O Mediador da nova aliança

Print Friendly, PDF & Email

O Mediador da nova aliança é parte de uma coletânea baseada no livro homônimo de Witness Lee. Livro publicado pela Editora Árvore da Vida (esgotado). Nessas mensagens vamos meditar a respeito da obra do Senhor Jesus em nossa dispensação, pois apesar de ter cumprido plenamente a obra da redenção, o Senhor continua exercendo um ministério de extrema importância para a Igreja.

***

Witness Lee (1905-1997)

“A Jesus, mediador de uma nova aliança, e ao sangue aspergido, que se expressa com mais veemência do que o sangue de Abel” (Hebreus 12:24).

Leia a mensagem anterior aqui.

Por toda a Bíblia, o falar de Deus aconteceu de três formas: Sua palavra, Sua promessa e Sua aliança (ou testamento). No falar de Deus havia Sua promessa. Ao ser pronunciada sob juramento, Sua promessa tornou-se uma aliança, que é também um testamento. Desde o princípio, Deus falou com o homem. Antes de Adão desobedecer, Deus falou com ele. Após a queda, Deus voltou para falar com ele, dessa vez prometendo que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3:15). Com o falar de Deus, veio a Sua promessa.

Isso também foi verdade com relação a Abraão. Quando falou com ele, Deus prometeu um descendente e a boa terra (Gn 13:15). Deus falou e Deus prometeu. Como a promessa se tornou uma aliança? Pelo acréscimo de um juramento feito com um sacrifício no qual houve o derramamento de sangue (cf. Gn 15:7-18). Uma aliança é um pacto, quando uma das partes promete algumas coisas à outra.

Já um testamento, por sua vez, é uma herança das coisas que já foram realizadas. Em termos atuais, o testamento é a última vontade, uma declaração legal feita por escrito para que a propriedade do testador seja distribuída na ocasião de sua morte. A Bíblia, vista como um todo, é na verdade o testamento de Deus, e suas duas partes são chamadas de Antigo e Novo Testamento.

Deus falou tanto no Antigo como no Novo Testamento e ao falar, fez promessas. A Bíblia está repleta dessas promessas. Vemos promessas concedidas a Adão, a Noé, a Abraão, a Davi e a nós, os crentes do Novo Testamento. Se o Senhor Jesus não tivesse morrido, essas promessas seriam apenas promessas. Mas, para cumprir essas promessas, o Senhor Jesus de fato morreu. Através de Seu sangue derramado, essas promessas se tornaram uma aliança. Temos hoje um compromisso firme para que se cumpram. A aliança se tornou um testamento, que nos informa qual é nossa herança.

“Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador” (Hb 9: 15-17).

No grego, a mesma palavra é usada tanto para aliança como para testamento. A nova aliança, consumada com o sangue de Cristo (vs. 11-14), não é apenas uma aliança, mas é um testamento que inclui todas as coisas realizadas por meio da morte de Cristo, que a nós foram legadas por herança. Primeiramente, Deus prometeu que faria uma nova aliança (Jr 31:31-34; Hb 8:8-13). A seguir Cristo derramou Seu sangue para promulgá-la (Lc 22:20). Essa aliança também é um testamento. Esse testamento, ou última vontade, foi confirmado e validado pela morte de Cristo e é realizado e executado por Ele após Sua ressurreição. A promessa da aliança de Deus é assegurada pela Sua fidelidade, a aliança de Deus é garantida por Sua justiça, e o testamento é executado pelo poder da ressurreição de Cristo.

A Bíblia primeiramente nos afirma que Cristo virá. Depois, ela nos faz essa promessa. Não temos somente o falar, mas também a promessa. Muitas bênçãos estão incluídas nessa promessa: que Ele morreria por nós para que nossos pecados fossem perdoados e fôssemos redimidos, que receberíamos vida, que essa vida é o Espírito que, por Sua vez, é o próprio Deus como tudo para nós e para nosso desfrute e, finalmente, que haveremos de herdar tudo o que Deus é, possui e faz. Depois de ter falado e prometido, Cristo foi para a cruz e morreu, derramando Seu sangue. Devido à Sua morte, a promessa foi consumada, a aliança foi estabelecida e o testamento foi promulgado.

Temos, portanto, quatro estágios no falar de Deus com o homem: Seu falar, Sua promessa, o estabelecimento de Sua aliança e a execução de Seu testamento. Adão, em Gênesis 2, estava no primeiro estágio. Abraão, em Gênesis 12, no segundo, o estágio da promessa. Os discípulos, ao ver Cristo morrendo na cruz, estavam no terceiro, o estágio do estabelecimento da aliança. Nós, atualmente, estamos no quarto estágio, quando o testamento é executado. Deus falou, prometeu, Cristo estabeleceu a aliança, e a aliança se tornou testamento para nós.

Continue lendo a série aqui.

Post anterior
Entrando no Santo dos Santos
Próximo post
O sacerdócio de Cristo

1 Comentário. Deixe novo

  • JOSE CARLOS JACOB
    26 de fevereiro de 2019 14:30

    MARAVILHOSA PALAVRA!!! HOJE DESFRUTAMOS DA HERANÇA DE VIDA CELESTIAL QUE NOS É SUPRIDA PELO CRISTO CELESTIAL COMO ESPÍRITO EM NOSSO ESPÍRITO!!! JÁ SOMOS HERDEIROS DE DEUS E CO-HERDEIROS DE CRISTO, PRECISAMOS APENAS CRESCER E AMADURECER PARA REINARMOS COM CRISTO COMO DESFRUTE MÁXIMO DA NOSSA HERANÇA!!!

    Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.