Visão espiritual é sempre um milagre

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“Visão espiritual é sempre um milagre” é um extrato de passagens selecionadas do livro “Visão Espiritual”, de T.Austin-Sparks, publicado pela Editora dos Clássicos.

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T. Austin-Sparks (1888-1971)

“Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem” (Mateus 13:16).

A visão espiritual é sempre um milagre! Este fato traz consigo todo o sentido da vinda do Filho de Deus a este mundo. A própria justificativa para Sua vinda a este mundo está estabelecida na Palavra de Deus, pois é claro para Deus que o homem atualmente nasce cego:

“Eu vim como luz para o mundo” (Jo 12:46); “Eu sou a luz do mundo” (Jo 9:5).

Essas declarações foram feitas exatamente naquela porção do Evangelho de João onde o Senhor Jesus lidou com a cegueira. “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (9:5) e Ele ilustrou isso curando com um homem cego [de nascença]. Desse modo, percebemos que a visão espiritual sempre será um milagre. Isso significa que aquele que tem visão espiritual experimentou esse milagre logo no princípio de sua vida. Toda a vida espiritual brota desse milagre: olhos que nunca viram, e passam a receber visão. O ver determina o início de tudo.

Quando pregamos, devemos ter experimentado esse milagre em nossa história. O que prega depende totalmente desse milagre se repetir em todos aqueles que o ouvem, e será totalmente impotente nesse aspecto. Talvez seja aqui que, num certo sentido, percebemos “a loucura da pregação”.

Um homem pode ter visto e pode estar pregando a respeito daquilo que viu, mas nenhum dos que o ouvem necessariamente viram ou veem o que ele viu. É como se ele dissesse aos cegos: “Vejam!”, mas eles não veem. Devemos depender inteiramente da visitação do Espírito de Deus, para que Ele realize esse milagre aqui e agora. A menos que este milagre aconteça, nossa pregação será vã no tocante aos resultados que tanto desejamos.

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T. Austin Sparks (1888-1971) nasceu em Londres e estudou na Inglaterra e na Escócia. Aos 25 anos, iniciou seu ministério pastoral, que perdurou por alguns anos, até que, depois de uma crise espiritual, o Senhor o direcionou a abandonar aquela forma de ministério, passando a segui-Lo integralmente naquilo que parecia ser “o melhor que Deus tinha para ele”. Sparks foi um homem peculiar, que priorizava os interesses do Senhor em vez do sucesso do seu próprio ministério. Sua preocupação não era atrair grandes multidões, mas ansiava desesperadamente por Cristo como a realidade de sua pregação. Por isso, suas mensagens eram frutos de sua visão e intensas experiências pessoais. Ele falava daquilo que vivenciava, e sofria dores de parto para que aquela visão se concretizasse primeiramente em sua própria vida. Pelo menos quatro linhas gerais podem ser percebidas em suas mensagens: (a) o grandioso Cristo celestial; (b) O propósito de Deus focado em ganhar uma expressão corporativa para Seu Filho; (c) a Igreja celestial – a base da operação de Deus na terra e (d) a Cruz – o único meio usado pelo Espírito para tornar as riquezas de Cristo parte da nossa experiência. Sparks também acreditava que os princípios espirituais precisavam ser estabelecidos por meio da experiência e do conflito, quando finalmente seriam interiorizados no crente, tornando-se parte de sua vida. Sparks desejava que aquilo que recebeu gratuitamente fosse também assim repartido, e não vendido com fins lucrativos, contanto que suas mensagens fossem reproduzidas palavra por palavra. Seu anseio era que aquilo que o Senhor havia lhe concedido pudesse servir de alimento e edificação para os seus irmãos. Suas mensagens são publicadas ainda hoje no site www.austin-sparks.net e seus livros são distribuídos gratuitamente pela Emmanuel Church.

“Nenhum homem é infalível e ninguém ainda ”obteve a perfeição”. Muitos homens piedosos precisaram se ajustar, seguindo um senso de necessidade, após Deus lhes haver concedido mais luz.” (De uma Carta do Editor publicada pela primeira vez na revista “A Witness and A Testimony“, julho-agosto de 1946).

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