Robert Govett
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um (só) leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Coríntios 9:24-27).
Este é um assunto raramente tocado. Por quê? Por causa de suas dificuldades. Vamos examinar a passagem de 1 Co 9:24-27.
Agora, compare esta passagem com as seguintes:
- “Sendo justificados gratuitamente, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” – Rom 3:24.
- “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” – Rom 6:23.
- “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” – Ef. 2:8-9.
‘Não temos aqui diversas contradições?’ – posso imaginar alguém afirmando.
- “Salvação é mencionada como um dom”. Em Romanos 4 é descrita como o resultado não de obras, mas de fé. É descrita como algo concedido aos eleitos de Deus, inscritos no Seu livro da vida. Portanto eles são salvos tão logo creem, e são chamados para se regozijar nisso.
- ‘O escritor fala também de um prêmio que precisa ser conquistado, como um resultado de treinamento, esforço e negação de si mesmo; com o perigo de total perda, ainda no caso do fiel servo Paulo’.
‘Não consigo ver como sair dessa situação. Se isso não é uma contradição, o que seria então?’
- ‘Eu tenho que trabalhar; e eu não tenho que trabalhar. ’
- ‘Salvação é um dom gratuito; e ainda é um prêmio a ser conquistado por esforço. ’
- ‘Então, vamos ao ponto. Eu já tenho a salvação, e ainda assim posso perdê-la. ’
Desta forma, este texto, então, é uma pedra de tropeço para muitos. Calvinistas não sabem o que fazer com ele. Arminianos se apoiam nele para provar seus pontos de vista. Wesley o usa dessa maneira. ‘Veja! Estes versículos mostram que não há certeza de eleição individual para a vida eterna. Eleição se relaciona apenas na escolha de corpos corporativos para o desfrute dos meios de graça. Não existe certeza do resultado final. O seu eleito Paulo, o apóstolo, pode, por negligência, como ele diz, ser reprovado e perdido!’
Aqui está o laço. Como desamarrá-lo?
Posso eu apresentar diante do leitor um caso similar, que ocorreu na astronomia moderna? Alguns anos atrás, o planeta mais distante conhecido (Urano) provocou dificuldades intransponíveis aos astrônomos. O lugar calculado para sua localização não correspondia de maneira nenhuma ao lugar onde era observado. No entanto, houve um avanço na teoria que dizia o lugar que ele devia ocupar. Agora está na parte traseira dele, qual a razão para isto? Alguns sugeriram que o erro era decorrente dos equívocos dos astrônomos que observaram o planeta. Não! O lugar real e o lugar teórico não podiam ser correspondentes. Como conciliar isto?
Alguns sugeriram, que a tão grande distância entre o sol e Urano, fez com que a força gravitacional perdesse um pouco do seu poder. Isso é o mesmo que virar de cabeça para baixo todo o sistema de astronomia.
Enfim tal pensamento ocorreu: ‘Talvez um planeta até então desconhecido, posicionado a uma distância maior que Urano esteja causando toda esta perplexidade’. O céu é então pesquisado, e o perturbador oculto da ordem é encontrado. Este novo link restaura tudo à ordem. A gravidade permanece com seu poder inalterado; e tudo o mais permanece em descanso. Perplexidade é substituída por uma feliz descoberta.
É também assim no exemplo presente. Enquanto é pressuposto que apenas há um objeto apresentado diante de nós no Novo Testamento, esta contradição e confusão de entendimento existirão. Existe um segundo objeto em campo nas Escrituras; e sua percepção harmoniza todos os textos citados.
As Santas Escrituras nos anunciam duas coisas (1) VIDA ETERNA; e (2) O DIA DO MILÊNIO.
- Para o incrédulo Deus apresenta a vida eterna como Seu dom. ‘Creiam na obra concluída de Jesus para vocês, e serão salvos em Cristo. Alegrem-se.’
- ‘Mas quando você se torna um crente, e já possui a vida eterna, existe um prêmio colocado diante de você para ser buscado com diligência e esforço. Você foi eleito para a salvação eterna. Mas um lugar na glória dos mil anos é uma recompensa que é dada por Cristo de acordo com as obras.
O Prêmio
O dom de Deus, crente, você não pode perder. Mas o prêmio você pode perder. A primeira e bendita ressureição é uma recompensa àqueles ‘considerados dignos’. O reino dos céus, ou a era de glória por vir, é colocada diante de você como algo a ser buscado – Mt.5:1-12; Mt.6:1-16; Lucas 20:34-36; Apocalipse 11:18; Apocalipse 22:12; Lucas 14:12-14; 2 Tessalonicenses 1:5,11.
Vida eterna não é algo a ser buscado pelo crente. Isto é incredulidade. Ele já está salvo (Ef.2).
Mas nos é dito para buscar o reino de mil anos. É incredulidade e desobediência não fazer isto; Mateus 5:20; 6:33; 7:21; Lucas 12:31; Filipenses 3:14; Apocalipse 2:26,27; Colossenses 2:8.
Então é em relação ao reino milenar que Paulo está falando no texto citado de 1 Coríntios. É àquilo ao qual ele se refere, quando fala na Epístola de ganho ou perda: 1 Co.3:1-17; 4:1-11; 15:21-28. O apóstolo está escrevendo o tempo todo para santos justificados pela fé, e coloca diante deles o reino de glória como um prêmio a ser conquistado. Nesta Epístola ele trata da exclusão de crentes da igreja devido a ofensas específicas. Este é um testemunho da futura exclusão de alguns crentes do reino milenar. Existem ofensas contra as quais o Espírito de Deus direciona que os culpados serão excluídos da comunhão presente da mesa do Senhor: 1 Co.5:11-13. Por estas mesmas ofensas o Espírito Santo declara, que esses crentes serão excluídos do reino milenar. 1 Co.6:8-11.
Muitos, muitos receberão o dom, mas perderão o prêmio. Isto tira toda a perplexidade relacionada a passagem citada em nossa consideração. O dom da salvação é dado pela fé. O prêmio é algo a ser buscado com esforço. Quando Paulo diz – “tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” – do que ele está falando? Da vida eterna? (ou salvação?) Será que ele quer dizer, que se você não receber a glória que ele se refere, você estará perdido para sempre? De jeito nenhum! Ele está falando do prêmio, não do dom; da recompensa dos mil anos, não da vida eterna.
Ele está ilustrando o assunto usando como referência os jogos Gregos.
- Quem pode disputar os prêmios oferecidos? Apenas os homens livres da Grécia. Escravos e estrangeiros eram proibidos. Assim também é aqui. Quem pode buscar o prêmio de Deus? Não os escravos de Satanás e do mundo, apenas os libertados por Deus em Cristo. Paulo era aceito em Cristo, e tinha certeza da vida eterna. No entanto ele escreveu que estava certo de agradar seu Mestre; sua preocupação era, de abandonar o curso do negar a si mesmo e então se tornar reprovado.
- Qual era o resultado para aqueles que, nos jogos Gregos, falhavam em alcançar o prêmio?Digamos que cento e cinquenta iniciassem a corrida. Cento e quarenta e nove seriam desclassificados. O que aconteceria com eles? Eles seriam crucificados na trajetória da corrida? Não faz sentido! Pode ter havido dez que perderam a corrida por nada menos que meio segundo. Chegaram tão perto do vencedor! Já é um vexame suficiente perder o prêmio; mas não havia uma punição adicionada a sua perda.
MAS COMO O PRÊMIO DEVE SER BUSCADO?
Devemos olhar para o assunto sob três pontos de vista; em referência a (1) A Corrida; (2) o Treinamento; e (3) o Prêmio.
O apóstolo ilustra o assunto usando os jogos da antiguidade.
1. A CORRIDA
O Estádio, ou distância a ser percorrida, era de 182,88 metros. Os candidatos eram organizados em linha, esperando o sinal para a competição começar. Uma vez dado o sinal, tudo era zelo, atividade, esforço incessante empreendido em direção ao alvo! Tudo o que poderia enredar, dificultar, trazer peso ao corredor era jogado fora; Hebreus 12:1,2. Muitos empenhavam-se; apenas um poderia obter a coroa de louros da vitória. Cada um, portanto, era obrigado a empreender seu máximo esforço, para destituir seus competidores semelhantes a si mesmos.
Mas “um recebia o prêmio”. Se três ou mais chegassem igualmente ao alvo, de forma que os juízes não pudessem detectar qualquer diferença a favor de um deles, esses três deveriam competir novamente, até que um apenas fosse declarado superior.
A exortação do apóstolo em seguida é – ‘Imite esse zelo! Lute, como se apenas um fosse ser coroado, e para que esse seja você. Não é este o caso no que tange ao prêmio de Deus, que se pode ganhar, mas se esforce como se assim fosse.’
Você, crente, deve perseguir isto como objetivo. “Correi de tal maneira que alcanceis.” “Que alcanceis”, é uma palavra para todos os Cristãos. O que diremos então aqueles Cristãos que excluem toda a busca pela “recompensa”? Que pensam que isto é mercenário? Eles estão certamente errados. Deus nos ordena a buscar a recompensa por Ele como um objetivo a ser perseguido. “Correi de tal maneira que alcanceis.” “…e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem pode aceitar isso, aceite-o.” – Mateus 19:12.
Ambição pela glória de Deus é um santo desejo. “Mas quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos; e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que te retribuir; pois retribuído te será na ressurreição dos justos” – Lucas 14:13-14. “…vai e reclina-te no último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante de todos os que estiverem contigo à mesa”. vs.10. “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus, que não haja de receber no presente muito mais, e no mundo vindouro a vida eterna.” – Lucas 18:29.
O tempo presente é tempo para entrega, com o reino da glória em vista; e enquanto a recompensa começa aqui, será recebida plenamente na era que há de vir, ou no reino milenar de Deus. Romanos 2:5-16; 1 Pedro 5:1-4.
2. O TREINAMENTO
(1) Isto era algo a ser considerado como necessário em si mesmo, para que seja desenvolvida a força nos músculos utilizados na corrida; e para dar força aos pulmões, tão necessários para manter a rapidez dos pés até o fim do percurso. É evidente que o corredor não treinado, mesmo com outros pontos similares, não teria chance de sucesso contra um candidato exercitado.
(2) Mas isto era algo também requerido pelos administradores dos jogos. Por dez longos meses preliminares os candidatos eram colocados sob um severo sistema de dieta e exercícios. Mas tudo era direcionado a remover gordura e carne supérfluas, e para conceder tônus e vigor a toda a estrutura. A quantidade de comida e sua qualidade, e os exercícios preliminares eram bem arranjados; e deveriam ser submetidos àqueles que buscavam o prêmio.
Paulo está mostrando, em contrapartida à grande licenciosidade e auto-indulgência que os Coríntios estavam se permitindo, como participantes de festas idólatras, etc., que a abnegação é exigida por Deus daqueles que irão finalmente trazer glória a Ele. Nós que somos crentes estamos nos submetendo ao treinamento de Deus, e não podemos viver segundo a carne, nem nos aproximar do mundo, ou buscar seus prêmios, como outros fazem. O apóstolo, então, apresenta a nós no capítulo seguinte sua própria abnegação. Enquanto, como um apóstolo, ele poderia com justiça demandar o suprimento de tudo que precisasse por aqueles a quem ele ministrou a verdade salvadora, e a quem ele comunicou os dons sobrenaturais pela imposição de mãos, ele abriu mão de suas demandas, e trabalhou com suas próprias mãos para se sustentar. Agora isto se torna sua glória e recompensa na vinda de Cristo. Assim, sua conduta se destacou em nítido contraste com a deles. Paulo abriu mão de seus justos direitos e absteve-se de coisas lícitas, para não perder a aprovação do Salvador e a glória da primeira ressurreição.
3. O PRÊMIO
“…eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, (o fazermos para obter) uma incorruptível…”
Qual era o objetivo que levava a um abandono tão grande da tranquilidade e conforto? O que demandava tanto esforço, tanto gasto de tempo e dinheiro? O que custava tanta ansiedade?
Suponha-se o favorecido! O que você ganhou? Uma grinalda de salsa ou de oliveira, de louro ou de pinho! Este era o prêmio! Logo fulminada, se desintegrando ao pó, no entanto cuidadosamente preservada.
Mas o nosso prêmio é um prêmio digno de Deus, digno dos nossos melhores esforços. Não seria um objetivo digno de ser buscado, a entrada no reino da glória por mil anos? E neste reino, como no império Romano, haverão coroas para os vários serviços preparadas para adornar a fronte dos vencedores.
Para a vida de um cidadão salvo na batalha, um tipo de coroa era dada por Roma; para o bravo guerreiro que foi o primeiro a forçar seu caminho no campo inimigo, outra. No reino de Deus a mesma coisa acontece; e o conquistador vai usar para sempre essa coroa imarcerscível; 1 Pedro 5:4; Apocalipse 2:10.
Observe de novo, que a posição verdadeira de um Cristão, como evidenciado tanto pelo exemplo como pela exortação de Paulo, é de buscar a recompensa de Deus.
“…eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, (o fazermos para obter) uma incorruptível…”
Aquele que conhecia melhor o valor do prêmio, batalhava ao máximo para obtê-lo.
“Pois eu assim corro, não como indeciso”
- Aqui temos o apóstolo como corredor. Ele estava avançando para o alvo, não se contentando com o passado; não se vangloriando de suas renúncias e feitos, mas ávido para terminar sua trajetória com alegria. Grande era sua diligência, grande abnegação, grandes sofrimentos por Cristo. Ele suportou fome, sede, nudez, fadiga, naufrágio, prisões, açoites e apedrejamento. Tudo era nada, desde que ele ganhasse o prêmio de seu chamamento celestial.
Em outro sentido, sua posição era grandemente superior a daqueles inscritos nas listas Gregas. Todos participaram do treinamento e da luta, totalmente incertos quanto ao resultado final. O homem que foi o mais diligente e consciencioso em obedecer todas as regras e acompanhar todos os exercícios, pode ainda perder o prêmio. No entanto não é sua culpa, mas devido ao superior vigor de um dos seus rivais ele pode ser derrotado em suas esperanças. Não é assim com Paulo, não é assim com o Cristão. O obediente, o abnegado, o servo diligente não perderá sua recompensa: “…cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho” – 1 Co.3:8. “Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra”. Apocalipse 22:12 - Mas Paulo se compara a um boxeador, o lutador de um prêmio comum nos seus exercícios, que golpeia um oponente imaginário; ou quando envolvido em uma luta às vezes erra um golpe. Paulo não, Ele buscava dominar seu corpo como um antagonista, porque se não resistir a ele, este pode privá-lo da recompensa a aprovação do Senhor naquele dia. O indolente e inútil servo não vai entrar no salão de festa, mas será colocado nas trevas exteriores, com lágrimas para lamentar sua loucura. – Mateus 25.
- Enquanto Paulo foi conduzido adiante pela esperança, ele era mantido no seu curso de vida através do temor. “Para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.”
Nos jogos da Grécia, um arauto preparava os lugares dos corredores, definia as leis da competição e dava o sinal da corrida. Isto se assemelhava a atitude de Paulo, o apóstolo. Ele proclamava o reino porvir e suas glórias; ele chamava todos os crentes a buscar estes prêmios, e preparava o treinamento dos candidatos. Quão triste, que alguém tão notável pudesse enfim ser rejeitado como não digno do reino no qual seus pupilos entraram! Grande seria sua queda e vergonha, justo na proporção de quão alto ele estava assentado durante o dia da competição.
A) São as coisas assim? Então o que diremos aos Cristãos que dizem – ‘Deixe-me apenas ser salvo, isto é tudo que me importa! Se eu puder pelo menos entrar nas portas do céus, isto é suficiente para mim!’
Eu diria – ‘Irmão, se você crê no Filho de Deus, você já é salvo. Mas no dia da glória milenar, você vai chorar amargamente e em vão como Esaú, e você vai descobrir que será rejeitado por Cristo, não sendo considerado digno de entrar no Seu reino (Hebreus 12:16,17). Sendo obrigado a esperar mil anos, enquanto outros estão desfrutando essa felicidade! Vai parecer quase que uma eternidade ter que esperar pela salvação – ‘Levante-se então! Busque o prêmio! Aqueles que não correrem não o obterão. Eles não colherão, se não plantarem.’
B) Mas existem crentes que se misturam com o mundo e suas buscas, e que estão sendo levados por seus prazeres, chegando tão próximos daquilo que é danoso e proibido, quanto suas consciências ou o clamor, dos seus irmãos, os permitirem. Para estes essa passagem diz – ‘Irmão, estamos em tempo de treinamento! Você é chamado a abrir mão mesmo daquilo que em si mesmo é licito, para que você não perca o prêmio. Melhor usar de abnegação, e abrir mão dos prazeres desse mundo que são inimigos de Cristo, do que ser rejeitado por Ele como reprovado, e excluído do Seu dia de recompensa e glória!’
C) Irmãos em Cristo! Veja aqui um exemplo da palavra do Salvador – que os filhos dessa geração são mais sábios em sua geração que os filhos da luz são em relação ao porvir, suas riquezas e glória.
Eles colocam todas as suas energias, e fazem alegre rendição de muitas coisas por expectativas na presente vida. O prêmio colocado diante de nós por Deus não deveria nos animar a nos esforçar e abnegar? Somos chamados a uma vida de serviço, não uma vida de indolência. Somos chamados a uma vida de disciplina, não de auto-indulgência. Ao nosso redor temos uma grande quantidade de exemplos de frouxidão de princípios e de caminhar entre Cristãos. Em alguns casos é difícil distinguir entre o cristão e o mundo. Mas nossa conduta aguarda a decisão final do Senhor Jesus na Sua vinda. Ele aprovará? Ou se recusará a nos recompensar?
Trabalhe para Cristo! Memorável foi a declaração dos guerreiros Maometanos. Khalid tinha, depois de um longo e árduo conflito, provado a vitória diante de Damasco sobre um campeão cristão. Não havia muito tempo que a luta tinha terminado, e ele montou um novo cavalo, e o empurrou para o front da batalha. ‘Descanse um momento (disse seu amigo Derar), permita-me que eu tome o seu lugar; você está fatigado na luta contra esse cão!’ ‘O Derar’, respondeu, ‘vamos descansar no mundo por vir! Aquele que trabalha hoje, descansa amanhã.’
Isto é verdade em relação ao trabalhador e guerreiro Cristão. Hoje é o dia de conflito, amanhã é o dia de vitória. Hoje é o dia de treinamento, amanhã é o dia da recompensa e da coroa. Vamos gastar nosso tempo com uma visão da decisão de Cristo. Esse é um campo para genuína ambição. Nós devemos desejar ou buscar com zelo por essa glória que será concedida por Cristo. Se a glória que vem do homem pode estimular esse zelo, esforço e abnegação, quanto mais a aprovação de Cristo e a coroa que será por Ele concedida ao conquistador diante da grande congregação, deveria nos encorajar a diligência e abnegação. Busque a glória que vem de Deus e a entrada no reino que Cristo dará àqueles a quem aprovar!
Isso caiu nas mãos de alguém buscando reconciliação com Deus? Você tem buscado, amigo, se recomendar ao Altíssimo pelas suas palavras e obras? Essa luta é vã. Você não pode ganhar a vida eterna por seus esforços. É um dom de Deus a todo aquele que crê em Seu testemunho sobre Seu Filho que foi morto por nossos pecados e ressuscitou.
Não se engane nisto! Ninguém pode ser salvo, exceto pela obra de outro; pela morte, ressureição e retidão do Senhor Jesus Cristo. Você vai aceitar o dom de Deus? Isto pode ser feito em um instante. Quando tempo leva para aceitar uma cédula de mil libras? Muito? ‘Isto acontece em um segundo! Então você pode tomar Deus pela Sua palavra. “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” – Romanos 6:23.
Você crê no testemunho sobre o reino milenar do nosso Salvador que está por vir? Depois que você é salvo em Cristo, você deve então buscar este dia de glória.
Receba o dom, e então você deve começar a perseguir o prêmio!
Extraído do livro “Kingdom Studies” (Estudos sobre o Reino) – capítulo 1Publicado pela Schoettle Publishing
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3 Comentários. Deixe novo
Muito esclarecedor, obrigado por postarem este artigo, o Senhor abençoe estas mensagens para que continuem edificando o Corpo de Cristo!
Muito bom este estudo ,, tem mas capítulo traduzindo desse livro
Obrigado irmão por estes estudos. Deus abençoe vcs sempre em Cristo Jesus.