Introdução ao estudo da epístola aos Hebreus

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“Introdução ao estudo da epístola aos Hebreus” é um artigo baseado em meditações na Epístola aos Hebreus. Tomamos por referência: “O Santo dos Santos: Uma Exposição da Epístola aos Hebreus”, de Andrew Murray (Editora Doze Cestos), The Epistle to Hebrews, de G. H. Lang, God’s Pilgrims, de Philip Mauro e Havendo Deus falado, de T. Austin-Sparks.

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“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo… Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hebreus 1:1,2; 2:1-3).

“Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes” (João 13:17).

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O propósito da epístola

O Pano de fundo

Essa carta foi destinada àqueles que tinham dado um passo real com Cristo, mas estavam a ponto de transformar o Cristianismo num Judaísmo que reconhecia a Jesus. Mas cabe lembrar que os judeus rejeitaram o Messias prometido que lhes fora apresentado. Por isso, a mensagem dessa carta trazia consigo a verdade de que todo o sistema judaico seria em breve varrido e todas as profecias em relação à rejeição e dispersão de Israel se cumpririam.

A condição espiritual dos hebreus

A condição religiosa daqueles a quem a epístola é dirigida não era nada correta ou satisfatória. Alguns haviam se tornado “tardios em ouvir”, enquanto outros não estavam “apegando-se, com mais firmeza, às verdades ouvidas” e estavam “negligenciando a tão grande salvação”. 

Eles não mais estavam “guardando firme, até o fim, a sua confissão” ou sua “confiança”. Sua vida cristã estava em uma pobre condição, a ponto de sucumbir. Alguns “haviam retrocedido”, correndo perigo de “falhar” e cair em “pecado deliberadamente”, “retroceder para a perdição”, apesar de terem recebido a promessa. Outros estavam prestes a desviar-se “daquele que do céu nos adverte” e corriam o risco de desistir de sua fé em Jesus. A condição da igreja demandava pela mais direta e solene advertência.

Uma mensagem para os últimos dias

“É claramente manifesto que a Epístola aos Hebreus tem uma mensagem especial para o povo de Deus, os estranhos e peregrinos na terra, que vivem os últimos dias dessa era. Ela fala com especial ênfase àqueles que estão aguardando o Filho de Deus para salvação (Hb 9:28), e que chegaram a um ponto no qual podem ver “que o Dia se aproxima” (Hb 10:25). Nessa epístola temos a verbalização do desejo do Espírito de que eles cheguem ao pleno crescimento (isto é, ao estado de filhos adultos), e que todo aquele que recebeu os princípios elementares da doutrina de Cristo mostre a mesma diligência para plena certeza da esperança até o fim (Hb 6:1,2).” (MAURO, Philip).

A Epístola aos Hebreus nos responde por que muitos cristãos permanecem ESTACIONADOS, não conseguindo avançar para ALÉM DOS RUDIMENTOS DA VIDA E PRÁTICA CRISTÃS, ou até mesmo RETROCEDEM para uma VIDA MUNDANA, DE FORMALISMO e INDIFERENÇA.

Essa epístola indica que somente o pleno e perfeito conhecimento do que Cristo é e o que faz por nós pode introduzir-nos à uma vida cristã plena e perfeita.

Somente aqueles que se esforçarem para entrar no descanso e que se deixarem levar à perfeição herdarão e desfrutarão plenamente das maravilhosas bênçãos da nova aliança asseguradas em Cristo.

O tema central

O GRANDIOSO OBJETO dessa epístola é CRISTO, Ressurreto, nos Céus, Glorificado, completamente capaz e apto para conduzir todo o propósito de Deus até o fim.

No entanto, o processo usado pelo Senhor para conduzir Seus filhos à maturidade fica também claramente demonstrado.

“O povo de Deus que está na terra no final desta era deve, por necessidade, encarar provas e privações peculiares, além de serem expostos a perigos bem específicos. Muitos textos das Escrituras testificam disso. Mas Deus criou uma especial provisão para aqueles que vão encarar as condições especiais dos últimos dias. A Epístola aos Hebreus é de particular valor para eles, porque aponta para a era porvir como algo iminente. Esta Epístola declara que é “dentro de pouco tempo” que “Aquele que vem” [Hb 10:37] realmente virá; e, tendo em vista este fato, temos a grande exortação para o exercício da paciência até o fim (Hb 10:36,37). Até o último momento, existe a possibilidade de falha ou de perda.” (Philip Mauro, Prefácio).

Devemos manter esses três pontos importantes diante de nós quando estudamos a Epístola aos Hebreus:

– CRISTO é a resposta para toda a necessidade presente da igreja.

– CRISTO é AMPLO e ILIMITADO, por isso devemos prosseguir no conhecimento dEle.

– Fomos chamados para SER PARTICIPANTES de CRISTO, não apenas beneficiários dEle.

Reforçando: O GRANDE OBJETO da Epístola aos Hebreus é Cristo, e nela vemos que em Cristo temos TUDO QUE NECESSITAMOS para uma vida de gozo, poder e vitória, desde que sigamos o Senhor de maneira plena e estejamos inteiramente rendidos ao que Deus, em Cristo, está disposto a fazer.

“O pensamento de Deus demonstrado nesta carta se relaciona à plenitude espiritual, e qualquer religião – até mesmo o Cristianismo – que misturar e confundir alma com espírito, sensorial com espiritual (como aconteceu ao Cristianismo-Judaico, e como tem acontecido ao Cristianismo organizado de hoje) está condenado ao mesmo destino do Judaísmo” (T. Austin-Sparks – Capítulo 1).

Deus nos fala em Cristo

Deus outrora falava em partes e de várias maneiras, pelos profetas, mas agora Ele nos fala de forma plena em Cristo. Ele não falará novamente, e, também não acrescentará ou mudará nada do que disse de modo tão conclusivo.

Hoje temos a plena Revelação da mente de Deus, e somos responsáveis por ela. Esta Revelação foi e está destinada a nos conduzir a uma posição espiritual que vai governar toda a nossa vida. A medida da nossa vida espiritual, em termos de satisfação Divina, será determinada por nossa compreensão viva e por nossa obediência a essa Revelação. Já o grau de nossa ineficácia e improdutividade, individual e coletiva, vai revelar o grau do nosso fracasso em assimilar esta grandiosa revelação.

O ministério sacerdotal do Filho

Hebreus nos fala do ATUAL MINISTÉRIO SACERDOTAL DO FILHO NA PRESENÇA DE DEUS – o que Ele faz lá agora? Aprendemos nessa epístola sobre Sua perpétua função como Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque, cujo cumprimento máximo foi profetizado por Zacarias: “Ele mesmo edificará o tempo do Senhor e será revestido de glória; assentar-se-á no Seu trono, e dominará, e será sacerdote no seu trono; e reinará perfeita união entre ambos os ofícios” (Zc 6:13).

Assim, nossa abordagem deve ser feita com os pés descalços: sem os sapatos do preconceito, da autossuficiência, do orgulho, do formalismo e coisas semelhantes.

A mensagem da epístola de Hebreus não aborda o Evangelho de Deus aos pecadores, mas se dirige a um povo que já foi redimido das amarras do pecado e do domínio da morte, a quem Deus está conduzindo “à Glória”.

A salvação dentro da Epístola de Hebreus

A “Salvação” mencionada em Hebreus não se limita a justificação do pecador dos seus pecados. A referência não se limita a reconciliação com Deus, por meio da Morte do Seu Filho, daqueles que por natureza eram inimigos de Deus. Isso porque:

  • O Filho de Deus não é Sumo sacerdote a favor dos não convertidos. Ele não intercede por eles, mas somente por Seu povo redimido. Para os não convertidos, o Evangelho é pregado com o poder do Espírito Santo que foi enviado pelo Senhor dos Céus. A obra do Filho de Deus pelos não redimidos está “concluída” e aguarda a apenas pela aceitação deles.
  • O sacerdócio não foi instituído no Egito, mas no deserto, depois que o povo de Deus já tinha sido redimido pelo sangue do cordeiro pascal (Êx 12), e já havia sido “salvo” para fora da terra do Egito, a casa da servidão, pelo grande poder de Deus demonstrado no Mar Vermelho, tipificando a Morte e Ressurreição de Cristo (Êx 14; Rm 6; 1Co 10). O sacerdócio foi instituído depois que o povo de Deus se tornou “estrangeiro e peregrino”, e estava em jornada para a Terra “da Promessa”.
  • Os sacrifícios mencionados em Hebreus não incluem o sacrifício do cordeiro pascal, que foi morto para redenção ainda no Egito, mas os sacrifícios mencionados são aqueles realizados no tabernáculo a favor do povo redimido.
  • A “tão grande salvação, anunciada inicialmente pelo Senhor” não se limita a justificação dos pecadores, mas à sua glorificação (“conduzindo muitos filhos à glória” – Hb 2:10).
  • A mensagem é endereçada a “santos irmãos, que participam da vocação celestial” (Hb 3:1), exortando-os para que retenham firme a esperança que está diante deles, e mantendo a confiança e regozijo dessa esperança, permanecendo firmes até o fim.
  • A “fé” mencionada em Hebreus não é a fé para salvação (Rm 10:9), mas a fé que traz santificação. Não é a fé que Abraão teve quando creu na promessa que seria pai de uma grande descendência, mesmo tento seu corpo praticamente morto, mas a fé que nos tira da morte para a vida.
  • A fé retratada em Hebreus é para a salvação da alma (Hb 10:39), exercitada por aqueles que já foram justificados. É a fé de Abraão manifestada pela OBEDIÊNCIA e PERSEVERANÇA, quando chamado para deixar sua terra e seguir para o desconhecido, para a Terra da Promessa. O efeito de ter esse tipo de fé NÃO É SER CONSIDERADO JUSTO, mas OBTER A RECOMPENSA (Hb 6:15; 10:36). Abraão morreu na fé, não tendo recebido a herança prometida, mas aguardando a cidade que tem fundamentos, da qual é Deus o arquiteto e edificador (Hb 11:8-10,13-16).

O Autor da epístola

“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre” (Dt 29:20).

“Saber quem foi o autor dessa epístola é um ponto de grande discussão. Considero essa questão infrutífera, uma vez que não temos informações suficientes para determinar isso, que não seja por inferência ou conjectura, o que só pode nos levar a estabelecer uma mera opinião a esse respeito. O comentário do Dr. Saphir a respeito de Melquisedeque nos ajuda nessa reflexão.

QUEM FOI MELQUISEDEQUE?

A Escritura não menciona propositadamente quem ele [Melquisedeque] foi. Gênesis tem extensas, completas e minuciosas genealogias; mas não informa a genealogia desse homem. Será que se nós soubéssemos quem ele foi, não estaríamos contrariando o sentido original dessa omissão do Espírito Santo? … Tudo que sabemos foi que Melquisedeque foi uma daquelas pessoas que permaneceu na terra, preservando o conhecimento primitivo de Deus, O adorando e governando em justiça. 

Com relação à todas as outras circunstâncias, nossa ignorância pode ser tomada por conhecimento. O elemento negativo não deixa de ser positivo. Se o homem tenta acrescentar algo que o Espírito Santo propositadamente excluiu do registro Bíblico, ele não será bem sucedido, caso contrário, corre o risco de militar contra o propósito e a palavra de Deus, impedindo-nos de aprender as lições que as Escrituras tentam nos ensinar… Em vez de satisfazer especulações extravagantes e fantasiosas sobre o indivíduo histórico, vamos dar importância às realidade espirituais que inspiram comentários dentro da informação que as Escrituras nos fornecem, tanto no tipo como na parábola. Vamos aprender também a partir dessa instância e de outros comentários do Novo Testamento a respeito dos tipos do Antigo Testamento, que o sentido tipológico é sempre obtido tomando por base aquilo que a própria Escritura diz a respeito’”. (LANG, G. H. – Prefácio, pg 14 – comentário de Dr. Saphir).

Por isso, devido a inexistência de material que nos permita formar uma opinião absoluta sobre a autoria da epístola, somos forçados a aceitar a conclusão que não é possível saber quem ele foi. Tudo isso nos leva a louvar Deus ainda mais, pois sabemos com certeza que o Espírito de Deus falou por meio daquele que escreveu essa epístola, que é uma das mais profundas e plenas revelações contidas na Bíblia, e a omissão do autor tem razões determinadas pelos conselhos Divinos e por Sua eterna sabedoria.

Destinatários da carta

Os judeus foram chamados “hebreus” desde Abraão que, em Gênesis 14:13 foi denominado assim. Ser um hebreu era considerada uma honra, como vemos na afirmação de Paulo referindo-se a si mesmo como “hebreu de hebreus” (Fp 3:5). 

Alguns afirmam que como não foi mencionado lugar ou igreja específica, a Epístola aos Hebreus possa ter sido dirigida a todos os cristãos entre os judeus.

A palavra hebraica “hebreu” traz o sentido de “aquele que passou por cima ou atravessou”. Podemos, portanto, considerar um hebreu como um “passageiro”. Certamente a mensagem dessa epístola é endereçada àqueles que são passageiros nessa era, que não tem aqui uma cidade permanente [Hb 13:14], mas que buscam a que há de vir.

Neste sentido, essa mensagem não é endereçada hoje aos Israelitas, que tem um lugar destinado no mundo e uma missão relacionada às nações, mas para os hebreus, que estão simplesmente passando pelo mundo, sem um lugar de permanência, tendo diante de si a promessa de uma cidade. Certamente não se refere ao local de onde saíram, porque poderiam voltar para lá, mas trata-se de uma terra da promessa. Desses, o Senhor não se envergonha de chamar de seu Deus (Hb 11:16).

Grande é a recompensa prometida àqueles que mantém o caráter de Hebreus “até o fim”. Essas coisas são bem distintas da remissão de pecados e da vida eterna. Esses são dons concedidos a todos os que creem; mas nem todos os que creem obterão as recompensas.

Correspondentemente grande será a perda daqueles que, por negligência ou incredulidade, abandonarem o caminho de peregrinos. Tendo isso em vista, vamos apontar, de forma tão clara quanto possível, os perigos que os peregrinos de Deus estão expostos, e a provisão que Ele, em sua maravilhosa graça, já preparou para protegê-los desses riscos.

Que possamos “não nos tornarmos indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas” [Hb 6:12].

“Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hb 10:37-39).

O Plano de estudo

“O conteúdo da epístola, tomando juntamente seu aspecto doutrinário e prático, pode ser resumido como: o poder da vida cristã reside no conhecimento do filho de Deus” (Andrew Murray – Introdução, pg 19).

O autor dessa Epístola desvenda três grandes mistérios:

1) O santuário celestial nos foi aberto, e podemos entrar na presença de Deus, com Jesus.

2) O novo e vivo caminho pelo qual Jesus entrou é o caminho do sacrifício pessoal e da perfeita obediência a Deus, e esse é o mesmo caminho que devemos percorrer.

3) Jesus é o ministro do santuário, o Sumo-sacerdote celestial, e a partir dali Ele nos concede as bênçãos desse santuário: o espírito e o poder da vida celestial.

A epístola pode ser dividida em duas partes:

Doutrinária – que apresenta a glória da pessoa e obra de Cristo (Hb 1:1 – 10:18).

Prática – que descreve a vida que o conhecimento de Cristo e a salvação que Ele nos concede nos possibilita viver (Hb 10:19 – 13:25).

Temos 12 seções na parte doutrinária:

1) Cristo, como Filho de Deus, é superior aos anjos (1:4-14).

2) Jesus, como Filho do Homem, é também superior aos anjos. Razões dEle ter sido feito menor que os anjos (2:5-8).

3) Cristo é superior a Moisés (3:1-6).

4) Jesus, nosso sumo-sacerdote, é superior a Arão (H 4:14 – 5:10).

5) O novo sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque (7).

6) O novo santuário e a nova aliança (8).

7) O poder do sangue de Cristo para inaugurar o novo santuário e a nova aliança (9).

8) O novo caminho para o Santo dos santos (10:1-18).

Na parte prática, temos 4 divisões:

1) A entrada e habitação no Santo dos santos (10:19-25).

2) A plenitude da fé (11:1-40).

3) A paciência da esperança (12:1-13).

4) O amor e boas obras (13:1-25).

Também temos 5 advertências, que podem ser lidas fora do texto sem prejudicar o argumento geral:

RESUMO ADVERTÊNCIAS

1.

Após provar a superioridade de Cristo em relação aos anjos

Não negligencieis tão grande salvação

2:1-4

2.

Após provar a superioridade de Cristo em relação a Moisés

Fracasso de Israel no deserto

3:7 – 4:13

3.

Após a menção da superioridade de Cristo em relação a Arão

Indulgência, parar e não mais prosseguir, desviando-se

5:11 – 6:21

4.

Após o chamamento para entrar no Santo dos santos

Pecar deliberadamente e retroceder para a perdição

10:26-39

5.

Após a exortação à paciência

Perder a herança, recusar aquele que fala

12:15-29

“Devemos prestar especial atenção às advertências. Elas podem ser recebidas de três maneiras:

1) Como endereçada à verdadeiros crentes, filhos de Deus por meio do novo nascimento, sustentando um ensino de que eles podem apostatar ao ponto de perder totalmente sua salvação eterna. Aceitamos a parte inicial dessa proposição, mas rejeitamos a última, pois contraria outras muitas passagens Bíblicas que declaram que a vida eterna é um dom gratuito de Deus e irrevogável.

2) Outros afirmam que essas passagens visam advertir aqueles que apenas professam serem Cristãos, falsamente ou por estarem enganados a respeito de sua própria condição, mas que nunca de fato nasceram do alto. Rejeitamos esse argumento por ser contrário aos termos claramente dispostos na epístola e aos seus claros argumentos.

3) A alternativa a isso é considerar que as advertências são endereçadas aos regenerados, para mostrar-lhes os seus termos tão graves, e adverti-los a respeito do que pode acontecer, sem colocar em risco o desfrute eterno e final dos salvos. Essa é a linha tomada pelo autor, que deve ser ponderada com franqueza e oração.” (G. H. LANG- Prefácio, pg 15,16).

Referências:

“O Santo dos Santos: Uma Exposição da Epístola aos Hebreus” – Andrew Murray (Editora Doze Cestos)

The Epistle to Hebrews – G. H. Lang 

God’s Pilgrims – Philip Mauro

Havendo Deus faladoT. Austin-Sparks

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