Por que Estudar as Profecias?

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Edwin Wilson

“Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap 1:3).

Existem muitos que desacreditam o estudo da profecia nos dias de hoje. Tenho encontrado essa reação ao ensino sobre profecia de forma tão extensa, que desejo apresentar, pela graça do Senhor, razões Bíblicas para estudar e pregar sobre elas.

1) Acredito que a primeira razão seria aparente a qualquer estudante e ministro da Palavra. Em Mateus 4:4, nosso Senhor, em resposta a Sua primeira tentação, diz a Satanás que o homem deve viver por “TODA A PALAVRA” que procede da boca de Deus. Isso inclui todos os profetas e profecias do Velho Testamento, tanto quanto aquelas no Novo Testamento, incluindo o livro de Apocalipse.

É interessante ouvir homens falando e pregando sobre o assunto da igreja quando o Senhor, no que tange ao registro bíblico, apenas mencionou a igreja duas vezes no Seu ministério terreno – em Mateus 16 e Mateus 18. Ele não mencionou nada sobre isso em Marcos, Lucas ou João, mas, ao longo desses quatro livros, falou repetidamente sobre a Sua segunda vinda. No entanto, esses mesmos pregadores se recusam a aceitar, crer ou ensinar sobre o Seu tão divulgado retorno. Outros pregam continuamente sobre o batismo, cooperação, dízimos – que são bons em seu devido lugar, mas que foram raramente mencionados ou referidos pelo Senhor, enquanto praticamente tudo que foi dito através de todo o Novo Testamento aponta e enfatiza o Seu retorno e o estabelecimento do Seu reino.

2) A segunda razão para o estudo da profecia é manifesto nas duas epístolas de Paulo aos Tessalonicenses. Em 1 Ts 1:7 aprendemos que a igreja em Tessalônica era uma igreja modelo. Nos versos 9 e 10 essa igreja modelo fez três coisas: (a) deixando os ídolos, se converteram a Deus, (b) serviram ao Deus vivo e verdadeiro, e (c) aguardavam dos céus o Seu Filho (segunda vinda). Em 2 Ts 2 descobrimos que durante as três semanas de ministério de Paulo naquela igreja, ele falou do dia do Senhor, pregou sobre o anticristo e sobre a grande apostasia que iria preceder a segunda vinda dEle. Em 1 Ts 4:13-18, Paulo pregou sobre o arrebatamento – a ressurreição dos mortos e o arrebatamento dos vivos. No quinto capítulo, pregou sobre os sinais dos tempos. Através de todo o livro falou sobre as recompensas a serem dadas no retorno do Senhor.

3) A terceira razão para o estudo da profecia é que aqueles que as conhecem são capazes de discernir os falsos espíritos (1 Jo 4:1-3). Se qualquer um não crê nem confessa que Jesus Cristo veio em carne, esse é o espírito do anticristo (como alguém pode conhecer o anticristo se não for por meio das profecias?). O texto de 2 Jo 7 diz: aquele que não acredita que Jesus Cristo vai voltar em carne aquele, também é o anticristo. Imagino quantos ministros estão diante de seus púlpitos hoje, tentando pregar a Palavra, e em realidade estão no espírito do anticristo porque não creem que Jesus Cristo está voltando em carne.

4) Outra razão para estudar profecias: 2 Pedro 1:19 – aprendemos nesse texto que a profecia é a CANDEIA que o Senhor nos deu como um guia nesse tempo de escuridão em que vivemos. Qualquer um que tenta atravessar a vida Cristã sem o conhecimento das profecias, será comparado a um indivíduo percorrendo uma estrada à noite, em um automóvel a 96 km por hora sem nenhuma luz.

5) Outra razão para o estudo da profecia é encontrado em 1 João 3:1-3, no qual somos informados que a esperança naquilo que envolve a vinda do Senhor Jesus Cristo é um agente purificador para qualquer um que está buscando a Sua vinda, e isso não pode ser feito sem o conhecimento das profecias.

6) Uma outra razão para estudar profecias está descrito no texto de Hebreus 5:10 a 6:12. A profecia é revelada como alimento sólido da Palavra, e o Senhor deseja que os bebês em Cristo deixem o leite do Evangelho, que é recebido quando são salvos, e que se alimentem do alimento sólido da profecia para que possam crescer em estatura.

7) Outra razão, e para mim essa deve ser considerada como a razão primária – é apenas pelo estudo da profecia que poderemos saber o período aproximado do retorno do Senhor e verdadeiramente esperar pela Sua aparição. Por diversas vezes o Senhor admoestou os Seus seguidores a vigiar e estar preparados no momento do Seu retorno. Dessa forma não iremos perder nossa recompensa, ser deixados fora de um lugar de governo no Seu reino, e vamos dar a Ele grande honra e glória. Assim poderemos entrar na plena realização das coisas que o Senhor preparou para aqueles que O amam e desejam o Seu retorno.

Quando alguém diz que não está interessando no retorno do Senhor, ele está proclamando que tem pouco interesse no próprio Senhor. Quando alguém diz que não crê no retorno do Senhor, está negando a Palavra de Deus. O Apóstolo Paulo, um grande exemplo de ministro a seguir, pregou a salvação pela graça e a recompensa pelas obras. Obras essas que devem ser realizadas diligentemente à luz do retorno breve do Senhor. Não podemos ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura e deixar de fora metade das boas novas.

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2:15).

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” ( 2 Tm 3:16,17).

As escrituras citadas acima não tem qualquer sentido para qualquer professor ou ministro da Palavra que não estuda, ensina ou prega sobre as profecias; e essa pessoa não poderá estar de pé na presença do Senhor no Tribunal de Cristo e dizer o que o Apóstolo Paulo disse “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus” (Atos 20:27). Me lembro do que um grande evangelista Metodista disse em uma ocasião, se referindo à escassez do ensino e pregação proféticos. Ele disse “Qualquer um que não ensina ou prega sobre a segunda vinda de Cristo ou é um covarde ou é um ignorante.”

Extraído do livro “Selected Writings of A.Edwin Wilson” (Escritos Selecionados de A.Edwin Wilson) – publicado pela Schoettle Publishing.

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