A incomparável Palavra de Deus

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O artigo “A incomparável Palavra de Deus” é composto por extratos selecionados das páginas 4 e 5 do livro “Knowing the Scriptures – Rules and Methods of Bible Study” de Arthur T. Pierson.

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Arthur T. Pierson (1837-1911)

“Magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra” (Salmo 138:2).

As palavras do Salmista podem se referir inicialmente à alguma palavra de Deus específica, alguma promessa, como aquela registrada em relação ao futuro da própria família de Davi (2Sm 7:11; 2Sm 7:19); mas, a maior verdade contida e transmitida nessas palavras tem um escopo e aplicações muito mais amplos que podemos transmitir, e agrega todo o conjunto das Sagradas Escrituras. 

Para aqueles a quem elas são endereçadas, as Escrituras tem poder para convencer e converter, santificar e edificar; mas tem ainda um poder e competência mais elevados: elas são um espelho de seu Autor; criadas para primeiramente revelar, descortinar, magnificar e glorificar Aquele de quem elas originalmente foram derivadas.

Devemos também nos lembrar que essa elevada homenagem à Palavra de Deus foi verbalizada quando o seu autor só contava com a Palavra Escrita. Não temos dúvida de que a Palavra Viva é uma revelação ainda mais completa da expressão mais íntima de Deus. Na encarnação ”o Verbo se fez carne e habitou entre nós” como uma Presença Viva. Na Pessoa de Seu Filho, o Logos, a Palavra Encarnada, o Pai Se fez conhecer como nunca anteriormente, com nova clareza e plenitude de revelação.

Entretanto permanece verdadeiro que, nas Escrituras Inspiradas, Deus glorificou Seu nome e Sua natureza. Nelas, Ele revela Seus pensamentos, coração, vontade – todo o Seu caráter – e especialmente, Sua atitude graciosa para com os pecadores, e isso, de tal maneira e medida a ponto de tornar as revelações anteriores de Sua Pessoa na criação do universo material e no controle da história humana comparativamente obscuras e confusas, assim como seria compararmos os primeiros raios de luz do amanhecer com as luzes mais fortes do pleno dia.

Nunca foi encontrado um substituto para a Palavra escrita de Deus.

Em cada área da nossa vida, existe a necessidade de algum padrão exato e invariável, como nos pesos, nas medidas e no tempo. Isso nos impulsiona a recorrer às obras de Deus na busca de orientação, pois somente em Sua Palavra são encontradas formas perfeitas e modelos imutáveis.

Os melhores relógios e cronômetros precisam ser ajustados ao relógio da natureza – que é o relógio de Deus, que não variou um segundo sequer desde que Ele apontou o sol, lua e estrelas para indicar os tempos e estações. 

Assim, por mais confiáveis que nos pareçam os oráculos humanos, precisamos finalmente nos voltar para a Palavra Inspirada, onde em vez de ambiguidade e afirmações duvidosas, encontramos ensinos claros e definidos, cheios de autoridade e infalíveis.


A. T. Pierson (1837-1911) foi pastor, editor, escritor e mestre fiel da Palavra. Durante seu ministério, foi um líder entusiástico de missões, dedicando-se a atividades evangelísticas e ensino da Palavra de Deus. Foi amigo de C. I. Scofield, D. L. Moody, George Muller, A. J. Gordon e C. H. Spurgeon. Ele foi um dos autores de uma das mais conhecidas biografias de George Muller – “George Muller of Bristol”. Também sucedeu C. H. Spurgeon no púlpito do Metropolitan Tabernacle no período de 1891 a 1893. Apesar de sua extensa obra literária, temos poucos títulos traduzidos para a língua portuguesa, um deles é o livro “Chaves para o Estudo da Palavra”, publicado pela Edições Tesouro Aberto. 

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