Uma geração de adoradores

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Uma geração de adoradores é um artigo baseado em meditações no capítulo 4 de Rute. Tomamos por referência o cap 6 do livro “Vida em um plano mais alto”, de Ruth Paxson e o cap 6 do livro “The Pathway of the Heavenly Vision” de T. Austin-Sparks.

“Noemi tomou o menino, e o pôs no regaço, e entrou a cuidar dele. As vizinhas lhe deram nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi. São estas, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom, Esrom gerou a Rão, Rão gerou a Aminadabe, Aminadabe gerou a Naassom, Naassom gerou a Salmom, Salmom gerou a Boaz, Boaz gerou a Obede, Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi” (Rt 4:16-22).

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O servo adorador

“Noemi tomou o menino, e o pôs no regaço, e entrou a cuidar dele. As vizinhas lhe deram nome, dizendo: a Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi” (Rt 4:16-17).

A partir de agora o nome do neto de Noemi é trazido à luz. O seu nome é Obede e seu significado é SERVO ou ADORADOR. O que isso quer dizer? Que o fruto da nossa união com o Senhor vai produzir uma expressão visível de adoração e serviço. Isso nada mais é do que uma expressão daquilo que está acontecendo dentro de nós. É fruto da nossa união com o Senhor Jesus. 

Em Êxodo 21, encontramos um escravo que, ao lhe ser permitido tornar-se livre, decide, por amor, permanecer para sempre como servo do seu senhor: 

“Porém, se o escravo expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos, não quero sair forro. Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre” (Êx 21:5-6).

Agora o serviço desse escravo seria fruto de amor e não mais de obrigação. 

No Salmo 40:1-6, no verso 6, a expressão “abriste os meus ouvidos” na verdade equivale a “furaste a minha orelha”, no original. Esse salmo, em referência a esse escravo por amor de Êxodo 21, profetiza a respeito do próprio Senhor Jesus, que manifestou, em sua expressão máxima, a verdadeira realidade do servo de amor. Ele serviu ao Pai antes da cruz, Ele serviu na cruz, Ele serve agora e servirá perpetuamente. 

Nós somos chamados a esse serviço de adoração voluntária também. Servimos ao Senhor, mas não porque fomos obrigados a isso, mas por amarmos o nosso Senhor. Por isso, nosso serviço é regado de adoração e louvor – é isso que queremos e desejamos. Experimentar isso hoje aqui é uma prévia do céu! Essa experiência do serviço e da adoração é algo que perdurará pela eternidade. 

“Quando nos tornamos servos e adoradores, é um sinal de que verdadeiramente fomos libertados. “Senhor, deveras sou teu servo, teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias” (Sl 116:16).

Isso é uma verdade em todas as dispensações. Quando Israel estava no Egito, eles serviam ao Faraó e não a Deus. Eles eram o povo de Deus, mas serviam ao pecado e ao mundo. Porém, quando o poder de Deus, manifestado na Páscoa, os redimiu do Egito, Israel tornou-se servo e adorador (Êx 15). Assim será também naquele dia quando Israel for libertado de todos os seus inimigos (Sl 22:26-31; 110:3). Mas a perfeição do serviço e da adoração só é encontrada quando a obra da redenção atinge o seu ápice: quando os redimidos de Deus são feitos um com o Redentor. “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 3:23-24). De fato, o Pai procura servos e adoradores.

“Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne” (Fp 3:3).

No céu, não seremos exortados ou ensinados, pois não mais precisaremos de conforto, fortalecimento, edificação, correção ou de mais conhecimento e sabedoria (1Co 13:3-12). Lá não mais nos reuniremos com esse propósito, apesar de tais reuniões serem tão preciosas aqui na terra. 

Os louvores, as expressões de gratidão e a adoração, contudo, jamais cessarão no céu. Ali, a Igreja se reunirá ao redor do Cordeiro imolado a fim de render-Lhe a perfeita adoração. Isso nos mostra que a adoração é o mais precioso culto que podemos prestar a Deus. Enquanto estivermos neste mundo, Ele continuará a nos ensinar e exortar por meio de Sua Palavra. Porém, desde já, Deus deseja levar-nos a viver daquilo que está descrito em Apocalipse 5 — a Igreja reunida em torno do Cordeiro imolado, rendendo a Ele e ao Pai ações de graças e adoração provenientes de seu coração. Desfrutar dessa cena é uma prévia do céu!” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).

O servo adorador expressa o que Deus é, e nos torna amigos e amados de Deus

“…Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi” (Rt 4:17).

• Obede = Servo ou Adorador
• Jessé = “O que é” ou “Javé é”
• Davi = “Amigo” ou “Amado”

Obede iria gerar Jessé, trazendo nesse nome a expressão de quem Deus é. Esse também é o resultado do nosso serviço e adoração em amor pelo Senhor – vamos expressar naturalmente, na nossa vida prática, o que o Senhor é.

“Quando estamos ocupados com a adoração ao Pai e à Pessoa e obra do Filho, então ela penetra em todo o nosso ser e em toda a nossa vida. Ver e reconhecer o Pai e o Filho em tudo se torna uma realidade viva para nós.” 

Servindo-o em verdade, tornamo-nos Seus amigos e amados, da mesma maneira que o grande Filho de Davi era. Jesus é o Amado do Pai (Ef 1:6), é chamado de “o Filho do seu amor” (Cl 1:13); nEle o Pai se compraz. Nós temos comunhão com o Pai e com Seu Filho, Jesus Cristo (1 Jo 1:3). Quão maravilhoso é sermos aqueles a quem o Pai e o Filho comunicam Seus pensamentos (Jo 15:15)!” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).

“Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Jo 15:15).

As gerações, seu sentido espiritual

“São estas, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Hezrom, Hezrom gerou a Rão, Rão gerou a Aminadabe, Aminadabe gerou a Naassom, Naassom gerou a Salmom, Salmom gerou a Boaz, Boaz gerou a Obede, Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi” (Rt 4:18-22).

“O livro de Rute termina efetivamente no versículo 17, onde já foi alcançada a verdadeira posição, que é tornar-se um com o Cristo ressurreto e glorificado do qual Boaz é símbolo. Isto também significa que temos comunhão com o Pai e com o Filho de modo prático, como adoradores. 

A genealogia com a qual estamos tratando é um apêndice e deve ter um sentido especial. Historicamente, ela serve para nos mostrar que Rute foi realmente incluída na genealogia do Senhor Jesus, algo enfaticamente declarado em Mateus 1. Além disso, ela tem um sentido espiritual e, para entendê-lo, precisamos estudar o significado dos nomes.

Genealogias-rute
O número 5 representa responsabilidade do homem para com o seu Criador (*). Aqui temos 2 x 5, enfatizando a responsabilidade.

(*) 5 representando responsabilidade do homem para com Deus:

    • Parábola das 10 virgens – 5 prudentes e 5 néscias.
    • 5 pães entregues pelo homem para o Senhor multiplicar.
    • 5 pedras de Davi usadas na luta contra Golias.
    • 5 ofertas em Levítico relacionadas às obrigações do homem diante de Deus.
    • 5 dedos de cada mão (nossas ações).

 

Essa genealogia está dividida em dois grupos de cinco. O primeiro grupo traz nomes de pessoas que viveram em alguma época do período do Egito e do deserto, enquanto o segundo grupo de cinco está relacionado a pessoas que viveram no tempo em que o povo de Israel já estava em Canaã.  

Cinco é o número da responsabilidade do ser humano como criatura, sustentada e controlada pelo Criador.  E aqui o cinco é duplamente enfatizado pelo Espírito Santo, pois certamente há nomes que Ele deixou de fora, para que fossem registrados somente dez (ou 2 x 5). Podemos concluir, então, que o Espírito Santo expressamente escolheu estes cinco nomes para nos comunicar Seus pensamentos. 

Falamos anteriormente sobre as Igrejas da Ásia, e como Filadélfia foi a única elogiada pelo Senhor. Ela representa a Igreja em unidade com o Senhor Jesus. No versículo 11, do capítulo 3, o Senhor a admoesta: “Conserva o que tens…”. O Senhor não mencionou nada de errado a seu respeito, mas Ele a lembra de sua responsabilidade – afinal eles eram fracos, mas também eram fortes devido a sua unidade com o Senhor.  A responsabilidade do homem é CONSERVAR O QUE TEM. O Senhor deseja essa união, como aconteceu com Rute e Boaz, e tudo é feito pela graça – a graça nos coloca ali – e nessa posição o Senhor diz: “Conserva”. Por isso, essa genealogia é dividida em dois grupos de 5, para não perdermos o que recebemos do Senhor Jesus.

Essa genealogia se inicia com as gerações de PEREZ, que significa “o que rompe” ou “abertura”. Sua linhagem nos indica como podemos aprender a ser vencedores. É fato que o poder de Deus opera em nós, mas aqui ele aparece em conexão com nossa responsabilidade. A história do nascimento de Perez deixa claro o resultado do poder que opera em nós (Gn 38:27-30). 

Ele e seu irmão gêmeo, Zera, simbolizam o fato de que, quando nascemos de novo, recebemos uma nova natureza, mas a velha natureza também permanece em nós. “Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois o espiritual” (1 Co 15:46).

Zera pôs sua mão para fora, e a parteira pensou que ele seria o primeiro a nascer. Mas Perez irrompeu e tornou-se o primogênito. Embora o homem de Romanos 7 tenha nascido de novo, ele é tipificado por Zera. Perez tipifica o homem de Romanos 8, que é dirigido pelo Espírito. Nele, a exigência da lei – a obediência – é cumprida por meio do poder divino que habita seu ser; a velha natureza – o homem natural – é tida como morta. Somente o Espírito Santo, que opera na nova natureza, pode mantê-la no maravilhoso lugar a que esta pessoa foi elevada. O homem de Romanos 7 precisa romper e entrar em Romanos 8. Ali ele experimenta a vida abundante do Senhor que o livra do velho homem. 

O fruto de Perez, Esrom

Quando entramos nessa vida com o Senhor Jesus, vemos que o fruto disso tudo é Esrom, “o encerrado”, “o cercado”. Deus disse a Jerusalém: 

“Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória” (Zc 2:5). 
“Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o SENHOR, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre” (SI 125:2). 
“O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (SI 34:7). 

Em Jó 1:9-10, Satanás acusa Deus de cercar e proteger Jó. Quando o poder de Deus tem liberdade para agir em nós — como vemos em Perez — a consequência é que Deus realmente nos cerca de tal forma que o inimigo não nos poderá tocar. 

Rão, o filho de Esrom

“Depois nasce Rão (alto). Somos levados aos lugares celestiais, contemplamos a herança a partir da visão do alto, dos lugares celestiais em Cristo Jesus. Somos como Moisés, que esteve com Deus no monte por quarenta dias, viu a glória, a misericórdia e a benevolência do Senhor, e refletiu esta glória e misericórdia a outros (Êx 34:4-7, 29-30; 2 Co 3:18)”. (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).

“E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2:6).

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1:3).

Aminadabe

“Rão, por sua vez, gerou a Aminadabe, que significa “povo do doador voluntário” ou “povo voluntário”. A partir dos lugares altos, nos tornamos um povo doador ou voluntário. Este significado é expresso em Cantares 6:12 onde a noiva fala: “Não sei como, imaginei-me no carro do meu nobre povo!”. Mas o primeiro significado deste nome também é verdadeiro. Quando estamos com o Senhor no alto lugar, nós o vemos como o Grande Doador. Ali conhecemos nossas riquezas, que são resultado da Sua doação. Nosso coração fica ligado a esse lugar, pois como é bom estar com Ele ali!” (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).

Nassom

E há mais ainda! Aminadabe gera a Naassom, o “vidente”. Do topo da montanha, podemos ver diante de nossos olhos a terra em toda a sua glória e beleza, da mesma maneira que Moisés a viu (Dt 34:1-4), com a absoluta certeza de que um dia a possuiremos.  Nossa ótica muda, temos a visão do Senhor Jesus, podemos ver muito além do que os nossos olhos naturais podem nos mostrar.

Salmom

Salmom quer dizer “vestido, vestidura ou revestido”. Aqui já desfrutamos do Senhor Jesus, pois Salmom já entrou na terra prometida. Ele se casou com a Raabe, que bem conhecemos. Essa mulher, apesar de sua origem, já desfrutava da herança do povo de Deus também, pois tinha sido regenerada. Ali ela também havia passado pelo sangue. 

Aqui aprendemos que, assim como Raabe, nós também que já fomos vestidos (nome de Salmom) da mais preciosa vestidura. Podemos nos lembrar de quem éramos e que fomos lavados pelo Senhor Jesus. Agora desfrutamos dessa terra prometida. 

Esta vestidura é o próprio Senhor Jesus, “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados” (Ef 1:7). 

Boaz

“E vemos que não apenas fomos redimidos, mas temos um poder que age em nós (Boaz: “nele há força” ou “poder”). Tal poder ressuscitou dentre os mortos Aquele que morreu por nós e O colocou “acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro” (Ef 1:18-23)”. (HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).

“Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” Rm 8:10,11).

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Ef 3:20).

Obede, Jessé e Davi

“Quando finalmente entendermos tudo isso, seremos movidos voluntariamente ao serviço e à adoração [Obede], e teremos comunhão prática com o Pai e o Filho, conscientes de que somos objetos do Seu amor e favor. Isso está expresso nos nomes de Obede, Jessé e Davi. Além disso, Deus nos dá o conhecimento maravilhoso de que, embora possamos ter corrompido tudo o que Ele nos concedeu, jamais poderemos corromper Sua obra.

Jessé (“Javé é”) fala-nos de que Jesus Cristo “ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13:8). Ele disse: “Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16: 18). Ele a irá “apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante” (Ef 5:27). 

Temos assim a imutável e inabalável segurança de tudo o que é de Deus. Apenas esperamos a volta do Senhor, que tomará para Si a Sua Igreja e a introduzirá na casa do Pai. Então desfrutaremos do mais perfeito descanso não somente para nossa consciência, mas também para nosso corpo. Ali conheceremos a plena alegria do novo cântico: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhes os selos, porque foste morto e com teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda a tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituístes reis e sacerdotes” (Ap 5:9-10).

Esse é o caminho e esses são os meios pelos quais somos mantidos na posição que o Senhor deseja por intermédio do poder que em nós opera, se permitirmos que tal poder tenha livre curso em nós e através de nós.

Que nossa fé aumente a ponto de vencermos este mundo (1Jo 5:4) e de esperarmos pelo vindouro. O mundo atual rejeita o Filho de Deus, mas o mundo vindouro O reconhecerá. Este “mundo perverso” (Gl 1:4) vendeu Jesus por trinta moedas de prata e O crucificou. Foi a “concupiscência da carne” (l Jo 2:16), a “fascinação das riquezas” (Mt 13:22), o receber “glória uns dos outros” (Jo 5:44) e o vender e comprar, plantar e edificar, comer e beber cotidianos deste mundo mal que crucificaram Jesus. O crime foi cometido devido àquilo havia de mais estimado neste mundo. E é esta mesma estima pelas coisas do mundo que não deseja que Ele venha e reine novamente. Mas Seu dia está chegando como um ladrão à noite.

Amados! Não amem o mundo nem as coisas que há no mundo [1Jo 2:15]. Lembremos da mulher de Ló. Estejamos entre os que esperam pela vinda do Senhor, que já morreram com Cristo e se gloriam apenas em Sua cruz! [Gl 6:14] Estejamos entre os que valorizam o precioso sangue do Filho de Deus, derramado pelo mundo, atitude pela qual deverão prestar contas! Estejamos preparados para sermos rejeitados por este mundo, da mesma forma que Ele foi. Sabemos que dentro em breve Ele confessará nossos indignos nomes diante dos anjos de Deus, e que seremos apresentados diante dEle sem mancha, com alegria e júbilo transbordantes. 

Que o Seu precioso Nome seja louvado e glorificado por toda a eternidade, pois somente Ele é digno!”.

(HEIJKOOP, HL – Estudos RUTE-Capítulo 4).

***

“Todo o período dos Juízes foi caracterizado pelo fracasso do povo em realizar o grande ideal da Teocracia. Eles não tinham rei porque tinham sido desobedientes ao Único Rei. Em breve os ouviremos demandar por um rei “como os das nações”, e o rei que será nomeado e reinará por quarenta anos os levará a aprender a diferença entre o governo terreno e o governo direto de Deus. 

Então, o homem segundo o coração de Deus o sucederá; e esse homem será Davi, descendente dessas almas que, em dias difíceis e sombrios, realizaram em suas próprias vidas o ideal Divino, ao caminharem humildemente com Deus. 

Mas este livro lança sua luz muito mais à frente. Depois do transcorrer de séculos, surgiu dessa união entre Boaz e Rute na fé e no amor, o Homem de Nazaré, Jesus, o Verdadeiro e Único Rei dos homens, porque Ele não foi apenas um Menino nascido de Maria, descendente deles, mas também foi o Filho de Deus, em toda a plenitude que esse título lhe conferia. Deus, com amor e poder, sempre avança em cooperação com a fé humana, ainda que em meio ao fracasso”. (MORGAN, G. C. – “Life Applications for Every Chapter of the Bible”).

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