamente, serenamente.
8. Esta é uma “cidade de habitação”, de residência permanente. Eles não sairão mais dali. A peregrinação, o deserto serão passado, apesar do enriquecido aprendizado e conhecimento de Deus permanecerem: a cidade de Deus foi ganha; onde Ele tem Sua casa será o lar daqueles que se deixaram conduzir:

“Oh felizes peregrinos

Olhem para os céus acima

Onde uma leve aflição

Leva a um prêmio assim”.

(Neale)

Traduzido do livro “Divine Guidance” (Direção Divina) de G.H.Lang

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