A Viva e Permanente Palavra de Deus – 2

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Lance Lambert (1931-2015)

“Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Isaías 40:6-8).

A Palavra do Homem Não Muda uma Pessoa

Seria tolo dizer que não há nenhum poder em obras literárias de pessoas consideradas como gênios pela humanidade, porque a influência que algumas dessas obras tiveram na história do mundo não pode ser subestimada. Exemplos disso são os escritos de Karl Marx e Mao Tse-Tung. Ambos influenciaram poderosamente a humanidade por meio de seus escritos, criando sistemas políticos que se tornaram parte da história. Outro exemplo é a amplamente reconhecida influência exercida no Nazismo pelos escritos de Friedrich Wilhelm Nietzsche. O romancista Charles Dickens nos dá outro exemplo, apesar de ser de natureza diferente. É geralmente considerado que Dickens influenciou a sociedade Britânica, mais do que qualquer outro escritor de sua época, até mesmo contribuindo para a promulgação de algumas muito necessárias reformas.

A Palavra de Deus, entretanto, está em uma categoria especial. Ninguém nunca ouviu, por exemplo, que uma palavra de Shakespeare, Goethe ou Dickens pudesse transformar totalmente um ser humano ou efetuar uma libertação perene em alguma opressão destrutiva, como um vício. Os Analectos de Confúcio [também conhecidos como Diálogos de Confúcio, livro doutrinal mais importante do confucionismo], por exemplo, são tomados na mais alta estima por seus suaves ideais e ética por parte daqueles que os estudaram, mas ninguém nunca ouviu falar de luz divina brilhar por meio deles ao coração humano e operar uma mudança que poderia ser considerada como um novo nascimento. Independente de quão brilhantes tais obras sejam, a Palavra de Deus é diferente de todas elas, pela simples razão de ser a Palavra de Deus. Esse fato coloca a Bíblia em uma classe única.

Nesse assunto, posso falar de minha própria experiência, porque cresci crendo que a Bíblia não era mais do que uma coleção de contos populares; certamente menos atrativos que o “Vento dos Salgueiros” de Kenneth Grahame [clássico de literatura infantil], provavelmente menos relevante que as “Fábulas” de Esopo e definitivamente menos confiável que os contos de fadas de Hans Christian Andersen. Então chegou o dia quando Deus brilhou no meu coração por meio de Sua Palavra, e descobri que ela era “mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito”. Isso me levou a um relacionamento vivo com Deus, pela obra do Senhor Jesus, e experimentei o que significa ser nascido de novo… por meio da viva e permanente Palavra de Deus (1Pe 1:23). Daquele dia em diante, provei que Sua Palavra é “viva e eficaz”.

Os Propósitos do Coração do Homem tem Destruído Muitas Pessoas

No livro de Provérbios está escrito: “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor  permanecerá” (Provérbios 19:21). A palavra hebraica traduzida como “propósitos” pode ser também traduzida como “dispositivos” ou “planos”. Independente de analisarmos esse texto das escrituras individual, universal ou historicamente, o coração do homem tem sido sempre tomado por seus próprios propósitos e planos.

Considere as filosofias, ideologias, religiões e os grandes impérios que foram produzidos por esses “propósitos do coração do homem”, que brotaram em seu coração. Temos uma infinita linha de imperadores, reis, presidentes, tiranos, déspotas e ditadores, em cujos corações houve tais planos e propósitos.

Devemos também atentar para os efeitos desses “propósitos do coração do homem”.  Não há exagero em afirmar que, em alguns momentos, vida, morte, bem-estar, escravidão, alegria e miséria de multidões foram determinados por tais propósitos do coração humano.  “A solução final do problema dos Judeus” foi um dispositivo do coração dos líderes Nazistas do “Reich Milenar”. Seu poder e autoridade foi imutável em seu apogeu, dando a impressão de que seu plano mundial iria ter sucesso, e que o “Reich” duraria para sempre. Em última análise, no entanto, não foi a solução final de Adolf Hitler que teve sucesso, porque, apesar de mais de seis milhões de judeus terem morrido sob as mais horríveis circunstâncias, e outros milhões terem sido aleijados para toda a vida tanto no corpo como na mente, foi a solução final de Deus para o problema judeu que sucedeu. Hoje, o estado de Israel é uma realidade, e o “Reich Milenar” desapareceu. Existem muitos outros exemplos como esses que poderiam ser extraídos da história ou da cena do mundo contemporâneo para ilustrar isso, mas o importante é que é o conselho do Senhor que vai durar mais do que todos eles.

Os Homens vão Murchar como a Erva

Boa parte dessa história do mundo é resumida em algumas das frases que temos considerado – “os desígnios das nações”, “os intentos dos povos”, e os “propósitos do coração do homem”. A partir do ponto do vista temporal, eles podem aparentar ser os fatores governantes da vida e da história das nações, porque expressam aqueles valores que os sábios daqueles dias consideraram ser permanentes, racionais e relevantes às aspirações e necessidades humanas. Observado sob o ponto de vista eterno, entretanto, essas coisas são apenas como pó sob a perspectiva da dimensão Divina, porque são reveladas como valores finitos e transitórios, irrelevantes às genuínas e permanentes necessidades da humanidade.

Em palavras que são majestosas em sua simplicidade e profundidade, Isaías profetizou, dizendo: “Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40:6-8).

Não importa quão glorioso e poderoso o homem possa parecer, tudo isso passa. A lista dos grandes nomes do passado é interminável – Nabucodonosor, Alexandre, Nero, Carlos Magno, Napoleão, Hitler, Stalin, Mao. Todos eles vieram e todos se foram; e existem outros que ainda virão e que também passarão.

Todos esses líderes entraram em cena fortes, vigorosos e energéticos, como a grama de inverno de Israel que subitamente brota fresca e verde. Eles chegam ao seu pleno poder e glória como as flores silvestres da primavera que desabrocham com uma surpreendente vivacidade, cobrindo Israel com sua beleza. Mas, como a grama e as flores, eles morreram, porque quando o tempo chega, o vento quente do deserto sopra e, independente de quão vigorosa seja a grama, ela murcha e morre; e aquelas flores, independente de serem majestosas e bonitas, também murcharão e morrerão.

A Palavra de Deus Permanece Eternamente

É sempre bom lembrar que a Palavra é “o sopro do Senhor”, que sopra sobre os homens e toda a glória deles. O Senhor termina com suas vidas e expõe seus valores terrenos como transitórios e corruptíveis. O Salmista concordou com essa verdade quando declarou: “O Senhor frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos” (Sl 33:10). A questão real do tempo e da história então surge em cores vivas: em última análise, não é uma questão de força, autoridade, inteligência, fama ou beleza e glória humanas, porque quando tudo que pertence ao homem caído e sua glória tiver desaparecido, é a Palavra de Deus que permanecerá para sempre.

A verdadeira questão é se a verdade expressa em Sua Palavra entrou em nossas vidas, nos salvando dessa futilidade, nos transformando na semelhança do Messias, Jesus, e nos treinando para a glória e serviço eternos.

Tradução do Capítulo 3 do livro “Till The Day Dawns”, de Lance Lambert.

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