Major W.Ian Thomas
“Certamente o Senhor nos deu toda esta terra nas nossas mãos, e todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós… Então disse o Senhor a Josué: Hoje começarei a engrandecer-te perante os olhos de todos o Israel, para que saibam que, como fui com Moisés, assim serei contigo” (Js 2:24 e 3:7).
Os dois espias de Israel regressaram apressadamente a Josué, a fim de transmitir-lhe as boas novas. Em vista disso, Josué reuniu em torno de si todo o povo de Israel. Queria que soubessem que se estavam abrindo um novo capítulo na história de Israel, que a vida nunca mais seria a mesma para eles.
A linguagem que ele empregou era a linguagem da vitória, e a sua fé era contagiante. Disse Josué:
“Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós, e que de todo lançará de diante de vós os cananeus, os heteus, os heveus, os fereseus, os girgaseus, os amorreus, e os jebuseus. Eis que a arca da aliança do Senhor de toda a terra passa o Jordão diante de vós” (Js 3:10,11).
É como se Josué houvesse dito: “Há quarenta anos estais habitando no deserto como se Deus estivesse morto; mas de agora em diante vivereis sabendo que o vosso Deus é vivo”.
Ignorando o que dizem, o que cantam e o que oram, um número incalculável de crentes vive como se Deus estivesse morto – a Igreja do Senhor Jesus Cristo, acima de qualquer outra coisa, precisa redescobrir o fato de que Deus está vivo, e agir sob a luz dessa realidade! Suponhamos que Deus tivesse de morrer esta noite, faria isso, realmente, alguma diferença quanto à maneira que você vive a sua vida cristã? Considerando todas as coisas em que você realmente conta com Ele, ao entregar-se às suas tarefas diárias ou mesmo ao seu trabalho cristão, a morte de Deus faria alguma diferença? Se Deus morresse essa noite, faria isso alguma diferença no culto do próximo domingo, no lugar de adoração que você frequenta? Ou as práticas religiosas permaneceriam inalteráveis? Alguém ficaria sabendo do fato desta morte, mesmo que ninguém contasse alguma coisa? Ou todo o mecanismo continuaria girando, com o povo nos bancos e o pastor no púlpito, e as ofertas especiais para o fundo de construção do templo? Ninguém lhes havia contado que Deus estava morto!
Se quisermos ter a ousadia de encarar a verdade nua e crua, todos teremos que admitir que, modernamente, há tão pouco da presença de Deus na vida de nossas congregações, tão pouco nas atividades de tantas de nossas sociedades missionárias e organizações evangélicas, que poucas dessas coisas cessariam de funcionar se Deus morresse.
Vemos provas disso ao nosso redor, em tantos empreendimentos que, há anos passados, vieram a lume sob a inspiração de homens de Deus, cheios do Espírito Santo, mas que aos poucos, foram crescendo mais como organizações do que em seu conteúdo espiritual, até mais nada restar de sua vida espiritual, fazendo com que Deus nem seja mais consultado nas decisões tomadas – e, no entanto, tais empreendimentos não tem cessado de funcionar! Continuam a existir, mas não tem vida. Acerca desses empreendimentos, como também acerca da igreja de Sardes, Deus poderia afirmar: “Conheço o teu registro e o que está fazendo; supostamente deverias estar vivo, mas [em realidade] estás morto” (Ap 3:1 – Amplified New Testament, traduzido para o português).
Todavia, sob a liderança de Josué, não continuaria sendo essa a experiência dos filhos de Israel. Haveriam de reconhecer e de desfrutar do fato da presença do Deus vivo entre eles.
Extraído do livro “Salvos pela Vida de Cristo”, Cap.11 – Major W.Ian Thomas