O poema “Deixe a si mesmo de lado” é uma tradução livre do poema “Let yourself alone” do livro “Songs of the Spirit: Hitherto Unpublished Poems and a Few Old Favorites (Christian Hymnals Series Book 1)”, de A. B. Simpson.
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A.B. Simpson (1843-1919)
Deixe a si mesmo de lado
Combate vão e infrutífero
do EU para se santificar;
Somente Deus tem poder
para purificar e sustentar,
Por que você deve tentar?
Oh, quanta dor e conflito
Que nunca teria enfrentado,
Se aprendesse a lição tão simples,
— Deixe a si mesmo de lado.
Permaneça olhando para o alto;
Não mire para dentro de si;
A introspecção é inútil
Para o pecado remir.
Veja que seu mais caro esforço
É vão, é intento frustrado,
Assim como os dedos sujos
Onde tocam, deixam marcado.
Seus direitos e reputação
Entregue nas mãos do seu Mestre.
Mesmo na incompreensão dos homens,
Jesus a tudo concebe;
Ele é escudo e justiça,
Todos os nossos erros, corrige
Torna a inimizade de homens e de demônios
Em louvor e regozijo.
É de vida que precisas, não labor—
Vida que flui do Senhor;
É preciso encher o cálice
Para vê-lo transbordar.
As fontes de poder e de bênção
Do trono são derivadas;
Se quiser ser por elas inundado,
Deixe a si mesmo de lado.
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Albert Benjamin Simpson (1843-1919) foi um pastor e escritor canadense. Simpson cresceu em meio à rígida tradição puritana e recebeu seu treinamento teológico em Toronto. Logo que concluiu seus estudos, foi ordenado pastor de uma das maiores congregações presbiterianas do Canadá. Aos 30 anos, deixou o Canadá e assumiu o púlpito da maior igreja presbiteriana de Louisville, no Kentucky/USA. Ali seu encargo pelo evangelismo começou a despertar, mas ele sentia que algo ainda lhe faltava, lutava com problemas de amor próprio, egoísmo e auto-confiança, e ansiava por vencer esses pecados em sua vida. Durante uma campanha com Major Whittle, do Exército da Salvação, ele viu e ouviu pregações com poder e manifestação da presença de Cristo, levando-o a experimentar um enorme vazio, algo que preparou o caminho para sua experiência mais marcante: da suficiência de Cristo. Em 1880 foi chamado pela Igreja presbiteriana da Thirteenth Street, em Nova Iorque, quando começou a sentir um encargo forte pelos pobres de seus arredores. Sofrendo enfermidades desde sua infância, era as vezes impedido por elas de até mesmo de concluir uma pregação. Então, Simpson experimentou a cura divina, parte integrante de sua ministração. Seu trabalho missionário cresceu, e com o tempo, ele estabeleceu um lar para pobres, alcoólatras, abrigo para mães solteiras e um orfanato, além de enviar missionários para diversas regiões do mundo.
Simpson foi um escritor prolífico, tendo uma extensa obra literária de aproximadamente 101 livros, além de poemas, hinos, artigos e livretos. Até nossos dias, ainda nos inspira e fortalece no sentido de buscar uma vida profunda e frutífera no Senhor. Para os que desejam conhecer mais de sua obra, os títulos “Jesus Cristo, Ele mesmo!”, “As quatro dimensões do Evangelho” são publicados pela Editora Betânia na língua portuguesa.
“Durante muito tempo orei a Deus pedindo a santificação, e muitas vezes achei que a havia recebido. Houve até uma ocasião em que senti algo diferente, e me agarrei àquela experiência, receoso de a perder. Fiquei acordado a noite toda, temendo que ela me escapasse, e é claro que, assim que a emoção e a sensação momentânea se esvaíram, ela desvaneceu também. Perdi-a, porque não me firmara em Jesus. Estivera bebendo pequenos goles de um imenso reservatório, quando poderia estar imerso na plenitude de Cristo… Então, resolvi despreocupar-me da santificação e da bênção em si, e passei a contemplar o próprio Cristo. Assim, em vez de ter uma experiência, entendi que, tendo Cristo, tinha Aquele que era maior do que uma necessidade momentânea, tinha o Cristo, que era tudo de que necessitava. Então O recebi, de uma vez para sempre” (A. B. Simpson, “Jesus Cristo, Ele mesmo!”).
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Ótimo, perfeito; Cristo em vós esperança da Glória Colocenses 1:26,27. Aleluia