Algo indispensável para nossa humanidade

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Major W. Ian Thomas (1914-2007)

“Cristo em vós, a esperança da glória” (Colossenses 1:27).

Uma lâmpada à óleo precisa de óleo para produzir luz. Por quê? Porque ela foi criada para funcionar assim. Um carro precisa de combustível para andar. Por quê? Porque o carro foi criado para funcionar assim.

Por que o ser humano precisa de Deus para ser funcional? Porque fomos criados assim. Muito tempo atrás, Deus decidiu criar o homem nesse pequeno planeta chamado Terra. Ele o projetou especificamente como um meio para que o Seu potencial e Sua vida pudessem ser liberados e produzisse justiça.

O homem não pode produzir justiça de si mesmo, assim como não pode um carro andar ou uma lâmpada a óleo produzir luz sem o combustível adequado.

Tentar acender uma lâmpada a óleo sem óleo é ilógico e inútil; você continuará no escuro. Tentar dirigir um carro sem combustível é também inútil; você vai acabar tendo que sair e o empurrar, chegando tão longe quando sua força física permitir, conduzindo-o à exaustão.

Assim também é com os seres humanos. Simplesmente estimulá-los a ser bons, dizendo a eles que extraiam isso das profundezas da sua personalidade, trazendo a eles a psicologia comportamental, tentando trazer leis sobre suas ações, regras, regulamentos, religião, ameaçando-os de punição e aprisionamento – nenhum desses meios é capaz de obter sucesso em produzir justiça nos seres humanos.

Para se ter luz em uma lâmpada a óleo, é totalmente razoável que primeiro ela seja enchida com óleo. Para que seu carro possa te transportar, encher o tanque com combustível é completamente lógico. Da mesma maneira, a lógica divina afirma que, para obter justiça de um homem ou de uma mulher, somente será possível quando aquela pessoa estiver cheia de Deus. Óleo na lâmpada, combustível no carro e Cristo no cristão. É preciso ter Deus para se ter um homem, e por isso precisamos de Cristo para ser cristãos, porque Cristo coloca Deus de volta dentro do homem, a única maneira de fazer com que ele se torne funcional.

Isso é chamado novo nascimento, nascer de novo. Nossa alma é despertada pelo Espírito de Deus. Isso só pode acontecer dentro dos termos de Deus, nos trazendo de volta para aquilo pelo qual Eles nos criou – de sermos funcionais apenas por meio da virtude de Sua presença em nós. Deus é indispensável para que o homem possa ser verdadeiramente normal.

O homem foi criado de forma única, de uma maneira que possa desfrutar de um relacionamento moral com seu Criador, porque Deus é amor, e a única coisa que satisfaz o amor é ser amado.  A única coisa que satisfaz a amizade é ser considerado amigo.

Entretanto, amor e amizade não podem ser forçados. Se Deus desejasse um homem que pudesse retribuir ao Seu amor, esse homem não poderia ser como as outras criaturas, que não tem nenhuma capacidade moral tanto de agradar a Deus como de desagradá-Lo. Essa criatura seria amoral, fazendo o que faz apenas porque tem que fazer, em vez de evidenciar qualquer disposição em relação ao seu Criador.

Você e eu, entretanto, fomos criados de forma que, por meio de qualquer coisa que façamos, estejamos dizendo ao Criador tanto “Deus, eu Te amo” como “Deus, não poderia me preocupar menos Contigo”.

O espírito humano é aquela parte de nós, onde Deus habita, na pessoa do Espírito Santo, para que, com nosso consentimento moral (e nunca sem ele), Deus ganhe acesso a nossa alma. É ali que Ele, como o Criador dentro da criatura, pode ensinar nossas mentes, controlar nossas emoções e dirigir nossa vontade, para que Ele, como o Deus que está dentro, governe nosso comportamento, à medida que permitirmos que Deus seja Deus.

Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5:25). Isso é o que significa andar no Espírito Santo: dar um passo de cada vez e, para cada nova situação na qual esse novo passo nos leve, não importa qual seja, ouvir Cristo dizendo no seu coração “EU SOU”, e então olhar para a Sua face e dizer, “Tu és! E isso é tudo que eu preciso saber, Senhor, e Te agradeço, porque Tu nunca és menos que suficiente.”

Extraído do texto do mesmo nome do livro “The Indwelling Life of Christ”, de Major Ian Thomas.

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